O animal que recebe um nome e é tratado com “um toque mais pessoal” pode aumentar a produção em até 285 litros por ano.
“Nossos dados sugerem que, no total, os fazendeiros que produzem leite no Reino Unido consideram suas vacas seres inteligentes, capazes de viverem uma gama de emoções.” “Dar mais importância a conhecer os animais individualmente e chamá-los pelo nome pode, sem custo adicional ao fazendeiro, levar a um aumento significativo na produção de leite”, afirmou Douglas.
Ok, os fazendeiros amam suas vaquinhas que são seu ganha-pão, e realmente não deixam de ter personalidade, óbvio.
Mas o estudo só perguntou se o fazendeiro dá ou não nome às suas vacas? Não analisou mais nada?
Imagino que o fato de dar nomes tenha relação com o maior conhecimento do rebanho por seu dono, não?
Me parece a velha confusão de correlação versus causa-efeito. Vacas com nomes correlacionam com maior produtividade, mas não quer dizer que o nome é que causa a maior produtividade. Neste caso, me parece mais lógico que a causa da maior produtividade seja a intimidade do fazendeiro com o gado, o que acaba trazendo uma relação de convívio em que os fazendeiros acabam batizando suas colegas de trabalho.
Não é o fato de simplesmente ter um nome, ou um tratamento com um toque pessoal, que aumenta a produção de uma vaca, como muitos interpretaram da reportagem. Mas sim a maior intimidade do dono com as condições do gado, sua saúde, higiene e bem-estar. Estar em contato com o gado e perceber rapidamente uma doença, por exemplo, aumentará a produção deste fazendeiro.
Provavelmente os proprietários que não dão nomes aos bois não tenham um contato direto e por isso fiquem menos atentos às condições gerais de saúde dos animais não-humanos em questão.
Parece que esta pesquisa só reforça o que já dizia minha vó: é o olho do dono que engorda o boi.