Um encontro entre Estudos Clássicos e Arqueologia: uma experiência brasileira nas escavações em Despótico (2022)

Equipe completa no Museu Arqueológico de Paros. Foto: Alex Augusto Marcelo

Texto de:
Patricia Prata
Mônica Souza Venturini


Breves palavras sobre a “Escola de Verão Brasileira na Grécia 2022”

Dos dias 11 a 25 de junho de 2022, uma equipe brasileira bem diversificada, formada por professores da Unicamp e da USP, bem como por alunos de graduação e pós-graduação do IEL (curso de Linguística) e do IFCH (cursos de História e Filosofia) da Unicamp e uma estudante recém-egressa do ensino médio,[1] participou de uma escavação arqueológica no templo de Apolo, na ilha deserta de Despótico, na região das Cíclades, na Grécia. As atividades, de fato, se iniciaram uma semana antes, em Atenas (7 a 10 de junho). Lá, por meio de palestras e aulas proferidas por professores e pesquisadores brasileiros e estrangeiros na Embaixada do Brasil em Atenas, bem como por visitas a Museus e Bibliotecas, guiadas pelos arqueólogos que supervisionaram mais de perto a nossa equipe durante as escavações, Erica Angliker e Luigi Lafasciano – os quais compõem o time liderado pelo arqueólogo Yannos Kourayos, Diretor da escavação, e por Kornilia Daifa, sua assistente direta – os participantes se prepararam para a pôr a mão na massa, para as 70 horas de escavação que se dariam nas  duas semanas seguintes.

Os eventos na Grécia foram precedidos de atividades de formação, como minicurso na Unicamp, ministrado no IdEA pela Profa. e arqueóloga Erica Angliker (18 a 20 de abril).[2] Todo esse programa compôs a primeira Escola de Verão Brasileira na Grécia “Inovação e Tradição em Paros Arcaico”, organizada pela Profa. Dra. Isabella Tardin Cardoso, por meio do Instituto de Estudos Avançados (IdEA) da Unicamp, do qual é Coordenadora-Adjunta, e do Centro de Teoria da Filologia, do qual é Coordenadora, e pela arqueóloga Dra. Erica Angliker, com o apoio do arqueólogo Yannos Kourayos, Diretor da Escavação Arqueológica em Despótico, bem como curador do Museu Arqueológico de Paros. A Escola contou, ainda, com o fomento do Programa de Pós-Graduação em Linguística do Instituto de Estudos da Linguagem (IEL) da Unicamp, com o Programa de Internacionalização da Capes (Capes-Print) e com bolsas do Programa Santander Universidades, e com o apoio do Ministério das Relações Exteriores do Brasil e da Embaixada do Brasil em Atenas.[3]

Um pouco sobre Despótico e as escavações na ilha

Despótico é uma ilha do mar Egeu desabitada atualmente (desde o século XVII) – hoje só comporta cabras e seu pastor, um morador da ilha em frente, Antíparos. Ela é uma das ilhas que compõem as Cíclades e se localiza muito próxima a Antíparos, ilha que, por sua vez, se situa na frente da ilha de Paros, uma referência talvez mais conhecida.

Mapa das ilhas cicládicas indicando a localização de Paros, Antíparos e Despótico (KOURAYOS; DAIFA, 2021, p. 29)

Em Despótico, encontramos um grande templo de Apolo, formado por diversos edifícios que datam do séc. VII a.C., ou seja, do denominado período arcaico grego que se localiza convencionalmente entre os anos 700 – 490/480 a.C.

Segundo Kourayos et al. (2012, p. 93), a ilha de Despótico “foi identificada como  sendo a  antiga Prepesinto, seguindo as listas de ilhas das Cíclades registradas por Estrabão e Plínio”,[4] que são as únicas fontes antigas que fazem referência a ela. Ainda conforme os estudiosos, na época moderna (séc. XV, XVI e XVII), a ilha sofreu muitos ataques de piratas franceses, que, em 1675, em uma batalha naval contra os turcos próximo a Despótico, destruíram seu único ponto de assentamento, provavelmente no referido santuário. Em 1756, a ilha foi comprada por dois gregos proeminentes – um habitante de Míconos e outro de Paros -, que tinham o título de Déspotes [“déspota”; “senhor”, “mestre”], que teria originado, segundo a tradição oral, o atual nome da ilha, Despótico. (Kourayos et al. 2012, p. 94).

Vista aérea de parte do sítio arqueológico de Despótico. Em destaque, o temenos, a parte mais sagrada do santuário. Podemos ver com clareza o edifício A, composto pelas salas A1, A2, A3, A4 e A5 (da esquerda para a direita) que compõem o templo (A1 e A2) e o hestiatorion (A3, A4 e A5). Foto: Alex Augusto Marcelo e Sidnei de Oliveira Júnior. Cortesia: Yannos Kourayos.

Colocando numa linha do tempo as explorações arqueológicas na ilha, ainda conforme Kourayos et al. (2021, p. 94), as escavações se iniciaram no final do século XIX, contudo, não de forma regular. Citam-se as expedições de Theodore Bent em 1885, de Christos Tsountas em 1898,  de Nikos Zapheiropoulos em 1959, e de Gottfried Gruben em 1980.

Escavações sistemáticas em Despótico começaram a ser feitas em 1997 pelo arqueólogo Yannos Kourayos, após sua visita à ilha em 1996. Conforme nos relata na introdução a seu livro sobre Despótico (2018a, p. 8), nem ele nem seus colegas do atual “Ephorate of Antiquities of Cyclades” [“Eforato de Antiguidades da Cíclades”] esperariam encontrar um dos maiores santuários das Cíclades sob um curral de animais. Foi Kourayos e sua equipe que descobriram, por meio de inscrições com o nome Apolo em pedaços de cerâmica encontrados, que o templo era dedicado a essa divindade, fato até então desconhecido.

De lá para cá, em mais de 20 anos, os trabalhos de escavação no sítio de Despótico sob a direção de  Kourayos têm sido exitosos. Muitos artefatos, como cerâmicas, estátuas ou suas partes, bem como edifícios têm sido sistematicamente achados.

Dentre os mais importantes objetos encontrados, temos a parte superior da figura feminina que, acreditam os pesquisadores, provavelmente representa a mais antiga entidade cultuada no santuário, Apolo. Essa peça, que se tornou símbolo de Antiparos e Despótico, data dos anos 675-650 a.C. e foi achada com diversos outros artefatos sob o solo do edifício A1 do santuário.

Figura de Apolo encontrada sob o edifício A1.
Foto: Alex Augusto Marcelo. Cortesia: Yannos Kourayos.

Para dar uma ideia da rotina de trabalho num sítio arqueológico, bem como o que se pode encontrar nele, relatamos abaixo, numa breve narrativa, um pouco da experiência da equipe brasileira na escavação em Despótico.

Experiência brasileira e achados arqueológicos

A equipe, durante as duas semanas de escavação na ilha, teve a supervisão geral de Yannos Kourayos e Erica Angliker e, no trabalho de campo, teve a orientação de Luigi Lasfaciano, com a assistência de Francesca Romana Fiano.

Arqueóloga brasileira, Dra. Erica Angliker, apresentando o sítio arqueológico  à equipe no primeiro dia de escavação. Foto: Alex Augusto Marcelo. Cortesia: Yannos Kourayos.

Nesses quinze dias de atividade,  a equipe seguiu a seguinte rotina: no começo da manhã partíamos de barco de Antíparos, onde estávamos hospedados, até Despótico e lá trabalhávamos no sítio arqueológico até o meio da tarde. Na escavação, éramos divididos em grupos e cada grupo era designado a um ponto do sítio. A princípio, o grupo supervisionado pela arqueóloga Francesca Romana Fiano ficou responsável pela escavação de um edifício no complexo sul. Já o grupo sob a supervisão do arqueólogo Luigi Lafasciano ficou a cargo da escavação de uma cisterna.

No trabalho, eram utilizados instrumentos como picaretas, pás, triângulos,  trowel,[1] vassouras, carriolas entre outros.

Integrante da equipe usando um trowel. Ao redor, outros instrumentos utilizados na escavação: picareta, vassourinha e pá. Foto: Alex Augusto Marcelo. Cortesia: Yannos Kourayos.
Integrante da equipe retirando solo de um estrato com uma pá.
Foto: Alex Augusto Marcelo. Cortesia: Yannos Kourayos.
Integrantes da equipe fazendo a limpeza profunda de um conjunto de pedras de um muro. 
Foto: Alex Augusto Marcelo. Cortesia: Yannos Kourayos.
Integrante da equipe utilizando um triângulo.
Foto: Alex Augusto Marcelo. Cortesia: Yannos Kourayos.

Ao retirar as camadas de terra, constantemente encontrávamos fragmentos de cerâmica de diversas naturezas e formatos. Aprendemos a separar essas cerâmicas de acordo com os estratos onde eram encontradas, pois é a partir da análise e estudo da estratificação do terreno, ou seja, das diferentes camadas de terra que compõem o terreno, que podemos averiguar e deduzir  a datação dos achados de cada um delas.

Fragmentos de cerâmica encontrados em apenas um dia de trabalho.
Foto: Alex Augusto Marcelo. Cortesia: Yannos Kourayos.

Além de escavação em si e separação dos objetos encontrados, realizamos outras tarefas importantes que fazem parte do trabalho arqueológico, como limpar o terreno para ser possível identificar o que vamos escavar, i.é, interpretar e compreender o que veio à luz com a limpeza, para, a partir disso, saber como proceder na escavação, bem como medir e catalogar os espaços encontrados e delimitados.

Nas duas fotos: o grupo trabalhando na retirada da terra do ponto designado.
Foto: Alex Augusto Marcelo. Cortesia: Yannos Kourayos.
Vista aérea do local depois de finalizada a remoção da terra e da limpeza. É possível ver, do lado direito, o muro descoberto e as pedras desmoronadas ao redor. Foto: Alex Augusto Marcelo e Sidnei de Oliveira Junior. Cortesia: Yannos Kourayos.
Equipe supervisionada pelo Dr. Luigi Lafasciano trabalhando na remoção de pedras desmoronadas.
Foto: Alex Augusto Marcelo e Sidnei de Oliveira Junior. Cortesia: Yannos Kourayos.

Enquanto algumas equipes escavavam e limpavam o terreno, outras lavavam as cerâmicas encontradas, um trabalho imprescindível e muito minucioso, feito apenas com água e escovas de dentes.

Integrante da equipe na lavagem de cerâmicas. 
Foto: Alex Augusto Marcelo. Cortesia: Yannos Kourayos.
Integrantes da equipe na lavagem de cerâmicas. 
Foto: Alex Augusto Marcelo. Cortesia: Yannos Kourayos.

Quanto aos achados, destacamos que no dia 17/06, último dia de escavação da primeira semana, ao começar a limpeza de uma outra parte do sítio, mais a leste, em um muro colapsado do período romano, encontramos um fragmento de uma estátua de mármore, uma panturrilha pertencente, provavelmente, a um kouros.[6] Essa peça, anterior ao período do muro, foi usada como “tijolo” para sua construção, mostrando  um exemplo de reutilização de materiais mais antigos.

Panturrilha de mármore e alguns fragmentos de cerâmica secando após a lavagem.
Foto e reprodução: cortesia de Yannos Kourayos.

Ainda foram encontradas outras peças bastante interessantes como um pilar de mármore que poderia ser parte de um perirantheion (perirantério), um vaso móvel, com estrutura côncova para retenção de água, utilizado em contextos de rituais no templo. E um fragmento de um pithos (pito), um tipo de vaso fixo de dimensões monumentais, usado para armazenamento de alimentos.

Vista aérea do grupo trabalhando no muro romano onde foi encontrada a panturrilha de mármore.
Foto: Alex Augusto Marcelo e Sidnei de Oliveira Junior. Cortesia: Yannos Kourayos.
Parte da equipe com o fragmento de pithos (pito) encontrado.
Foto: Alex Augusto Marcelo. Cortesia: Yannos Kourayos.

Algumas considerações finais…

A escavação possibilita a experiência de estar em um sítio arqueológico de fato, encontrando e manuseando peças que só podem ser apreciadas em museus, mediadas por um vidro, ou ao longe, antes de uma corda de isolamento, no caso de espaços e objetos expostos em sítios arqueológicos. Ademais, esse trabalho prático e sem mediações com a cultura material nos permite interpretar a história e as sociedades antigas de uma perspectiva mais tangível, a partir da interação do homem antigo com a natureza.

O trabalho em uma escavação arqueológica, contudo, é muito diferente da imagem romantizada que pintamos em nossa mente: é um trabalho árduo, pesado, que exige, ao mesmo tempo, muita força física e muita precisão e delicadeza. É necessário também cooperação e entendimento dentro do grupo: cada um precisa compreender sua função e realizá-la com rapidez e precisão, como um relógio, a fim de otimizar o tempo. A escavação requer um trabalho coletivo organicamente orquestrado, isso é imprescindível para o sucesso do empreitada.

Equipe em almoço na Embaixada do Brasil em Atenas junto com o embaixador Roberto Abdala, palestrantes que apresentaram seus trabalhos durante a primeira semana de atividades em Atenas e outros convidados.

Bibliografia

ANGLIKER, Erica; COSTA,  Lorena Lopes da (2021). Religião na Grécia e Roma Antigas: contatos, encontros e trocas. In: História: Questões & Debates, v. 69, n. 1, p. 7-16. Disponível em: https://revistas.ufpr.br/historia/article/view/76315. Acesso em: 18/08/2022.

KOURAYOS, Iannos; DAIFA, Kornilia (2021). Despótiko: Escavações e restauração de um Santuário de Apolo. In: História: Questões & Debates, v. 69, n. 1, p. 18-46. Disponível em: https://revistas.ufpr.br/historia/article/view/76315. Acesso em 18/08/2022.

KOURAYOS, Yannos (2020). Paros, Antiparos, Despotiko: from Prehistoric to Contemporary times. 2nd edition.  Paros: Paros Municipality. Disponível em: https://www.academia.edu/45628157/Paros_Antiparos_Despotiko_From_Prehistoric_to_Contemporary_Times).

KOURAYOS, Yannos (2018a). Despotiko: a journey in time. Antiparos: Municipality of Antiparos. Disponível em: https://www.academia.edu/45589193/Despotiko_A_Journey_in_Time_Twenty_Years_of_Research_at_the_Sanctuary_of_Apollo.

KOURAYOS, Yannos (2018b). “Miltiades on Paros: New Evidence from Despotiko”. In: Angliker, Erica & Tully, John (eds.), Cycladic Archaeology: New Approaches and Discoveries. Oxford: Archeopress. Disponível em: https://www.academia.edu/45559270/Miltiades_on_Paros_New_Evidence_from_Despotiko_In_Cycladic_Archaeology_New_Approaches_and_Discoveries_ed_by_E_Angliker_and_J_Tully_Oxford_Archeopress. Acesso em: 16/08/2022.

KOURAYOS, Yannos; DAIFA, Kornelia; OHNESORG, Aenne; PAPAJANNI, Katarina (2012). The Sanctuary of Despotiko in the Cyclades. Excavations 2001–2012. Archäologischer Anzeiger, n. 2, p. 93–174. Disponível em: https://www.academia.edu/45561455/The_Sanctuary_of_Despotiko_in_the_Cyclades_Excavations_2001_2012. Acesso em: 16/08/2022.  

Sites e mídias sociais

https://www.unicamp.br/unicamp/noticias/2022/07/14/escola-de-verao-proporciona-imersao-na-cultura-grega-para-pesquisadores-da

https://www.facebook.com/centrodeestudosclassicosiel/

 


[1]Professores: Flávio Ribeiro de Oliveira (IEL-Unicamp), Patricia Prata (IEL-Unicamp) e Mary Laffer (FFLCH-USP); alunos: Alex Augusto Marcelo (graduado em Linguística-IEL), André Del Corso (graduação em Linguística-IEL); Mônica Souza Venturini (mestranda em Linguística-IEL, área de Estudos Clássicos/Latim); Vanessa Fernandes Dias (doutoranda em Linguística-IEL, área de Estudos Clássicos/Latim); Lidiana Garcia (doutoranda em Linguística-IEL, área de Estudos Clássicos/Grego); Sidnei de Oliveira Júnior (graduação em História-IFCH); Karoliny Batzakas de Souza Matos (doutoranda em História – IFCH); Amabile Helena Zanco (mestranda em História – IFCH); Nuno Manuel Morgadinho dos Santos Coelho (doutorando em Filosofia – IFCH) e Manuela Simões Coelho.

[2]Vide: https://www.unicamp.br/unicamp/noticias/2022/04/04/escola-de-verao-levara-pesquisadores-da-unicamp-para-escavacao-arqueologica-na. Em breve haverá uma nova edição do minicurso, com temas inéditos.

[3] Para repercussões  sobre a Escola: https://www.unicamp.br/unicamp/noticias/2022/07/14/escola-de-verao-proporciona-imersao-na-cultura-grega-para-pesquisadores-da

Para fotos: https://www.facebook.com/centrodeestudosclassicosiel/

[4] “Despotiko has been identified as ancient Prepesinthus, following the lists of Cycladic islands recorded by Strabo and Pliny.”

[5] Espécie de espátula, em formato de losango, usada para retirar o solo de maneira rápida e precisa. Para uma imagem, vide: https://en.wikipedia.org/wiki/File:TrowelPS.jpg

[6] “O Kouros designa um tipo de estátua da Grécia Antiga, representando um jovem do sexo masculino. Esta figura apresenta-se sempre em pé e desnuda, com cabelos longos frisados, e trazendo no rosto sereno o sorriso típico da escultura do Período Arcaico da arte grega” (https://pt.wikipedia.org/wiki/Kouros).  Sua versão feminina é denominada Kore ou koré.

9 Comentários

  1. Parabéns a toda equipe! Penso que foi uma experiência incrível para os participantes que conseguiram se transportar para o passado para construir um presente inovado, munidos da história,da vivência dos antepassados.Só conhecendo o passado, aquilo que já foi vivido por outros, será possível construir um futuro mais digno para todos.

  2. Que experiência sensacional!! Um povo sem história não tem futuro! Parabéns pela iniciativa, pelo projeto e pelos frutos colhidos, sejam eles em material de estudo ou em experiências de crescimento pessoal!

  3. Parabéns a todos os envolvidos! Como fico feliz em ver esses projetos existindo. Imagino a grande experiência e oportunidade pra todos! Aplausos e mais aplausos!

  4. Uma experiência para a vida toda, misturada com todas as vidas ancestrais, que cruzaram aquele território! E o mundo vai descobrindo em cada torrão removido, em cada peça encontrada a sua verdeira face.

  5. Que incrível!! Parabéns a todos que participaram desse projeto! Que oportunidade!
    A história é mesmo fascinante, deu vontade de me inscrever para a próxima edição... será que aceitam biólogos?
    Parabéns!!

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