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Simulação interessante

Adorei a simulação feita nesse vídeo, o que aconteceria com Manhattan, ou qualquer outro lugar do planeta, se os humanos desaparecessem.

Achei esse vídeo no blog da Miriam Salles.

Incrível ver como o ser humano está o tempo todo modificando o meio e interferindo na natureza, coisas que a gente nem se dá conta como por exemplo bombear água de túneis e garagens subterrâneas, ou alterar a temperatura dos locais com construções e ar condicionado.

Como nos afastamos completamente da natureza, chegamos ao ponto de lutarmos contra ela, enquanto deveríamos aprender e conviver com ela.

Não acho que devemos voltar para as cavernas e negar todas as conquistas dos humanos, mas acredito que poderiam ter existido formas e formas de fazermos as coisas, aliás deveríamos aproveitar esse momento de consciências coletiva mundial sobre as limitações do planeta e o que tem sido feito de errado para mudarmos o rumo a ser seguido. Vamos ver se os humanos serão capazes disso.

Banco Real mais uma vez…

Eu já falei das ações pela sustentabilidade do Banco uma vez aqui, já falei mal dos bancos aqui também… Agora vamos falar de novo do Real, que foi comprado pelo Santander e que já avisou que em 3 anos pretende extinguir a marca Real.

Em setembro estive participando de uma “Casa Aberta” (Open House, pois toda vez que eu falo em português as pessoas me olham com estranheza, não sei porquê!) do Banco Real, lá na avenida Paulista. Na realidade esse “evento” é uma palestra sobre a política de sustentabilidade do banco. A palestra é longa (2 horas), com muita gente (acho que pelo menos umas 100 pessoas) e um público bem diversificado (universitários, estudantes de ensino médio, curiosos como eu…). A palestra dissertou basicamente sobre vários casos do banco em que eles mudaram sua maneira de ver as coisas e como influenciaram essa mudança para seus fornecedores e clientes. Descobri que essa política de sustentabilidade é uma prática que vem do Brasil, cuja “responsabilidade” é do presidente do Banco Real, o Fabio Barbosa.

Agora com a venda do ABN para o Santander tudo pode mudar, podemos perder um modelo de banco que tem pensando na sustentabilidade e por conta disso já até ganhou prêmio Sustainable Banking Award, do Financial Times em 2006 . Será que o Santander vai comer essa bola e acabar com uma política e uma marca dessas? Espero que não. Se por um acaso isso acontecer e se eu tivesse uma conta no Real pode ter certeza que a fecharia…

Pra fechar segue a última propaganda lançada pelo Banco Real, gosto de propagandas que não subestimam a inteligência das pessoas, algumas pessoas podem até não entender, mas pra quem não tem preguiça de pensar, é estimulante.

Projeto Cidadão Consciente

Esse é um projeto da Equipe SOS Mata Atlântica de Aventura o objetivo deles é formar uma “corrente” de pessoas disposta a mudar os seus hábitos para ajudar a minimizar o impacto dos seres humanos no planeta. Se você quiser participar acesse aqui . Nesse site você vai encontrar todas as explicações do projeto, não tem motivo eu repetir tudo aqui.

Como eu sei que a maioria das pessoas que procuram sites como o meu blog já tentam fazer alguma coisa pelo meio ambiente, não vai ser difícil tomar as atitudes sugeridas por eles.

Embalagens

Recebi esse mail e achei muito interessante, será que alguma Cia aérea está pensando a respeito? E não são só as Cias aéreas, as Cias de ônibus estão igualzinhas, utilizando até as mesmas marcas dos produtos. Uma dessas marcas por exemplo até hoje ainda mantém as gorduras trans nos seus produtos, provavelmente suas vendas para as cias de ônibus e aéreas são tão maiores que a dos consumidores normais que ela nem se preocupou com esse detalhe. E geralmente os viajantes não pensam muito antes de aceitarem os “lanchinhos”.

Segue o mail… Com autorização do seu autor para a publicação, sintam-se livres para reprodução…

Amigos/as

Compartilho com vocês uma mensagem que acabo de enviar a uma
companhia aérea. Como aguardo a resposta, vou omitir o nome da
empresa e a marca dos produtos mencionados.

Prezado Sr.

No dia 27/09/2007 viajei por esta companhia de Fortaleza a Curitiba,
com conexão em Brasília. Num dos trechos foi servido um café da
manhã. Gostaria de ponderar alguns detalhes acerca das embalagens e
dos conteúdos.

O conjunto se compunha de:
* 1 embalagem plástica quadriculada;
* 1 bandeja plástica transparente para acondicionar os demais itens;
* 1 embalagem plástica transparente para acondicionar uma faca
plástica e um guardanapo;
* 1 embalagem plástica para acondicionar duas torradas (15 gr.de
alimento);
* 1 embalagem plástica para acondicionar uma bolacha recheada (30 gr.
de alimento);
* 1 embalagem plástica para acondicionar um cubinho de requeijão (20
gr. de alimento);
* 1 embalagem plástica de um potinho de marmelada (15 gr. de
alimento);

Ao todo foram 80 gramas de alimento e 7 embalagens plásticas, somadas
a uma faquinha plástica, um copo plástico e um guardanapo de papel.

Abrindo-se o conjunto das embalagens em uma superfície plana e
colocando-as uma ao lado da outra podemos formar com essas embalagens
e recipientes uma espécie de quadrado, medindo 50 cm por 45cm.

Para ficarmos apenas nos itens plásticos, deixando de lado a área do
guardanapo de papel, temos uma superfície de quase meio metro
quadrado de lixo gerado por passageiro para a ingestão de 80 gramas
de alimento.

Ora, de janeiro a março do ano passado (2006) esta companhia
transportou 5,55 milhões de passageiros. Se esse nível se mantivesse
(não sei se o foi ou foi superado) até o final do ano, ela teria
transportado 22,2 milhões de passageiros. Mas como em muitos vôos há
escalas e conexões e o serviço de bordo é repetido, o número de
lanches servidos seria bem maior que 22 milhões. E igualmente a
superfície de lixo plástico gerada.

Mas considerando que cada passageiro fosse servido apenas uma vez,
independentemente das escalas e conexões, e que o meio metro quadrado
de plásticos de cada um fosse colocado um ao lado do outro, formando
uma espécie de passarela de meio metro de largura, teríamos uma
trilha de 11 milhões de metros de comprimento ou, o que dá no mesmo,
de 11.000 quilometros. Como a costa brasileira mede 9.198 km –
considerando todos os recortes do litoral – o lixo plástico gerado em
um ano pela companhia permitiria formar uma passarela acompanhando
toda a costa do país e ainda sobraria quase dois mil quilometros!

Se considerarmos ainda que o diâmetro equatorial da Terra é de 12.756
km, com as embalagens plásticas do serviço de bordo descartadas pela
companhia em 14 (quatorze) meses seria possível concluir uma
passarela de embalagens plásticas abertas que daria uma volta
completa no planeta. Isso considerando apenas um serviço de bordo por
passageiro, como detalhado acima, sem contar os serviços de bordo das
escalas e conexões.

Ao final dessas considerações, a minha pergunta é muito simples: não
é possível encontrar uma solução mais ecológica para embalar 80
gramas de alimento?

Atenciosamente,

Euclides André Mance
euclidesmance@yahoo.com

!!!

Quando vejo esse tipo de notícia chego a triste conclusão que o Brasil, com pouquíssimas exceções, é terra de ninguém. Esse é o tipo de coisa que deveria sair em capa de jornais como inadmissíveis e vergonha nacional.

Ontem meu pai, enquanto assistia a um jornal na TV, perguntava por que o governo ainda permitia desmatamentos no país, era uma reportagem que mostrava inúmeras queimadas. Que fiscal vai multar, prender ou punir qualquer pessoa que pratica esse tipo de ação, correndo o risco de ser baleado e não voltar para casa? Fiscalização ambiental tem que ser feita em companhia da polícia…

É uma vergonha quando vejo esse tipo de coisa acontecer no meu país, sinto uma profunda desesperança…

Mudança de imagem

Com as empresas de petróleo querendo negar de todas as formas o aquecimento global como culpa do homem, querendo mais que o gelo no Alaska derreta todo para poder explorar enormes campos de petróleo que lá estão, fica difícil ser bem vista pelo público em geral.

Mas por conta de várias atitudes questionáveis, inúmeros erros e acidentes ao redor do mundo as empresas de petróleo não possuem uma imagem muito boa. Para tentar minimizar essa imagem, a Chevron lançou um vídeo interessante, mas é tão “sentimental”que, pelo menos pra mim, ficou artificial. É estranho ver uma empresa dessas afirmando que está preocupada em levar energia limpa para todos, pois afinal vivemos no mesmo planeta. E que todo seu esforço e conquistas do homem é por causa da energia humana! Ah, é um vídeo legal, mas ficou parecendo mesmo campanha de seguro de vida.

Aqui no Brasil acho que essa imagem ruim das empresas de petróleo não é muito forte pois até bem pouco tempo atrás a Petrobrás era a única empresa petróleo e ainda é a única com refinarias no país. Ela tem uma imagem razoavelmente boa, acredito que é assim pois é uma empresa pública que dá certo e de uma forma ou de outra todo brasileiro tem orgulho. Apesar de já ter cometido várias “gafes” ambientais.

Cana de açúcar, África, diamantes, consumo e maçãs desidratadas…

São tantos os assuntos que eu quero abordar de uma vez só que eu não sei se vai dar muito certo, mas vamos lá…

Ontem assistindo um Jornal na TV vi uma declaração do nosso Presidente sobre os trabalhos na lavoura de cana-de-açúcar. Ele se perguntava se o trabalho na lavoura de cana era muito pior que o trabalho em minas de carvão, que existiu por muito tempo e ainda existe em muitos lugares do mundo… Ai, ai… Que argumento fraquinho, não? Poxa, eu esperava mais dos assessores do Presidente, ou dele próprio. Já que é pra usar esse raciocínio pra que se preocupar com a fome ou qualquer outro problema do gênero no Brasil? A África com certeza é pior, lá as pessoas não podem sequer contar com o governo, elas contam com ajuda internacional para tentar minimizar a fome em alguns locais. Gente, vamos nos conformar com a pobreza no Brasil por que na Nigéria é pior, vamos nos conformar com as condições absurdas de trabalho na lavoura de cana pois nas minas de carvão na China é muito pior… Resolvido o problema? Sua consciência tá mais leve? Conseguimos alguma coisa mais sustentável, né?

Aí, falando de África assisti um filme esse fim-de-semana, Diamante de Sangue. O filme trata do “comércio” (leia-se tráfico) de diamantes em Serra Leoa. Tirando o fato de ser um filme hollywoodiano, superprodução e ter nada mais que Leonardo Di Caprio no elenco a estória contada me impressionou muito. Como o ser humano permitiu que um país chegasse ao ponto que chegou por pedrinhas? Tá, eu sei que não são quaisquer pedrinhas, mas nada justifica vidas humanas, guerras e violência. E como é bem lembrado no filme tudo para que mocinhas americanas tenham seu anel de diamante no noivado. Tomara que alguma delas tenham visto o filme, se sensibilizado e ao menos tenham pedido algum tipo de certificado do diamante, se bem que será que isso resolve alguma coisa? Na realidade seria preciso repensar a real necessidade de um anel de diamante para um casamento…

E pra finalizar… Parece que o assunto do momento tem sido o consumo consciente, consumo verde, já leu alguma coisa a respeito? Acredito que devemos reduzir o consumo, mas não vou discutir isso hoje, vou só citar um passagem sobre a escolha na hora de consumir… Eu gosto muito de maçã desidratada e lá fui eu comprar um pacotinho para meu lanchinho. Tinham 2 opcões, uma custava R$2,10 e outra R$2,50, aparentemente as 2 eram iguais, ai fui ver de onde vinham… A mais barata de SC e a mais cara do PR! Eu to em SP, por que o pacote que vem de mais longe é mais barato e o que está mais perto mais caro? Devem ser leis da economia que eu desconheço ou não entendo por que não faz nenhum sentido… As 2 maçãs são igualmente boas, compro a mais cara por que teoricamente o seu transporte polui menos, mas ao mesmo tempo é de uma marca mais “chique”? Ou compro a mais barata que é uma marca menor, mas seu transporte polui mais? Fiquei sem saber, acho que vou é parar de comer maçãs desidratadas e consumir menos mesmo…

Interface


A Interface é uma empresa de carpetes dos EUA que decidiu provar que é possível ser transformar uma empresa de capital aberto em sustentável até 2020. A missão zero da empresa é a promessa de eliminar todos os impactos negativos ao meio ambiente até 2020.

Ray Anderson é o dono da empresa e depois de ler a Ecologia do Comércio, de Paul Hawken em 1994, decidiu que a sua empresa seria o exemplo.

São várias as ações que a empresa tem tomado para torná-la verde. Além de reduzir todos os tipos de lixo, eles preocupam-se com o impacto da matéria-prima, do processo e do produto. E pensam também em como fazer para trazer o produto de volta e transformá-lo em produto novamente.

No Canadá um funcionário ajudou a desenvolver um processo para a parte de trás do carpete, mudando os produtos químicos. Não se tratou apenas de reduzir, mas também de substituir os químicos usados. Também no Canadá foi reduzido o uso da água em 95% com a mudança do processo, agora são utilizados equipamentos em que uma agulha cria padrões coloridos e não mais as impressões que utilizavam água.

Em 1998 a Interface colocou em prática um programa inédito: a empresa entra em contato com clientes, donos de carpetes velhos e se encarrega de retirá-los (mesmo que sejam produtos de concorrentes). Todo esse material é reciclado para fabricação de novos produtos. Anderson tem um plano mais ousado ainda, um projeto de leasing de carpete que garantiria a Interface o controle total sobre o aproveitamento do produto. Em vez de comprar o carpete, o cliente pagaria um valor pelo uso do produto por alguns anos e ao final do tempo estipulado, a Interface recolheria o carpete, reciclaria e o substituiria.

Numa entrevista com o vice-presidente para o Canadá e América Latina, é bem interessante notar que a idéia da empresa não é fazer carpetes, mas sim tentar fazer a diferença. O Vice presidente diz “Damos às pessoas uma razão maior para vir ao trabalho. Não é dinheiro, mas algo que envolve as pessoas de uma maneira mais profunda.”

Curiosidade

Cozinhando lixo

30.08.2007 | O governo de Nairobi, no Quênia, não reconhece a existência legal das favelas da cidade. E, por isso, não recolhe o seu lixo. Fica tudo por lá mesmo, no meio da rua, nas valas, pendurado nas árvores. Mas um projeto tocado por uma ong local que tem o apoio das Nações Unidas está mudando a paisagem na comunidade de Kibera, onde vivem 800 mil pessoas. Foi instalado por lá um fogão movido a lixo, que pode ser usado pelos moradores que contribuem com sua cota para cozinhar ou esquentar água. Quarenta jovens são pagos para recolher o lixo de casa em casa diariamente. A idéia, de um arquiteto queniano, Jim Archer, pode servir de modelo para outros locais da África. A notícia é da agência Reuters.

Peguei essa nota no site O ECO.

Como já comentei aqui, a resolução dos problemas ambientais estão acontecendo com, sem e apesar dos governos… Não só aqui no Brasil, mas como se pode ver, em outros lugares do mundo.

Programa Cidades e Soluções

Nos últimos fins-de-semana assisti o Cidades e Soluções e achei interessante divulgar aqui.

Ele sempre trata de algum assunto sobre meio ambiente e é o único programa de TV carbono neutro da televisão brasileira. Seguem os horários:

No Globonews
Domingo, às 21:30h
Horários alternativos
Seg 03:05, 08:30, 15:30
Qua 05:05, 17:30
Sáb 05:30

No Canal Futura
Sexta-feira, às 21:00h
Horário alternativo
Dom 15:00h