De caráter autoritário e nacionalista, o regime militar que derrubou o governo do presidente democraticamente eleito, João Goulart, foi instaurado em 1º de abril de 1964. Apesar das promessas iniciais de uma intervenção breve, a ditadura militar durou 21 anos.
Ao longo de seu o governo, os militares instituiu vários Atos Institucionais, culminando com o AI-5 de 1968, que vigorou até 1978. A Constituição de 1946 foi substituída pela Constituição de 1967 e, ao mesmo tempo, o Congresso Nacional foi dissolvido, liberdades civis foram suprimidas e foi criado um código de processo penal militar que permitia que o Exército brasileiro e a Polícia Militar do Brasil pudessem prender e encarcerar pessoas consideradas suspeitas, além de impossibilitar qualquer revisão judicial.
A grande imprensa também sofreu importantes mudanças ante e ao longo de todo o período da ditadura.
E com o objetivo de avaliar o papel desempenhado por importantes jornais nesse período, o jornalista e escritor Aurélio Dantas publicou o artigo “A mídia e o golpe militar” na revista de Estudos Avançados (vol.28 no.80, ano 2014) .
O estudo trata do papel desempenhado pela grande imprensa no processo político brasileiro, a partir do início dos anos 1950, com a volta ao poder, pelo voto popular, de Getúlio Vargas, que sustentara a ditadura do Estado Novo até 1945, quando foi deposto pelos militares.