Divulga Leitura – A história da Utopia

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Capa de uma edição do livro “Robinson Crusoé”, de 1957. A obra recebeu destaque em “Utopia: a história de uma ideia”. Para o autor, o livro de Daniel Defoe pode ser vista como a “utopia individualista burguesa definitiva”, na medida em que a fantasia de poder sobre outros — certamente a de todo aventureiro imperial — é realizada.

A última edição da revista Crioula (n.14, 2014), da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo, publicou uma interessante resenha sobre o livro Utopia: a história de uma ideia, do professor da Universidade de Londres Gregory Claeys.

O texto destaca em especial os dois primeiros capítulos, onde o escritor constrói a ideia de uma “pré-história” do termo utopia. Desde pensadores gregos, e suas civilizações que buscavam efetivar “o que consideravam o ideal”, a visões de mundos diferentes através de conceitos religiosos, e a utopia como influência da expansão marítima europeia, por exemplo.

“A característica máxima do texto que justificaria crer-se na possibilidade de uma eventual prática (ainda que com uma instauração no mínimo problemática devido às exigênciasimplícitas) refere-se à igualdade e à propriedade comunitária estabelecidas”, refletiu a resenha.

E conclui, citando passagem do livro: “Os antigos mundos ideais podem nos dar esperança, inspiração, uma ideia do que ambicionar e também do que evitar. Mas nosso mundo ideal deve ser nossa própria criação, e teremos de enfrentar uma séria prestação de contas com o destino se não o criarmos”

Resenha: Utopia: a história de uma ideia
Autora: Kelly Mendes Lima
Revista: Crioula (USP)

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