Novos artigos – Flores e beija-flores do cerrado

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“Eupetomena macroura”, conhecido como Beija-Flor Tesoura, e uma das nove espécies registradas nas áreas do estudo, se alimenta em uma flor de um Ipê amarelo. Crédito: Flávio Cruvinel Brandão/Flickr

Por Claudia Rabelo Lopes – Assessora de imprensa do Jardim Botânico do Rio de Janeiro

Pesquisadores do Programa de Pós-Graduação em Ecologia e Conservação de Recursos Naturais do Instituto de Biologia da Universidade Federal de Uberlândia (UFU) investigaram a flora que fornece néctar aos beija-flores em três áreas de Cerrado no Brasil Central.

Adriana Oliveira Machado (atualmente na Universidade Estadual de Montes Claros) e Paulo Eugênio Oliveira descobriram que a maioria das plantas visitadas pelos beija-flores durante o estudo (66%) recebeu outros polinizadores além destas aves. Isso dá suporte à ideia de que os beija-flores devem ser mais dependentes dessas flores como fonte de alimento do que elas dependem deles para se reproduzir.

Os autores também registraram muitas espécies de árvores e nenhuma de epífita (plantas que crescem sobre outras plantas) entre as plantas visitadas pelos beija-flores. Estes, por sua vez, pertencem exclusivamente aos grupos conhecidos como “beija-flores de bico-curto”, o que difere dos resultados de estudos em áreas florestais, como na Mata Atlântica.

O artigo Diversidade beta de plantas que oferecem néctar como recurso floral aos beija-flores em cerrados do Brasil Central, publicado na primeira edição de 2015 da revista Rodriguésia (Vol. 66, n. 1, 2015).

Contatos:
Claudia Rabelo Lopes, jornalista assessora do Jardim Botânico do Rio de Janeiro.
E-mail: claudia@jbrj.gov.br – Fone: (21) 3204-2498

Adriana Oliveira Machado – autora do estudo
E-mail: adrianaoliveiramachado@yahoo.com.br

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