Redalyc contribui para políticas de C&T na América Latina e Iberoamerica
Por Germana Barata, coordenadora do Divulga Ciência
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Fortalecer a produção científica latino americana tem sido uma alternativa à ênfase na relevância de revistas científicas de países desenvolvidos e, muitas vezes, de acesso restrito. Lançado há dez anos, o Redalyc ou a Rede de Revistas Científicas da América Latina e Caribe, Espanha e Portugal é um repositório que reúne 1020 revistas científicas de 17 países e que já supera 381 mil artigos. “Quando falamos em revista de qualidade falamos relativamente aos critérios adotados”, enfatiza Eduardo Aguado López, professor da Universidade Autônoma do Estado do México (UAEM), e um dos fundadores do Redalyc que nasceu na mesma instituição. Essa afirmação indica, sobretudo, que o fator de impacto – índice criado pela ISI (Institute of Scientific Information), hoje Thomson Reuters — usado como critério de qualidade acabou, “de uma ou de outra forma influenciando os modelos adotados pelo Scopus (repositório da editora Elsevier criada em 2004 e com o dobro das publicações do ISI) e pelo SciELO (biblioteca eletrônica virtual de periódicos científicos lançada em 1998). Dentro do universo de revistas do Redalyc, pouco mais da metade (50,7%) pertence a apenas um repositório de publicações, dentre o próprio Redalyc, o SciELO, a Scopus ou a Thomson Reuters. Cerca de um terço (31%) está indexada em dois deles; 13% em 3 e 5,2% atendem aos critérios de qualidade dos quatro.
O Redalyc, criado em 2003 para dar visibilidade e mostrar a existência das ciências sociais e humanas, reuniu em seu primeiro ano 109 revistas e 7217 artigos. Para López, uma das vantagens é que o acervo de todas as publicações está completo desde 2005 o que permite estabelecer indicadores de produção e atividade de produção cientifica comparáveis. É possível, por exemplo, fazer análises e gerar indicadores de produção científica por país, área do conhecimento (lembrando que as ciências exatas e naturais também estão contempladas), instituições e autores, e fazer cruzamento de dados.
A busca permite identificar que a Universidade de São Paulo (USP), por exemplo, responsável por publicar 22% da produção brasileira, colabora apenas com 15 periódicos, atrás da Universidade Nacional Autônoma do México (Unam), com 32 periódicos, e da Universidade Nacional da Colômbia (Unal), com 25. No entanto, quando o indicador se refere à quantidade de artigos publicados, o Brasil e a USP passam a liderar. Há predominância de periódicos das ciências sociais (56%), seguido das ciências naturais e exatas (27,3%) e ciências humanas e artes (11,1%).
Mas em número de artigos, o destaque nas áreas do conhecimento fica com a medicina e estudos agrários. O México, país fundador do Redalyc, lidera com 173 periódicos, seguido pelo Brasil (168), Colômbia (161) e Espanha (124), que juntos somam 61,4% de todas as publicações. Mais tímida é ainda a colaboração da Argentina e Chile, considerados como nações com grande produção científica internacional na América Latina, que possuem 46 e 74 revistas científicas indexadas, respectivamente.
Segundo López, tanto o Redalyc quanto o SciELO são sistemas regionais e que tem investido em indicadores que podem melhorar a busca por informações e enriquecer as análises sobre o papel e o comportamento da produção acadêmica para fomentar políticas estratégicas de ciência e tecnologia na região. “Acreditamos que o Redalyc está proporcionando um conjunto de informações que permite pesquisar e apoiar a tomada de decisão por parte das áreas [do conhecimento], das revistas e autoridades sobre a maneira como a ciência está sendo feita, com o objetivo, não de avaliar e apontar quem é o melhor, mas sim de ratificar ou retificar as decisões em termos de política científica”, concluiu López durante sua participação no II Fórum Integrado Ibero-Americano de Comunicação (Confirbecom 2015) que ocorreu na Universidade de São Paulo (USP), no último dia 30 de março.
Germana Barata é pesquisadora do Laboratório de Estudos Avançados em Jornalismo do Núcleo de Desenvolvimento da Criatividade (Nudecri) da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e coordena projeto “Os periódicos científicos brasileiros: estratégias para expandir e melhorar a comunicação com a sociedade” (Fapesp 2013/10075-8) cujo blog é: https://blogdivulgaciencia.wordpress.com Email: germana@unicamp.br
10 años Redalyc fortalece la producción científica y apoya políticas de C&T en América Latina e Iberoamérica
Germana Barata, traducido por Marcela Salazar Granada
Fortalecer la producción científica latinoamericana ha sido una alternativa para enfatizar la relevancia de las revistas científicas de los países desarrollados y, muchas veces, de acceso restringido. Lanzado hace diez años, Redalyc o la Red de Revistas Científicas de América Latina y el Caribe, España y Portugal es un repositorio que reúne 1020 revistas científicas de 17 países y que supera los 381 mil artículos. “Cuando hablamos de una revista de calidad hablamos respecto a los criterios adoptados”, destaca Eduardo Aguado López, profesor de la Universidad Autónoma del Estado de México (UAEM), y uno de los fundadores de Redalyc, que nació en esta misma institución. Esta afirmación indica, básicamente, que el factor de impacto – índice creado por la ISI (Institute of Scientific Information), hoy Thomson Reuters – usado como criterio de calidad acabó, “de una u otra forma influenciando los modelos adoptados por Scopus [repositorio de la editora Elsevier, creada en 2004 con el doble de las publicaciones del ISI] y por SciELO [biblioteca electrónica virtual de revistas científicas inaugurada en 1998]. Dentro del universo de las revistas de Redalyc, un poco más de la mitad (50,7%) pertenecen a solo un repositorio de publicaciones dentro del propio Redalyc, SciELO, Scopus o la Thomson Reuters. Alrededor de un tercio (31%) está indexada en dos de ellos; 13% en 3 y 5,2% cumplen con los criterios de calidad de los cuatro.
Redalyc fue creado en 2003 para dar visibilidad y mostrar la existencia de las ciencias sociales y humanas, en su primer año reunió 109 revistas y 7217 artículos. Para López, una de las ventajas es que el acervo de todas las publicaciones está completo desde 2005, lo que permite establecer una comparación entre los indicadores de producción y las actividades de producción científica. Es posible, por ejemplo, hacer análisis y generar indicadores de producción científica por país, área de conocimiento (recordando que las ciencias exactas y naturales también están contempladas), instituciones y autores, y así cruzar los datos.
La búsqueda permite identificar que la Universidad de São Paulo (USP), por ejemplo, responsable por publicar 22% de la producción total brasileña, sólo colabora con 15 revistas, detrás de la Universidad Nacional Autónoma de México (Unam), con 32 revistas, y de la Universidad Nacional de Colombia (Unal), con 25. Sin embargo, cuando el indicador se refiere a la cantidad de artículos publicados, Brasil y la USP son los líderes. Hay abundancia de revistas de ciencias sociales (56%), seguidas de las ciencias naturales y exactas (27,3%) y ciencias humanas y artes (11,1%). Pero en el número de artículos, el predominio está en las áreas de conocimiento como la medicina y estudios agrarios. México, país fundador de Redalyc, lidera con 173 revistas, seguido de Brasil (168), Colombia (161) y España (124), que juntos reúnen 61,4% del total de las publicaciones. Y es aún más tímida la colaboración de Argentina y Chile, considerados como naciones con gran producción científica internacional en América Latina, que poseen 46 y 74 revistas científicas indexadas, respectivamente.
Según López, tanto Redalyc como SciELO, son sistemas que han invertido en indicadores que pueden mejorar la búsqueda de información y enriquecer el análisis acerca del papel y el comportamiento de la producción académica para fomentar políticas estratégicas de ciencia y tecnología en la región. “Creemos que Redalyc proporciona un conjunto de informaciones que permiten investigar y apoyar el proceso de toma de decisiones por parte de las áreas (de conocimiento), de las revistas y autoridades sobre la forma como está siendo hecha la ciencia, con el objetivo, no de evaluar y apuntar quien es el mejor, y si de ratificar o rectificar las decisiones en términos de política científica”, concluye López durante su participación en el II Foro Integrado Iberoamericano de Comunicación (Confirbecom 2015), que fue realizado en la Universidad de São Paulo (USP) el pasado 30 de marzo.
Germana Barata es investigadora del Laboratório de Estudos Avançados em Jornalismo do Núcleo de Desenvolvimento da Criatividade (Nudecri) de la Universidad Estadual de Campinas (Unicamp) y coordina el proyecto “Os periódicos científicos brasileiros: estratégias para expandir e melhorar a comunicação com a sociedade” (Fapesp 2013/10075-8) cuyo blog es: https://blogdivulgaciencia.wordpress.com. Email: germana@unicamp.br