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Perguntas sem respostas

Meu pai trabalha em uma plataforma de exploração de petróleo, dessas bem antigas, construídas numa época que ninguém falava de meio ambiente, reciclagem ou ainda sustentabilidade. Mas é claro que para mostrar para o mundo que a empresa é responsável eles foram atrás de 1001 certificações SMS, ISO e blábláblá. E segundo meu pai é blábláblá mesmo para inglês ver. No dia da auditoria eles arrumam a casa, deixam tudo limpo, organizado e no dia seguinte voltam ao normal sem nada das regras impostas por essas certificações. Mas sabe por que? Não é que eles não estão preocupados com o assunto ou acham tudo isso bobagem, é que simplesmente a plataforma não está preparada para as exigências dessas normas.

Imagina a sua casa hoje e de repente alguém na sua família precisa usar cadeira de rodas, sua casa está preparada para receber uma pessoa morando nessas condições? Na minha casa eu tenho certeza que uma cadeira de rodas não passa na porta do meu quarto, que dirá no banheiro pra tomar banho!! Nesse caso fazemos algumas adaptações ou mudamos de casa, caso as adaptações sejam muito complicadas e isso seja possível.

E numa plataforma? A gente joga fora e compra outra? Não, eles tentam fazer adaptações, mas imagina uma construção no meio do mar que pode abrigar 50 pessoas e de repente por causa de diversas exigências tem que abrigar 60 pessoas, como fazer? Faz um “puxadinho”? E as normas de segurança e legislações? Qual é prioridade?

Instalar uma máquina de tratamento de água num espaço restrito e cheio de poréns por motivos de segurança é complicado…

Um exemplo que eu tenho é o prédio onde eu moro. Já disse aqui que não temos água individualizada, fizeram um estudo para verificar essa possibilidade, descobriram que deveriam ser quebrado todos os apartamentos. O prédio vai fazer 3 anos, quem estaria disposto a tal incômodo? O projeto do prédio foi burro? Com toda certeza. Eu deveria ter comprado outro apartamento? Talvez, mas esse nunca vai ser o único motivo para decisão de compra de uma pessoa. Por exemplo, nesse prédio eu não preciso de carro para ir na padaria, no supermercado, no barzinho descolado da cidade, ir ao shopping, posso escolher ir a pé em 2 parques da cidade, meu irmão vai a pé para a escola e na casa da maioria dos amigos. Posso comparar os litros de combustíveis que deixei de queimar com o suposto disperdício da água que meu prédio tem? Duvido que um dia alguém possa me responder isso.

É errado as empresas “fingirem” que são corretas? Acho que sim. Ou seriam as certificações que deveriam ser mais realistas para construções antigas? Ou essas certificações só servem pra isso mesmo, as empresas fingirem que estão cumprindo? Ou deveriam existir certificações mais específicas? Como por exemplo “Certificação Ambiental de Plataformas de Exploração de Petróleo Construídas até 19XX”.

Na verdade o que rola é um círculo vicioso, as empresas são pressionadas pelos acionistas, sociedade, governo para obter certificações e cumprir normas para não perder valor, ou elas obtém essas certificações ou se comprometem e perdem mercado e para conseguir essas certificações elas tentam se adaptar e na maioria das vezes isso vira um fingimento para o auditor ver… E todos saem teoricamente felizes, achando que tal certificação sempre tem algum valor. Resumindo: o mercado manda!!

Se alguém tiver resposta para algumas das minhas perguntas, por favor, me ajude!

Vídeo

Um vídeo com dicas do que você pode fazer para ajudar o mundo! Bem simples!

Dica do Blue Bus.

É preciso cautela

Lembra quando eu falava aqui sobre quanto tempo demora para uma árvore capturar o CO2 proposto? Então, nessa notícia aqui me mostrou que na realidade ninguém sabe exatamente quantas árvores devemos plantar pra neutralizar o que for…
Aliás falar em neutralização é um erro, acho que nossos impactos nunca serão neutrlizados, no máximo, minimizados.
Temos que tomar cuidado quando dizem que este evento ou aquele produto é carbono neutro…

Essa é a minha confissão


Atualizado 02/04/2008
Depois do meu comentário nesse post eu realmente fiquei me achando uma fraude… Sei lá, parece que eu não faço nada para colaborar com o meio ambiente, só fico escrevendo aqui no blog e criticando. Ai me baseando na lista desse blog resolvi fazer uma lista dos meus defeitos ambientais, esse pecados ambientais em alguns casos até saberia como resolver, mas eu não moro sozinha e durante a semana se eu passo 4 horas do dia acordada na minha casa é muito. Outros defeitos eu sei que é por pura preguiça mesmo, confesso!

Segue a lista:
1)não sou vegetariana;
2)meu apartamento não tem água individualizada;
3)uso sacos plásticos (não biodegradáveis) para colocar meu lixo;
4)uso absorvente descartáveis;
5)às vezes deixo a TV do meu quarto em stand by;
6)como em restaurantes todos os dias e por isso…
7)não faço idéia de onde vem a carne/ vegetais/ frutas que como;
8)compro revistas em papel que algumas vezes poderia ler on-line;
9)compro produtos chineses, alguns legais, outros não;
10)só ás vezes fecho o chuveiro para me ensaboar enquanto tomo banho, no inverno sem chances, não faço isso mesmo;
11)Apesar de usarmos sabão em pedra feito de óleo de cozinha para lavar a louça todos os outros produtos de limpeza da casa não são nada ecológicos.

No momento o que me ocorre é isso, devo ter mais alguns pecados por conta da comodidade que algumas coisas nos proporcionam, mas vou tentar mudar, caso me lembre de mais alguma coisa vou colocar aqui, ou caso consiga melhorar algum aspecto também retiro da lista.

E você? Qual seu maior pecado ambiental?

Aqui outro posto sobre o assunto.

Foto: http://www.flickr.com/photos/bombarosa/1830828553/

Lembra disso?

Lembram desse post aqui? Hoje lembrei de mandar um mail para o autor pra perguntar se ele teve alguma resposta da cia aérea. Aí segue:

Assunto: TAM – Processo: 20435809/1
De: tamfale@tam.com.br
Data: 05 Oct 07 10:51:01 -0300
São Paulo, outubro de 2007.
(…)
Prezado Sr. Euclides,
Recebemos seu e-mail e tomamos conhecimento de suas considerações referentes ao nosso serviço de bordo.
Queremos que saiba que a TAM compartilha de suas preocupações e que já estamos estudando e efetuando testes para implementar novos materiais para o serviço de bordo dos vôos nacionais e internacionais.
De toda forma, é importante ressaltar que em algumas localidades em que operamos, o retorno do serviço (lixo), já é reciclado.
Seus comentários são sempre muito bem-vindos e continuamos à disposição para recebê-los e dar-lhes a atenção que merecem.
Atenciosamente,

Marco Antonio Bologna
Presidente
anp/a
Av. Jurandir,856 – Lote 4 – 6° andar – Hangar VII – Jd Ceci – 04072-000
Sao Paulo/SP – Brasil
Tel. 0800 123 200 – Fax 0800 123 900 – www.tam.com.br

Será que desde então alguma coisa mudou na TAM sobre o assunto? Tem tempo que não viajo de avião, alguém aí sabe me dizer alguma coisa?

Ler essas notícias me faz chorar…

Não, não são notícias sobre o desmatamento da Amazônia, do Cerrado ou da Mata Atlântica; não são noticias de desperdício de recursos naturais, nem notícias de irresponsabilidade das empresas com a sociedade.

São essas notícias que me fazem chorar:

“Produção responsável – A indústria está aquecida no Brasil e, para reduzir o impacto de sua expansão, investe na formação de pessoas preocupadas com o crescimento sustentável.” (03/2008)

“O futuro é verde nas empresas – As carreiras que defendem o planeta estão em alta. Fique de olho nesse nicho: há poucos profissionais especializados em cuidar do meio ambiente. Quem sai na frente é disputado a peso de ouro por empresas públicas e privadas e pelo terceiro setor. Veja quais são as competências necessárias, as principais oportunidades, os salários e as recompensas de um ramo de trabalho que não pára de crescer.” (10/2007)

“Oportunidade sustentável – As empresas estão abrindo espaço para quem se dedica a entender de sustentabilidade.” (09/2007)

Pra quem essas noticias são verdade? Não para mim, tem 2 anos que estou a procura de emprego na área de sustentabilidade e nada… Será que meu CV é tão ruim assim? Já ouvi dizer que o mercado é muito novo e ainda está começando por isso é difícil mesmo conseguir alguma coisa. De verdade, esse tipo de notícia não me deixa otimista achando que vou achar alguma coisa interessante pra mim, mas me dá a sensação que estou perdendo o bonde…
Mas decidi essa semana não vou mais me aborrecer com esse assunto, se tudo continuar do jeito que está (e eu sei que não será por muito mais tempo) eu largo tudo volto pra Europa trabalhar de babá ou qualquer coisa que não me faça me preocupar muito com os rumos da humanidade no Planeta. A ignorância nos faz felizes!

Sobre a lógica econômica

Hoje de manhã recebi um mail do Hugo Penteado com o texto que segue… Gosto quando as teorias economicas são colocadas em cheque, por que a grande parte das pessoas ignoram esses dados? Detalhe, pra quem não sabe, o Hugo é economista…

Economista não olha estoque, só olha fluxo (quanto de bens e serviços foi produzido no ano). Para que olhar estoques se as suas teorias mirabolantes assumem que todo o nosso sistema econômico é neutro para o meio ambiente e que a natureza é inesgotável?

Economista não olha também para variáveis absolutas, mas para variáveis relativas, como quocientes ou taxas de variação. Eles comemoram: o crescimento populacional percentual declinou de 2 para 1%. O número absoluto de pessoas incrementadas aumentou. Para que olhar números absolutos se eles assumem espaço inesgotável para elas?

O mesmo vale para a poluição: o quociente de poluição emitida por carro caiu de 2,5 para 1,25 nos últimos 50 anos. Só que a frota aumentou 20 vezes. A emissão absoluta de poluição, mesmo com a redução por unidade (seja do que for) continuou crescendo exponencialmente (números fictícios aqui, é só para dar uma idéia dos absurdos dessa teoria, um outro bom exemplo é que eles olham o quociente de uso de recursos naturais por unidade de produto, que declinou bastante nos últimos 50 anos, mas como a produção explodiu, mesmo tendo caído o consumo de recursos naturais por unidade de produto, ao multiplicar esse quociente pelo total produzido, encontramos consumo de recursos naturais crescendo exponencialmente.)

Aí voltamos para a raiz do problema: faz sentido assumir que a Terra é inesgotável em espaço físico? Isso é óbvio para qualquer criança de cinco anos. Até perdôo os economistas não “sacarem” que nossa limitação não se dá através apenas do espaço físico, mas dos equilíbrios ecológicos, cuja finitude é muito antes de conseguirmos ocupar todos os espaços físicos desse planeta finito (desculpa insistir no termo, é que o conto de fadas de um planeta infinito segue firme como uma rocha, bem como a falsa teoria econômica que prega o crescimento econômico como salvação social, quando na verdade isso é só um mecanismo poderoso de diferenciação social, de destruição de empregos, da natureza e de concentração de riqueza…).

A tênue linha verde

A linha verde que separa um ecochato de um ambientalista consciente é muito, muito tênue.

Outro dia descobri que o Bradesco por meio da Fundação Amazônia Sustentável paga para os moradores de uma determinada região da Amazônia uma bolsa-floresta para que eles não desmatem a floresta. Num primeiro momento fiquei absolutamente chocada com essa atitude. Ouço tanta gente do meu convívio criticar as bolsas dadas pelo governo que achei absurda essa atitude, mas conversando com uns amigos e pensando melhor essa não é uma atitude ruim. Baseando-se do princípio que estamos pagando por serviço ecológico prestado pela floresta e evitando que ela seja desmatada é bastante interessante a idéia.

O problema do Bradesco não é financiar a “bolsa-floresta”, na realidade é uma atitude super interessante para um banco. O problema do Bradesco é ele financiar as hidrelétricas do Rio Madeira que vão devastar uma parte da floresta. Uma atitude bastante contraditória, não? Ou será que eles estariam pagando para se preservar a floresta pra compensar o financiamento das hidrelétricas?

Será que por financiar as hidrelétricas do Rio Madeira o Bradesco é vilão? Ou será que ele é bonzinho pois financia a preservação da floresta? Eu chego à conclusão que no mundo hoje não podemos ser maniqueístas achando que só há esse tipo de classificação, bons e maus, empresas sustentáveis ou não. Nenhuma empresa do ponto de vista de responsabilidade sociambiental, sustentabilidade e afins é 100% perfeita. Mas será que pelo simples fato dela se preocupar com o assunto já devemos achar o suficiente e que essa preocupação vai levar a ações mais acertadas no futuro?

Todos sabemos que o Bradesco, o Banco Real, a Natura, a Petrobrás, a Odebrecht e todas as empresas por ai tem problemas, nenhuma é perfeita, na grande maioria das vezes elas acertam num ponto, mas pecam num outro e todo mundo sabe que os grandes culpados por isso são o sistema econômico, os acionistas, o governo que só conseguem entender crescimento e lucro como variáveis realmente importantes e significativas.

Não quero dizer que as empresas são boas simplesmente porque resolveram fazer algum movimento em relação à sustentabilidade, ou são más porque resolveram se maquiar de verde, mas podemos ser um pouco mais flexível com as empresas que tentam fazer alguma coisa, não há perfeição, infelizmente é o que temos no momento. Jogar pedras por jogar não vai fazer nada ficar melhor. Temos por obrigação como ambientalista cobrar coerência nas atitudes das empresas, não simplesmente dizer que tudo que ela faz é errado, atacá-las por atacar só faz com que o nosso discurso perca a credibilidade.

Esse é um dos desafios que enfrento aqui no blog, tento não ser uma ecochata que implica com tudo que não é como deveria ser e tento não achar tudo lindo e maravilhoso só por que a empresa se declara verde. Acho que já cometi os 2 pecados por aqui, mas tenho tentado melhorar e me policiar mais. Acho todos deveriam.

A Coca-cola

No blog Empresa Verde da Revista Época a jornalista conta a “Empreitada Verde” da Coca-cola, algumas das ações que a empresa tem feito para associar a sua marca à sustentabilidade. Aí, lá tinha um link para a entrevista da Diretora de Marketing da Coca (aqui em inglês). Blablabla básico de marketing, “queremos associar nossa marca ao bem-estar sustentável”, “estamos incentivando nossos funcionários a prestarem trabalhos voluntários”, “essas ações que estamos divulgando agora nós sempre fizemos, já é uma coisa que fazemos há decadas…”
Nos comentários encontrei esse link (em inglês): Comunidades rejeitam Coca-cola na Índia. Ops…
Achei uma campanha na Índia contra a Coca-cola, com página até em português, para explicar o que vem acontecendo por lá por causa da empresa… Veja aqui.
Resumo rápido, a Coca-Cola é acusada por:
* Causar severas faltas de água em comunidades por toda a Índia;
* Poluir a água subterrânea e o solo nos arredores das suas plantas de engarrafamento;
* Distribuir seu lixo tóxico como “fertilizante” aos agricultores;
* Vender refrigerantes misturados com pesticidas na Índia – em alguns casos, em quantidades mais de 30 vezes superiores aos padrões aceitos na União Européia.

Não sei se tudo isso é verdade, mas existe um protesto de pessoas de algumas regiões da Índia contra a Coca-cola, o que não me surpreende que são as pessoas das castas mais inferiores. Mamãe sempre disse: onde há fumaça, há fogo. Talvez as coisas não sejam na intensidade apresentada, mas alguma coisa deve acontecer por lá.

A Coca está investindo US$10 milhões numa campanha de marketing focada na idéia de bem estar-sustentável, mas lembre-se a campanha é focada para os EUA!! Apesar de estar presente em 200 países acho que ela se esqueceu do mundo globalizado e que não adianta ser sustentável só para os americanos. Além de que hoje em dia temos a internet e por isso informações nos confins da Índia podem chegar em qualquer parte do mundo para quem quiser. Da mesma forma que estamos aqui atento às ações da Coca com sua campanha de marketing nos EUA, também estamos sabendo o que ela está acontecendo com as fábricas dela na Índia.

A Amazônia

Quem acompanha o blog reparou que eu quase não falo sobre a devastação da Amazônia, apesar desse assunto estar quase que diariamente na mídia. Eu não falo muito sobre o assunto por vários motivos: 1)Nunca estive na Amazônia, não tenho a menor noção de como são as coisas por lá; 2)Por se tratar de uma área gigantesca e pouco habitada não acredito em nenhum número divulgado pelo governo, eu trabalho num órgão do governo e sei bem como se faz pra chegar em alguns números convenientes; 3)Com o nosso atual modelo ecônomico enquanto não derrubarmos até última árvore da Amazônia, assim como fizemos com a Mata Atlântica, acho difícil alguma coisa mudar.

Hoje recebi por e-mail com a reportagem a seguir do site da CNN.
(em inglês, com tradução livre em português nos parêntesis)

Snakes — including one 10-foot anaconda — are increasingly invading the eastern Amazon’s largest city, driven from the rain forest by destruction of their natural habitat, the government’s environmental protection agency said Tuesday. (Cobras – incluindo uma anaconda de 3 metros – estão crescentemente invadindo o lado leste da maior cidade da Amazônia, por causa da destruição do seu habitat natural. De acordo com declarações desta terça-feira do IBAMA).

The agency, known as Ibama, has been called out to capture 21 snakes this year in Belem, Brazil, a sprawling metropolis of 1.5 million people at the mouth of the Amazon River, Ibama press officer Luciana Almeida said by telephone. (A agência ambiental IBAMA foi chamada para capturar 21 cobras esse ano (em dois meses) em Belém, uma cidade que se alastra com 1,5 milhão de pessoas na cabeceira do Rio Amazonas, disse a representante Luciana Almeida pelo telefone).

In normal years, Ibama gets no more than one or two calls a month, she said. (Em anos normais, o IBAMA recebe apenas um ou dois telefonemas por mês, ela disse).

No poisonous snakes were reported, she said. But the captured snakes included a 10-foot anaconda, usually a jungle recluse. (Nenhuma cobra venenosa foi identificada, ela disse. Mas eles capturaram cobras, incluindo uma anaconda de 3 metros, que fica sempre reclusa na floresta).

“People are scared,” she said. “Imagine finding a 3-meter [10 foot] snake in your plumbing.” (As pessoas estão assustadas, ela disse. Imagina achar uma cobra de dez metros na sua caixa d´água).

Almeida said Ibama believes the increase in snakes is a result of rising deforestation by loggers, ranchers and developers in the Amazon jungle surrounding the Belem urban area. (Almeida disse que o IBAMA acredita que o aumento de cobras é resultado do aumento do desmatamento pelas madeireiras, fazendeiros da floresta Amazônica nos arredores da área urbana de Belém).

“Deforestation destroys their habitat, so they come to the city,” she said. (Desmatamento destrói seu habitat, por isso elas vêm para as cidades.)

Ibama has a veterinary team that captures the snakes and takes them to a zoo or to an outlying park to release them, Almeida said. (O Ibama tem um time de veterinários que captura as cobras e as levam para zoológicos ou parques).

O Hugo Penteado que me enviou essa notícia ainda colocou a seguinte nota no início: se o IBAMA não consegue fazer nada para evitar desmatamento nos arredores de uma cidade grande como Belém, imagina nos confins da floresta… Segundo o Washington Novaes, o principal hotel de Manaus tem mais funcionários que o IBAMA tem para a Amazônia inteira, uma região que é quase 9 vezes maior que a França…

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