O Brasil viveu mais um fim de semana de protestos e manifestações. Na última sexta, 13, movimentos sindicalistas estiveram na avenida Paulista, em São Paulo, e em outras capitais, para reivindicar mais políticas trabalhistas e apoiar a Petrobras, entre outros pedidos.
Já no domingo, 15, outros setores da sociedade foram às ruas pedir, além do fim da corrupção, a saída da presidente Dilma Rousseff através do impeachment.
Muitos comparavam o governo da petista com Fernando Collor, o ex-presidente da República que sofreu o processo de impeachment no começo da década de 1992.
Para eles, os recentes escândalos de corrupção somados à crise na economia são justificativas para a saída da presidente do governo.
Para entender o processo de impeachment e os contextos históricos que colaboraram para a queda de Fernando Collor, o Divulga Ciência sugere a leitura do artigo O impeachment do presidente Collor: a literatura e o processo, publicado na revista Lua Nova: Revista de Cultura e Política (n. 82, 2011).
Nele, os autores examinam a produção acadêmica de ciências sociais sobre a queda do governo de Fernando Collor, para produzir um quadro que apontou os inúmeros fatores responsáveis pelo impeachment.
Entre eles, a baixa popularidade de Fernando Collor, a personalidade do ex-presidente, além dos escândalos de corrupção (denunciados por seu irmão, Pedro Collor), do autoritarismo do governo — que ameaçou veículos de imprensa, por exemplo — e de uma coalizão formada pelos principais partidos da época, PT, PSDB e PMDB, entre outros fatores.
Para os autores, citando o cientista político Bolívar Lamounier, “o impeachment foi o resultado inesperado da combinação praticamente impossível de cinco circunstâncias extremamente raras”.
Leia o artigo completo:
Artigo: O impeachment do presidente Collor: a literatura e o processo
Autores: Brasilio Sallum Jr. e Guilherme Stolle Paixão e Casarões
Revista: Lua Nova: Revista de Cultura e Política (Centro de Estudos de Cultura Contemporânea: CEDEC)
