HEPATITE: silenciosa e séria

Chamamos de hepatite a inflamação que ocorre no fígado. Ela pode ter várias causas: remédios, álcool e outras drogas, vírus, além de doenças autoimunes, metabólicas e genéticas. A hepatite é geralmente silenciosa, ou seja, nem sempre apresenta sintoma e quando aparecem podem ser cansaço, febre, mal-estar, tontura, enjoo, vômitos, dor abdominal, pele e olhos amarelados, urina escura e fezes claras.

Aqui nós estamos falando das hepatites causadas por vírus. Existem 5 tipos de hepatites virais, cada uma causada por um vírus diferente: HVA, HVB, HVC, HVD e HVE – sendo o vírus da hepatite E (HVE) mais comum na África e na Ásia. A evolução das hepatites varia conforme o tipo de vírus. Os vírus A e E apresentam apenas formas agudas de hepatite (não possuindo potencial para formas crônicas). Isto quer dizer que, após uma hepatite A ou E, o indivíduo pode se recuperar completamente, eliminando o vírus de seu organismo. Por outro lado, as hepatites causadas pelos vírus B, C e D podem apresentar tanto formas agudas, quanto crônicas de infecção, quando a doença persiste no organismo por mais de seis meses.

  • As hepatites do tipo A são agudas e sua transmissão é fecal-oral, por contato entre indivíduos ou por meio de água ou alimentos contaminados pelo vírus. Geralmente, não apresenta sintomas, mas, se houver, os mais frequentes são: cansaço, tontura, enjoo e/ou vômitos, febre, dor abdominal, pele e olhos amarelados, urina escura e fezes claras. Costumam aparecer de 15 a 50 dias após a infecção.
  • Nas hepatites tipo B e C, os vírus estão presentes no sangue, no esperma e no leite materno – são, por isso, também consideradas uma doenças sexualmente transmissíveis (DSTs). A formas de transmissão incluem: transfusão de sangue, compartilhamento de materiais para uso de drogas, de higiene pessal e de confecção de tatuagem e colocação de piercings. Milhões de pessoas no Brasil são portadoras dos vírus B ou C e não sabem. Elas correm o risco de as doenças evoluírem (tornarem-se crônicas) e causarem danos mais graves ao fígado como cirrose e câncer. O surgimento de sintomas em pessoas com hepatite C aguda é muito raro. Entretanto, quando aparecem são os mesmos da hepatite A. Quando a reação inflamatória persiste sem melhora por mais de seis meses, comum em 80% dos casos, os profissionais de saúde consideram que a infecção evoluiu para a forma crônica. O tratamento é complexo e dependerá da realização de exames específicos, como biópsia hepática e exames de biologia molecular. As chances de cura variam de 50 a 80% dos casos.
  • O vírus da hepatite D depende do vírus da hepatite B para conseguir infectar uma pessoa. E a manifestação clínica da doença varia de arcordo com o estágio prévio do indivíduo, sendo a infeção pelo virus HVD em pacientes já portadores do HVB mais grava do que os casos de co-infecção.

É importante ressaltar nesse momento que o SUS disponibiliza gratuitamente a vacina contra a hepatite B. A imunização é realizada em três doses, com intervalo de um mês entre a primeira e a segunda dose e de seis meses entre a primeira e a terceira dose. Mas para ter direito à vacina, deve-se observar que as seguintes condições:

  1. Ter até 24 anos, 11 meses e 29 dias – essa faixa será ampliada para até 29 anos em 2012;
  2. Pertencer ao grupo de maior vulnerabilidade – gestantes, trabalhadores da saúde, bombeiros, policiais, manicures, populações indígenas, doadores de sangue, gays, lésbicas, travestis e transexuais, profissionais do sexo, usuários de drogas, portadores de DST.

Este post foi feito com informações retiradas do site “Hepatites Virais” do Ministério da Saúde. Visite-o para obter mais informações.

Complemente esta leitura lendo o post do Gabriel Cunha no RNAm: “Hepatite C, desinformação e conscientização!

Se você, leitor, é da área da saúde, esta publicação do Ministério da Saúde pode iteressar a você: Hepatites Virais: o Brasil está atento [pdf]

2 thoughts on “HEPATITE: silenciosa e séria

  • 29 de outubro de 2011 em 10:29
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    Da-lhe samir! Só não pode perder a empolgação 🙂

    Dica de um "veterano": agende posts. Para ter algo para publicar quando estiver sem paciência 😉

    Abraços e parabéns pelos posts.

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    • 29 de outubro de 2011 em 10:31
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      Valeu, Luiz... na verdade eu já utilizo essa técnica, inclusive na semana que vem começo com uma série de 3 posts (todos prontos e agendados).

      Resposta

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