Iniciando os trabalhos: sobre a leitura

um copo de café, com post-its ao redor dele, escrito "todo dia tem a hora da sessão coruja"
[só lembrando que aqui temos ávidos consumidores dos combustíveis básicos da escrita e leitura: a cafeína!!! Sempre boa para madrugadas intensas!]
[só lembrando que aqui temos ávidos consumidores dos combustíveis básicos da escrita e leitura: a cafeína!!! Sempre boa para madrugadas intensas!]

Neste post de abertura o blog PEmCie, ficamos pensativos sobre o quê escrever e quais os motivos de escrevermos em um mundo em que todos parecem tão pouco afeitos à leitura, à quantidade de informações no mundo e aos usos destas informações!

Pois bem, em um coletivo que é repleto de professores, qual o motivo que nos leva ao hábito da escrita e da leitura? Para além dos ideais de divulgar pesquisas a fim de atingir um público maior de pessoas – o que consideramos parte de nossa tarefa enquanto pesquisadores de uma universidade pública – há, também, algo que é fundamental: o encantamento com nossas áreas de atuação e o fato de compreendermos como relevante que a ciência (em todos seus campos e áreas) sejam acessíveis! Dessa forma, este é nosso principal intuito com este blog.

E, neste sentido, iniciamos as postagens a partir da noção de que ler, mesmo com a diversidade de formas de se obter informações nos dias atuais, ainda é uma tecnologia de suma importância para nosso aprendizado cotidiano…

Mas o que entendemos por “LER”?

É aqui que começa nossa jornada:

Segundo o dicionário Houaiss, a palavra “ler” tem diferentes significados. Podemos citar, por exemplo, alguns deles: conhecer, através de exame mais ou menos extenso (o conteúdo de um texto); dedicar-se, entregar-se à leitura como hábito ou paixão; compreender, interpretar.

Interessante, não? A leitura é vista, nos dias de hoje, como algo monótono, chato e desinteressante.

No entanto, ao olharmos as palavras a ela atribuídas somos levados a pensar não somente nas letras justapostas, mas ao conhecimento e, melhor ainda, à paixãoPaixão por conhecer, compreender, talvez… Ter como hábito a vontade de saber.

Assim, pensando nessa perspectiva, o monótono, quem sabe, pode ser ficar no mundo, sem essa nova aventura que é a paixão que o conhecimento nos proporciona, os lugares que a compreensão nos leva! Desinteressante passa a ser o hábito de entrevar-se, ao contrário de entregar-se à paixão pelo saber…

Todavia, ao tomarmos o ato de ler como interpretação torna-se importante, também, ressaltar seu caráter individual – a nossa leitura do mundo, a visão das coisas que nos cercam, o nosso conhecimento construído a partir dos livros que lemos, as nossas memórias formadas com as palavras dos textos. Aliás, talvez, o mais importante de tudo: os passeios possibilitados pelo conhecimento!

Quem sabe um dia, possamos desenvolver o que Mário Quintana nomeou como A arte de ler, ao descrever o leitor que mais o fascinava. Nas palavras do poeta (um dos meus prediletos):

O leitor que mais admiro é aquele que não chegou até a presente linha. Nesse momento já interrompeu a leitura e está continuando a viagem por conta própria.

E vocês, não gostariam de arriscar?

 

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  1. Ensinar a ler: um olhar para si mesmo - PEmCie

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