Diretoras de escolas são minoria na Espanha

Na Espanha, apesar de mais de 70% do quadro de professores ser composto por mulheres, menos de 40% dos cargos de direção são ocupados por elas. Artigo publicado na última edição da revista Paidéia analisou as razões e motivações para este quadro. “O estereótipo de gênero em relação a liderança efetiva é diretamente prejudicial as mulheres, já que elas relacionam boa liderança a qualidades masculinas”, afirma Enrique Javier Diez Gutierrez, autor do estudo.

Gênero na escola
Crédito: dmrealty

Gutierrez, da Universidade de León, na Espanha, aplicou questionário em mais de 2 mil professores, 430 diretores, dos quais 60 foram entrevistados e verificou que a desigualdade de gênero na liderança das escolas é fruto da predominância de um modelo masculino que não incentiva as mulheres a liderar. Os resultados vão de encontro com explicações que atribuíam o baixo número à incapacidade profissional ou características psicológicas ou pessoais das mulheres.

O autor lembra que a escola é local onde passamos parte relevante de nossas vidas e os exemplos não são apenas aprendidos de forma explícita, mas também experimentados em termos de organização e funcionamento dessas instituições. A maioria das mulheres diretoras se disseram motivadas ao cargo para contribuir com mudanças na escola, onde eram professoras, enquanto o salário, o status e o reconhecimento foram apontados como motivações secundárias.

 

Leia artigo completo em:

Diez Gutierrez, EJ (2016). Females principals in Education. Paidéia, v.26 (65), pp.343-350.

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