Divulga Cientista – Carolina Bori

carolina bori
Crédito: Canal Ciência/IBICT

“Seu segredo pessoal dependeu sempre de atributos humanos que não são dados a ser generalizados para qualquer pessoa, tais como altruísmo, serenidade, conhecimento meditado, simplicidade e comedimento, razões pelas quais veio a ocupar um lugar muito especial na comunidade científica brasileira.”

Foi assim que o geógrafo e professor brasileiro Aziz Nacib Ab’Saber descreveu a cientista brasileira Carolina Martuscelli Bori, psicóloga reconhecida por seu trabalho em psicologia experimental e sua atuação política na consolidação da psicologia como ciência e profissão no país.

Bori nasceu em São Paulo, em 4 de janeiro de 1924, e se graduou em Pedagogia pela Universidade de São Paulo em 1947. Um ano depois, se especializou em Psicologia Educacional também pela USP. Fez mestrado em 1952 na New School For Social Research, nos Estados Unidos; e doutorado em 1954, em Psicologia pela USP.

Ela foi uma das primeiras psicólogas brasileiras a realizar trabalhos de campo. Sua opção pela área experimental se deu pela crença no rigor científico em psicologia — uma das primeiras pesquisas realizadas por Bori tratava do preconceito racial e social no Brasil.

A cientista é também constantemente lembrada por sua atuação nas campanhas sobre o exercício profissional do psicólogo, especialmente na década de 1960, quando atuou à frente da Associação Brasileira de Psicologia, e mais tarde junto à Sociedade de Psicologia de São Paulo, garantindo a regulamentação da profissão de psicólogo no país.

Durante sua carreira, foi presidente de associações como a Sociedade Brasileira de Psicologia (SBP), a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) e, antes disso a Sociedade de Psicologia de São Paulo.

Sempre se mostrou preocupada em diminuir a distância entre o conhecimento gerado na academia e o que chega à população.

A cientista morreu em sua cidade natal, no dia 4 de outubro de 2004. Após sua morte, inúmeros periódicos dedicaram artigos em homenagem à Carolina Bori, como é o caso da revista Pandéia, da USP de Ribeirão Preto — a publicação apresentou os artigos Carolina Bori, Viva para sempre!; e Relembrando Carolina Bori na edição seguinte a seu falecimento.

Antes disso, a revista Psicologia USP já havia dedicado uma edição inteira em homenagem à obra e vida da cientista.

Artigo: Carolina Bori, Viva para sempre!
Autor: Ricardo Goraybe
Revista: Paidéia (vol. 15, n. 30, 2005)

Artigo: Relembrando Carolina Bori
Autora: Maria do Carmo Guedes
Revista: Paidéia (vol. 15, n. 30, 2005)

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