MICRO-OLIMPÍADAS 2012: mergulho e olimpíadas de inverno

Chegamos ao fim das nossas postagens sobre as olimpíadas microbianas… Uma nota rápida para podermos falar quem levou o ouro para casa nas duas últimas provas.

MERGULHO
Nesta prova os competidores ganhavam pontos pela profundidade e beleza do mergulho. A bactéria que pendurou (oi?) a medalha de ouro foi a fluorescente Photobacterium phosphorium. Depois de treinarem muito para conseguir falar o nome da vencedora, os juízes explicaram os motivos da escolha: além de emitir brilho próprio, o que leva a um belíssimo espetáculo no fundo do oceano, o microrganismo ainda deixa iluminado seu hospedeiro, um peixe de águas profundas… Muito profundas! Aplausos para o vencedor!

OLIMPÍADAS DE INVERNO
Para nós que vivemos em um país tropical, as provas de inverno soam bastante curiosas. Nessa competição os microrganimos foram testados ao máximo – ou melhor, ao mínimo. Sim, queridos leitores, aqui o vencedor é aquela bactéria que conseguir demonstrar que merece, de verdade, o título de psicrófila. Os competidores vieram de pontos bem gelados, do gelo antártico e dos permafrosts siberianos. Após uma competição muito apertada, quem foi pra casa com uma medalha de ouro, digo, com três medalhas de ouro, foi a Colwellia psychrerythraea linhagem 34H. Por que ela venceu? Consegue se multiplicar a -12ºC, se mover a -10ºC e manter suas enzimas ativas a -20ºC. Tá bom ou quer menos?

PALAVRAS FINAIS
As olimpíadas de 2012 se despedem, mas deixam um gostinho de quero mais. Não podemos esquecer que em quatro anos as provas serão sediadas aqui em Brasil! Novos competidores? Novas provas? Vamos, gente, comecem a treinar seus microrganismo para não fazermos feio nas próximas olimpíadas!
.
.
ResearchBlogging.org Merry Youle, Forest Rohwer, Apollo Stacy, Marvin Whiteley, Bradley C. Steel, Nicolas J. Delalez, Ashley L. Nord, Richard M. Berry, Judith P. Armitage, Sophien Kamoun, Saskia Hogenhout, Stephen P. Diggle, James Gurney, Eric J. G. Pollitt, Antje Boetius, & S. Craig Cary (2012). The Microbial Olympics Nature Reviews Microbiology, 10, 583-588

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *