Pílulas de Economia: Cédula (Pílula – 1)

Obra: Dame en dienstbode”, 1666-1667, do artista Johannes Vermeer. Com alterações.

Colaboradores envolvidos: Fernanda Fernandes (coordenação), Equipe EPMAC (colaboração técnica), Profa. Dra. Patrícia Andrade (colaboração em conteúdo).

No dia de setembro de 2020, entrou em circulação a cédula de 200 reais, que traz como estampa o lobo-guará. A previsão era de que até o final daquele ano seriam produzidas 450 milhões de notas do novo valor. Como, na época, a novidade gerou algumas dúvidas sobre a cédula e suas implicações na economia, esse será o assunto desta pílula.

A cédula, utilizada nos pagamentos em moeda, tem um importante impacto nas economias. As análises sobre os efeitos no desempenho econômico e na estabilidade de preços são realizadas há séculos e por diferentes autores(as), porém não há consenso. Para alguns economistas, a ala mais “tradicional”, a moeda é somente um meio para facilitar as trocas e a sua emissão geraria apenas um volume maior da sua circulação, com perda de valor, inflação e nenhum efeito sobre a renda. Outros economistas, os “não tradicionais”, acreditam que a emissão e maior circulação da moeda em momentos difíceis da economia podem reativar as atividades econômicas e a disponibilidade de empregos, ou seja, para eles a moeda poderia interferir no nível de renda. Apesar da falta de consenso teórico, os efeitos de uma nova emissão dependerão das condições dos indicadores socioeconômicos do país e de como o BC controlará essas variáveis.

Para saber mais:
O Banco Central realizou uma pesquisa sobre a relação do brasileiro com o dinheiro. O material pode ser consultado em:

https://www.bcb.gov.br/content/cedulasemoedas/pesquisabrasileirodinheiro/Apresentacao_brasileiro_relacao_dinheiro_2018.pdf

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