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Sacolas de Pano

A Prefeitura de São Paulo lança, no fim de agosto, uma campanha para minimizar o uso de sacolas plásticas na Cidade, ao mesmo tempo que estuda possíveis medidas legais para promover a substituição gradual das sacolas de plástico por material biodegradável. Modelos de sacolas de pano foram criados especialmente para a campanha e poderão ser usados por todos os segmentos interessados. A intenção é substituir o uso de sacolas e sacos plásticos em supermercados, livrarias, padarias, lojas e outros estabelecimentos por bolsas próprias ou carrinhos, minimizando o descarte deste material na natureza.

Já vi no Pão de Açúcar a venda de sacolas de pano para substituição das sacolas plásticas, mas é um negócio tão discreto que a maioria das pessoas nem devem ter percebido, por exemplo pra encontrar essa informação na Internet no site deles vi que essa “campanha” realmente existe, mas nem encontrei o preço da tal sacola de pano, nem as fotos delas…

A Prefeitura de Lajeado também tem um projeto para a adoção de sacolas de panos e um supermercado regional do Rio Grande do Sul aderiu à campanha. Na rede de Supermercados IMEC para adquirir a sacola o cliente deverá realizar compras no valor de R$ 50,00 + R$ 2,00. Além de Lajeado, a sacola de pano do Imec estará disponível em seus supermercados nas cidades de Arroio do Meio, Estrela, Encantado, Venâncio Aires, Candelária, Rio Pardo, Cachoeira do Sul, Pantano Grande e Montenegro.

Eu já tenho minhas sacolas de pano que levo no supermercado e você? Eu também recuso sacolas plásticas quando posso levar o que estou comprando na mão ou na minha bolsa e mesmo assim as minhas sacolas plásticas aqui em casa não acabam! Acho que elas tem o poder da multiplicação! Na verdade elas se multiplicam por causa do meu pai, ele não entende muito essa idéia não, acho que ele acha lindo sacolas plásticas! Argh! Já desisti de tentar convencê-lo.

Divulgando…

Mostra Sistema Fiesp de Responsabilidade Socioambiental

É um evento que tem como objetivo mostrar o que as empresas estão fazendo em prol da sociedade e do meio ambiente e em paralelo abrir um canal de discussão para mudanças que devem ser implantadas, nas leis, para possibilitar ações mais abrangentes e eficazes.

Quando: 2 a 4 de Agosto de 2007
Onde: Pavilhão da Bienal, SP
Quanto: Grátis

Entrem no site e vejam a quantidade de palestras interessantes… Eu gostaria muito de ir, mas infelizmente não será possível pois estarei em aula no RJ. ;(

Se alguém for me contem depois!!

Sustentabilidade, ética, dúvidas…

Não sei bem ao certo o que me levou a pensar sobre o assunto, mas o lugar que eu cheguei foi de dúvida e de confusão.

Essa semana estava lendo algumas coisas sobre Branding, vi o site de uma consultoria do assunto. Branding é basicamente um conjunto de ações ligadas à administração da marca. Por exemplo a Natura e o Banco Real têm consultoria em branding.

Agora vejamos, será que uma empresa de tabaco ou bélica se tiver uma consultoria no assunto e se dispor pode se tornar uma empresa sustentável? Porque eu no meu mais profundo simplismo não entendo e não aceito que empresas desse ramo possam ser consideradas sustentáveis, uma vez que promovem atitudes pouco sustentáveis. Ai vem mais uma dúvida, ser sustentável é ser moralista? Deveríamos criar um código de ética da sustentabilidade? Ou para haver um desenvolvimento sustentável deveríamos varrer do mapa a indústria bélica, do tabaco, alcoólica e congêneres?

Me senti menos ignorante quando li essa reportagem e o jornalista Caco de Paula, coordenador do projeto Planeta sustentável falou: “Uma vez, ouvi alguém comentar que sustentabilidade é como a física quântica: se você chegar a um ponto e não estiver confuso, é porque não entendeu nada”. O tema é desafiador e mobilizatório, mas intangível. “É provocador pela perplexidade que causa e o conhecimento sobre ele ainda está em processo de construção”.

Se alguém tiver alguma resposta pra alguma das minhas perguntas agradeço se puder me esclarecer! 😉

Texto “presente”

Ganhei esse texto de “presente” do Hugo Penteado, o autor do Ecoeconomia. Ele vem de encontro com um post que escrevi citando outros 2 textos, um do Arnaldo Jabor e outro do Blog Mensageiro Sideral.

Não é o planeta – ou o meio ambiente – que está ameaçado, somos nós.
Hugo Penteado

Nem fazemos cócegas ao planeta e à sua história de 4,5 bilhões de anos, tempo que nosso cérebro que vive apenas algumas décadas não consegue conceber ou entender.

Somos absolutamente desimportantes.

Se continuarmos agredindo o planeta e ele mudar as condições que permitem a vida na Terra, quem sairá perdendo somos nós, não o planeta.

Ele continuará sua trajetória de bilhões de anos sem a gente ou com a gente, mas para ele isso pouco importa.

Importa muito para nós, se vamos continuar ou não, afinal, todos os seres vivos lutaram muito para se manter vivos e só 1% foram vitoriosos.

A luta pela sobrevivência é a nossa maior força, talvez seja a maior chance de mudança, conforme fique cada vez mais claro que estamos num projeto suicida.

Vai ser muito duro perdermos a nossa continuidade. Como seres individuais somos mortais, como espécie animal somos praticamente imortais. Do planeta-nossa-casa somos meros locatários, aqui viemos e deixamos nossas pequenas marcas, a maior dela nossos descendentes, mas logo vamos de saída, deixando para trás os outros, com os quais devemos nos importar acima de tudo.

Estamos falando de desprendimento, é algo que não fazemos em bem próprio, mas pelo bem dos nossos filhos ou se formos além, todos os filhos são nossos filhos, somos membros de uma única família, a família dos seres vivos, todos eles idênticos entre si pela biologia, mas cuja diferença individual é a nossa maior força.

E a nossa força está na solidariedade e não na competição, pois a solidariedade é a característica predominante entre as espécies e entre os indivíduos da mesma espécie.

Esse é o cara!


Espero que existam muitas outras pessoas que eu possa dizer isso aqui no blog, mas no momento Yvon Chouinard merece o título de “O cara”.

Você já ouviu falar da Patagonia? Eu não até ler essa reportagem sobre seu fundador. A Patagonia é uma empresa de roupas e artigos esportivos ambientalmente corretos.

Essa empresa é só mais uma prova de que é possível unir negócios e sustentabilidade. Ninguém precisa deixar de viver em suas confortáveis casas, nenhuma empresa precisa virar ONG e sem fins lucrativos pra fazer coisas de uma maneira mais limpa, responsável e com lucros! É só ter bom senso… (coisa que parece que de uns tempos para cá perdeu-se nos caminhos da historia da humanidade)

Segue trechos da reportagem que eu achei muito interessante.

Veja isso: seus produtos são feitos para durar. Os consumidores podem devolver peças usadas para ser recicladas ou usadas em novas coleções. Para atiçar a consciência dos clientes, mandou estampar nas etiquetas das roupas dizeres do gênero: “Você realmente precisa disso?”. Ele conta que nunca trabalhou para sua empresa crescer de forma veloz.

Eis o espírito por trás de cada medida, em sua visão: o lucro não representa um fim em si mesmo, mas deve ser conseqüência de escolhas adequadas. Os resultados sugerem que a estratégia funciona. No ano passado, a Patagonia faturou US$ 270 milhões, exatos 8% a mais que em 2005.

Em 1994, Chouinard declarou guerra à cultura de algodão, pois necessitava de uma grande quantidade de pesticidas para seu cultivo e deu prazo de 18 meses para seus gerentes substituírem o algodão tradicional pelo orgânico, sem agrotóxico nem outros produtos químicos. Qualquer especialista em finanças consideraria a decisão suicida, pois o algodão orgânico era raro na época e custava até o dobro do tradicional. Mas o aumento de custo teve suas compensações. As vendas das peças de algodão orgânico cresceram 25% – e mudaram para sempre os rumos da indústria de vestuário. Os concorrentes copiaram rapidamente a idéia.

Em 2006, a Wal-Mart, a maior rede de varejo do mundo, ampliou tanto as compras do produto que se tornou o maior comprador global de peças com algodão orgânico. A sedução de gigantes como a Wal-Mart deveria estimular a Patagonia a conquistar mais clientes poderosos. Mas Chouinard parece decidido a não acelerar o crescimento da empresa. Ele diz que, ao ser procurado há alguns meses por emissários do Sam’s Club, o braço de atacado da Wal-Mart, para fornecer produtos com algodão orgânico, desconversou e recomendou o uso do poliéster reciclado. Em sua opinião, a produção de algodão orgânico em larga escala não é saudável para o meio ambiente (Quantos empresários se preocupam com isso??). Desde 2000, a Patagonia utiliza um poliéster japonês que pode ser reciclado quase infinitamente.

Além de toda essa preocupação com o meio ambiente trabalhar na Patagonia também é um conceito diferente.

A Patagonia foi uma das primeiras empresas americanas a oferecer aos funcionários licença-maternidade e paternidade, além de horários flexíveis. Na recepção da matriz, em Ventura, na costa da Califórnia, há um grande quadro com boletins atualizados sobre as condições do tempo para o surfe, esporte preferido de boa parte dos 350 empregados. Ao sinal de ventos generosos, qualquer um pode passar a mão na prancha e rumar para a praia. O próprio Chouinard afirma que ainda surfa 200 dias por ano.

Além de que se seu filho está doente, você está dispensado; você pode trabalhar de bermuda e chinelo e praticar esportes radicais é uma ordem.

Ele também escreveu um livro “Let my people go surfing” que ainda não tem tradução para o português. Esse livro é uma combinação de suas memórias com introdução aos negócios verdes limpos.

Esses exemplos me ajudam a não perder as esperanças de que as pessoas podem fazer alguma coisa pra ajudar a melhorar o mundo. De que você não precisa renegar os sistema para fazer as coisas certas. Basta mudar o paradigma e ter bom senso.

Licenças, governo, interesses…


Desde que esse papo de Usina Hidrelétrica na Amazônia, construção de Angra 3 recomeçou eu simplesmente tenho me mantido longe por uma série de motivos alguns deles: tinha/tenho pouca informação sobre qual a melhor matriz energética para o país e portanto não tinha uma opinião formada sobre o assunto; uma vez que interesses políticos estão envolvidos não interessa muito sua opinião; conchavos, acordos e etc sobrepõe qualquer lógica, qualquer conhecimento técnico e qualquer interesse de um futuro melhor para o país, as pessoas, o planeta; e trabalhando num órgão público e sabendo como funciona as decisões, achei melhor me afastar pra não passar raiva.

Eis que ontem saiu a licença prévia das Hidrelétricas do Rio Madeira, diga-se de passagem 1 mês e 9 dias depois do prazo dado pela Ministra da Casa Civil, e depois de várias “confusões”, vamos dizer assim, dentro do IBAMA. Um amigo meu me mandou um mail ontem dizendo pra eu ler a matéria do Estadão sobre o assunto, lá fui eu e entre os vários dados técnicos, as exigências do IBAMA, a comemoração das construtoras e do governo tem uma entrevista com o David Zylbersztajn: ex-diretor geral da ANP. (para ler a entrevista clique aqui)

Diante de todos os impactos que uma hidrelétrica causa e todos os problemas que uma usina nuclear tem, fica a minha indignação. Onde estão os investimentos e os projetos para o desenvolvimento de energia alternativa do país? Será que imprensa não mostra porque querem que o governo Lula pareça um desastre (o que não é nenhuma novidade nesse aspecto e sinceramente não é privilégio do governo dele) ou por que eles não existem? (o que não é difícil).

Ficou tão claro pra mim que essas hidrelétricas só vão sair do papel por que a indústria da construção civil no país precisa de grandes obras e claro que eles fizeram muita pressão no governo para que isso acontecesse. E mais uma vez ver que não existe qualquer preocupação por parte do governo para que um desenvolvimento sustentável ocorra, que uma preocupação com a busca de novas alternativas energéticas sejam desenvolvidas. Ouvi de outro amigo outro dia uma verdade: o governo segue um caminho e a população preocupada com esse tipo de assunto tá seguindo outro. Quero acreditar que o desenvolvimento sustentável vai ocorrer com, sem e apesar do governo.

Pra que serve o Live Earth?

Eu sei que esse post deveria ter sido publicado ontem, mas antes tarde que nunca.

Quem tiver a resposta por favor os comentários estão abertos…

De verdade, ainda não entendi a utilidade real desse show. Provavelmente promover celebridades com uma causa “nobre” ou seria entreter as pessoas e ao mesmo tempo ensiná-las que a nossa existência no Planeta está ameaçada? Huumm, sei, sei…

O Rock in Rio também não tinha um slogan “Por um mundo melhor”? E o que mudou no mundo depois desse festival? Você conhece alguém que foi nesse show e em algum momento se preocupou com idéia de show para um mundo melhor?

Mas a energia do show vai ser gerada com biodisiel, o lixo gerado vai ser reciclado, as pessoas vão receber sacolinhas para recolher seu lixo, em Sidney quem comprar o ingresso ganha passagem livre no transporte público, em Londres a embalagem do humburguer será comestível e blábláblá… Eu pergunto e daí??

Gente, se estamos realmente preocupados com os rumos da nossa sobrevivência no Planeta não vai ser fazendo show, reunindo milhares de pessoas ao redor do mundo pra ouvir música, gastando mais energia, gerando mais lixo que vamos conseguir isso. Não estou dizendo que não podemos mais fazer show nenhum ou qualquer coisa do gênero, mas acho que um show não vai conscientizar ninguém. Duvido que alguém que voltar desse show vai a partir de então separar seu lixo, andar mais a pé ou de bicicleta, vai trocar suas lâmpadas incandescentes por flourescentes, vai alterar a temperatura do seu aquecedor ou ar condicionado, vai evitar usar sacolas plásticas ou vai passar a comprar comida orgânica. Que ilusão!

Desde quando show é educação ambiental? Desde quando você volta de um show e diz vou mudar de comportamento a partir de agora? Geralmente você volta de um show, se ele foi realmente muito bom, dizendo que não pretende mais perder um show daquele artista e coisas do gênero.

Não assisti o show, provavelmente eles devem ter passado mensagens sobre o assunto meio ambiente e afins para as pessoas. Pra não dizer que eu sou pessimista, eco-chata ou biodesagradável espero que a partir de hoje as pessoas ao redor do mundo que foram nesse show, mudem algum comportamento seu para ajudar o Planeta.

Sacolas Plásticas e reportagens

Uma coisa que eu aboli das minhas idas ao supermercado é trazer sacolas plásticas pra casa. Sempre levo minhas sacolas de pano que são bem mais práticas de carregar. Infelizmente quando saio de casa sem a pretensão de ir ao supermercado e acabo parando lá tento trazer o mínimo de sacolas possível. Quando compro coisas pequenas quando estou andando ou passeando sem rumo, se o objeto que eu comprei cabe na minha bolsa, não aceito sacolas também.

Eis que me surpreendo com uma reportagem do Fantástico falando da resistência das sacolas plásticas dos supermercados. Um teste do Inmetro reprovou todas as sacolinhas dizendo que não são suficientemente resistentes, que não agüentam o peso que anunciam agüentar e etc. Assista aqui.

Em nenhum momento eles falaram para as pessoas usarem outro tipo de sacola, se 80% das pessoas que vão a supermercado vão a pé ou de ônibus por que não sugerir para as pessoas irem de mochila? Além de ser muito mais ecológico é muito mais fácil de carregar a mercadoria. Acho que o supermercado não tem obrigação nenhuma de nos dar sacolas, nem das sacolas serem resistentes e de excelente qualidade.

Bom, o que mais me surpreendeu foi a falta de coerência das reportagens num mesmo programa. Não sei se foi semana passada ou quando foi, naquela série “Mundo de Valentina” foi discutido o lixo (aqui), o quanto de lixo produzimos na nossa vida e espaço que ele ocupa., uma reportagem super educativa e que ajuda as pessoas a se sensibilizar sobre o assunto.

Um programa que mostra uma reportagem que se preocupa tanto com o lixo gerado como não fala nada quando trata de sacolas plásticas? Um objeto que causa inúmeros problemas para a natureza? Desde a decomposição infinita no ambiente até morte de animais no mar por asfixia e intoxicação. É, a Globo ta precisando de umas aulinhas de sustentabilidade, ou seria só de coerência, mesmo?

O Itaú e a sustentabilidade

O Itaú tá començando a investir pesado na sustentabilidade. Acaba de lançar o Projeto Amanhã (www.projetoamanha.com.br) que é um concurso cultural com o objetivo de incentivar as pessoas a mostrar sua interpretação sobre o amanhã explorando temas ligados à sustentabilidade, em forma de vídeo ou foto.

A imagem mais criativa será publicada nos principais jornais do País e o melhor vídeo será veiculado na TV depois da meia-noite, “quando o hoje já é amanhã”.

Nisan Guanaes fará parte do júri de ambas categorias.

Vai ser interessante ver que idéia as pessoas tem sobre o assunto, bom, na realidade só vamos ver os melhores trabalhos, mas é sempre bom ver que existe mais gente pensando sobre o assunto.

Vamos participar? Já comecei a ter as minhas idéias… 🙂

Natura

Eu lendo o livro Ecoeconomia e me tornando mais pessimista a cada dia resolvo comprar num sebo uma edição de 2005 da Havard Business Review que fala de Responsabilidade Social.

Resolvi ler a entrevista dos presidentes da Natura entitulada “Natura: mais do que estratégia, é filosofia”. Poxa, fiquei tão contente de saber que existe uma empresa brasileira com presidentes que pensam da forma como eles. Isso fez meu otimismo aumentar e acreditar que mudanças estão de fato acontecendo, apesar do ritmo lento.

Seguem dois trechos da entrevista realmente me impressionaram…

Uma situação hipotética: como explicar ao acionista que um produto rentável foi descontinuado porque algum de seus componentes tinha impacto negativo sobre o meio ambiente?Guilherme Peirão Leal: Descontinuamos e assumimos as perdas econômicas. Não temos nenhum problema em dizer isso aos acionistas, pois é a consistência de nossas ações que garante os resultados, o valor presente dos resultados futuros. Então, essas perdas não são perdas, são investimentos na coerência, que constrói o valor da empresa. Tem um exemplo concreto: há alguns anos descontinuamos produtos que usavam um componente chamado alfa-bisabolol…

Numa outra passagem…

Guilherme Peirão Leal: No auge da crise Argentina, a Natura, que ainda é uma empresa pequena por lá, publicou um anúncio no Clarín dizendo algo assim: “Somos cúmplices da sociedade Argentina nesse momento de transição, não vamos dolarizar nossos preços e vamos construir um processo com a sociedade Argentina para superar essa crise.” Isso foi recebido de uma maneira muito positiva pela sociedade Argentina, foi um momento de inflexão da Natura na Argentina, na hora em que ela publicamente assumiu um compromisso de estar com a sociedade.

Por toda a entrevista Luiz Seabra, Guilherme Leal e Pedro Passos afirmam e mostram que a sustentabilidade é a filosofia de vida da empresa. Para eles a cosmética é um instrumento de maior intimidade com o corpo, para aprofundar a possibilidade de auto-aceitação, de auto estima, de amor próprio. Seria esse um motivo por não usar celebridades em suas campanhas publicitárias? Alias, após 35 anos de construção de imagem sustentável você consegue imaginar uma top model super famosa fazendo campanha pra Natura?

É tão interessante perceber que há um compromisso deles que vai além do resultado econômico. É óbvio que ele não é esquecido, mas a construção do negócio vai muito além disso. Guilherme Leal afirma que ter como objetivo ser o segundo maior do mundo não inspira um colaborador, eles preferem dizer: “Venha fazer parte de um desafio, queremos mudar o mundo” dando é claro, a parcela que lhes cabe de contribuição.

Depois que li essa entrevista tive vontade de jogar todos meus cremes da Victoria´s Secrets que trouxe dos EUA no lixo e continuar só usando Natura como sempre fiz, mas também não seria correto o disperdício. Com certeza agora vou usar produtos Natura com orgulho de além de ser uma empresa brasileira com produtos de excelente qualidade, ser uma empresa sustentável.