O IPCC (Painel Intergovernamental de Mudança Climática) lançou no último domingo, 2, seu relatório com o resumo das conclusões contidas nos documentos que produziu nos últimos doze meses.
Nele, o instituto considerou, de modo geral, que para frear o aquecimento global será preciso que as emissões de CO2 parem de crescer em cinco anos e caiam a até 70% antes de 2050 — em 2100, elas teriam de zerar.
Uma das cientistas integrantes do Painel é a brasileira Suzana Kahn. Graduada em engenharia mecânica pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (1981), a cientista possui mestrado em Programa de Planejamento Energético (1988) e doutorado em Engenharia de Produção pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1995).
Kahn é também professora associada da UFRJ, consultora do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico, presidente do Comitê Científico do Painel Brasileiro de Mudança Climática, e vice-presidente do Grupo de Mitigação do IPCC — grupo de cientistas no qual recebeu, em 2007, o Prêmio Nobel da Paz.
Além disso, a cientista foi membro do comitê executivo da Global Energy Assessment , de 2008 a 2012, secretária Nacional de Mudanças Climáticas e Qualidade Ambiental do Ministério do Meio Ambiente, de 2008 a 2010, superintendente de Clima e Mercado de Carbono da Secretaria Estadual do Ambiente do Rio de Janeiro, em 2007 e 2008.
No artigo “Consumo de energia e meio ambiente: futuros possíveis”, publicado na Revista de Transportes Públicos (ano 25, 3º trimestre, 2003), a cientista concluiu que cada sociedade deve procurar recursos para o desenvolvimento de novas tecnologias para o setor de transporte.
E ainda, que os países em desenvolvimento devem buscar novos combustíveis, como os biocombustíveis, como alternativas por se adaptam às tecnologias existentes principalmente no setor rodoviário — modalidade de maior importância para nestas localidades.
Artigo: Consumo de energia e meio ambiente: futuros possíveis
Autora: Suzana Kahn Ribeiro
Revista: Revista de Transportes Públicos
