O doutorado de Einstein

albert einstein diploma doutorado.jpgNotícia da EFE pela Folha de S. Paulo:

GENEBRA – O diploma de doutorado do físico e humanista alemão Albert Einstein foi adquirido por mais de 300 mil francos suíços (198 mil euros, ou mais de R$ 500 mil) em um leilão na cidade suíça de Lucerna.

Pois é, gênios não nascem sabendo tudo. Eles têm que aprender muita coisa. Até Einstein teve que fazer doutorado! Pelo Departamento de Matemática e Ciências Naturais pela Universidade de Zurique.
O interessante é que ele é tão pop, todos se sentem tão íntimos, que ninguém o chama de DOUTOR Einstein.
Mas ele realmente está em outro nível…

Homeopatia não tem base científica

Goldfish_Medicine_by_EJA_Brussee.jpgSeguem aqui uma compilação de links para textos fantásticos sobre homeopatia e a polêmica que a envolve. Afinal não há provas científicas até hoje de cura por homeopatia. Ela funciona sim, mas tanto quanto um comprimido de farinha, o famoso efeito placebo.
Mas este efeito e mesmo o simples fato de não fazer mal, foi o suficiente para se estabilizar como terapia. Afinal, na época em que foi criada, os outros tratamentos médicos disponíveis eram sangria, sangue-sugas ou lavagens intestinais. Que provavelmente faziam mais mal que bem.
Fato é que não há explicação nem mesmo teórica para justificar a homeopatia. Quando a ciência descobriu a constante de Avogadro e que as diluições extremas não continham nem uma molécula do princípio ativo, defensores da homeopatia inventaram a memória da água. Quando a ciência descobriu o movimento browniano das moléculas, inventaram a memória quântica da água. E assim vai-se empurrando com a barriga.
Em defesa da homeopatia só posso dizer uma coisa: as consultas. Quem vai ao homeopata não vai pelo remédio, mas também pela conversa e pela atenção dispensada pelo homeopata na consulta.
Isso não justifica criar uma área de tratamento ilusória. Isto só deveria nos dar base para melhorar o atendimento da medicina convencional, com mais atenção ao paciente e de forma mais abrangente com relação aos seus problemas, inclusive psicológicos.
Dito isto, seguem abaixo links quem aprofundam muito mais o tema. Sua leitura é OBRIGATÓRIA!
O Físico e a Pororoca por José Colucci Jr., Ph.D. – Aqui está toda a história da homeopatia

Seis falácias Técnicas da Homeopatia
por Paulo Bandarra e Renato Zamora
Manual do homeopata mirim
por José Colucci Jr., de Boston (*)

Na matéria “O que é a homeopatia”, publicada na seção Ciência do caderno Estadinho (O Estado de S.Paulo, 24/11/01), você aprendeu como a homeopatia funciona e como são feitos os remédios homeopáticos. Com este artigo aqui no Observatorinho você irá, brincando, ampliar os conhecimentos adquiridos naquela leitura. Vamos brincar de homeopata. A diferença é que, ao contrário do Estadinho, eu acho que você já pode exercitar o pensamento crítico. Pensar é coisa que se aprende em criança, como se aprende a nadar e andar de bicicleta. Vamos à brincadeira.

Jornal vs. Internet. Dicas evolutivas para o embate

homem das cavernas betocampos.jpgEsta semana o programa MTV Debate (segunda vez que ele aparece aqui no RNAm) discutiu o futuro incerto da mídia impressa, frente ao mundo digital da internet e seus gadgets, como e-books, i-phones etc. A pergunta era: o jornal e os livros de papel acabam ou não acabam?

E o engraçado foi perceber que a discussão das novas mídias se adequando aos novos tempos nos remete a natureza de nossa própria espécie e a leis que regem o mundo natural. Vamos tentar traçar este paralelo então.

Até agora fomos desenvolvendo de forma bem calma, e se pode pensar até em certa estabilidade. Foi assim no jornalismo desde a década de 20 até recentemente e foi assim por pelo menos 100 mil anos na nossa história como espécie de caçadores coletores nas savanas africanas.

O que mudou? Como reagir?

Tudo estava muito bom até que os tempos mudaram. No jornalismo surgiu a interatividade e a geração de conteúdo pelos não-profissionais do jornal. A interatividade por telefone depois pela internet, os blogs e o twitter. Já na nossa espécie tudo começou talvez pela agricultura, pecuária, formação de cidades e tudo que isto acarreta. Mudanças que nos deram um chute no traseiro e nos fazem andar cada vez mais rápido.

Como nos adaptar a isso? Como preparar os futuros jornalistas para um mundo em rápida mudança? Do mesmo jeito que os organismos têm que estar preparados para ambientes em constante mutação.

Escolha evolutiva jornalismo.jpg

Nos espelhando na evolução do mundo natural podemos achar a resposta. E a resposta é: não há como nos adaptar! Exatamente isto. É impossível nos adaptar a ambientes que mudam. Sempre nos adaptamos ao passado, seja o passado ontem ou milhões de anos atrás.
A sociedade, incluindo aqui o jornalismo, está adaptada ao passado. Sim, porque sofreu as pressões do passado. Suas características refletem o que lhes aconteceu e não ao que está para acontecer. Nossos professores nos ensinam o mundo deles, que já passou.

E dizer que qualquer organismo está adaptado ao seu ambiente é muito arriscado. Ele está sempre contando com a sorte de aproveitar suas adaptações ao passado e fazer que elas funcionem no presente.
E no futuro? Bom, sem bola de cristal fica difícil se adaptar a algo que não aconteceu ainda.

Dica da evolução para a melhor estratégia

Mas a observação do mundo natural pode sim nos dar uma dica preciosa que ajude a lidar com essa confusão do dia-a-dia. E a lição é esta: em momentos de mudanças drásticas, sempre os generalistas se dão melhor.

Organismos hiper-especializados são os primeiros a se extinguirem. Isto explica porque neste momento os jornalistas mais polivalentes estão se destacando. Foi-se o tempo que ter uma coluna semanal na Folha de S. Paulo sobre política externa francesa garantia seu futuro.

Os jornalistas agora têm que ser multi-plataforma, com disse na MTV o professor Cláudio Tognolli. Saber escrever artigos, notas, blogs, twitter, editar imagens e sons. Afinal nunca se sabe qual destas mídias prevalecerá. Claro que se algum entusiasta se hiper-especializar no Twitter, achando que este será o futuro do jornalismo, duas coisas podem acontecer com ele: acertar em cheio e ficar com os louros da vitória, ou aparecer algo melhor que o Twitter e ele ter que vender cachorro-quente na esquina.

Então façamos nossas apostas! E que vença o mais sortudo. Afinal quem apostaria que aqueles bichinhos peludos que andavam por entre os pés dos dinossauros um dia dominariam a Terra?!

Todos confiam nos cientistas

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Os cientistas que erram, ou agem de má fé mesmo, podem até trazer uma vantagem. Isto nas palavras de Steven Wiley em artigo para a revista New Scientist. Lá ele fala que estes erros não chegam a afetar a credibilidade dos pesquisadores perante o público, e só reforçariam a idéia de que o senso de moralidade também está presente nos cientistas.
Realmente parece que o ser com mais crédito na praça é o pesquisador. Wiley cita uma pesquisa americana de 2001 onde 90% das pessoas perguntadas acham que os cientistas são pessoas dedicadas, trabalhando para o bem da humanidade. Lembro também de uma pesquisa feita no Brasil (pena não lembrar a fonte), em que a classe em que as pessoas mais acreditam é a de pesquisador com pós-graduação.

Nota Mental: Interessante o resultado dessa pesquisa americana, afinal mais de 50% dos mesmos americanos não acreditam na evolução do homem segundo a teoria de Darwin, a qual é praticamente consenso entre os tão confiados cientistas.

Êxito ou má conduta
A ciência aparece na mídia de duas formas principais: por êxitos ou má conduta. O êxito é um produto do trabalho, e a má conduta diz respeito a personalidade do pesquisador. Perceba que as duas coisas não estão na mesma classe de qualidades.
Quando se noticía um êxito, quase nada se fala das qualidades ou defeitos do pesquisador. Só interessa o resultado. Somente em casos de má conduta se põem em xeque as qualidades pessoais do pesquisador.
Um bom resultado, além claro de trabalho duro, exige muito de sorte. Já a personalidade reflete um conjunto complexo de escolhas ou características intrínsecas da pessoa. Quem deve ter mais mérito, um pesquisador voraz, agressivo e sortudo com bons resultados ou um pesquisador com menor relevância científica mas ponderado e responsável?
Este último seria à prova de fraudes, mas a falta de agressividade competitiva faria a ciência andar mais devagar.
Fato é que as duas estratégias funcionam a seu modo, afinal as duas permanecem na academia. Pela pouca experiência que tenho, realmente podemos dividir, grosso modo, a personalidade dos grandes pesquisadores nessas duas categorias, o agressivo e o ponderado.
Há ainda os pesquisadore irrelevantes que abundam em países como o Brasil, onde passando num concurso universitário pode-se ser um “pesquisador” sem ter que pesquisar. Mas isto é outro caso.
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A população, principalmente os jovens que se interessam pela a área de pesquisa, precisam de mais bons exemplos dentro da área. Bons pesquisadores que não sejam excêntricos ao extremo, que saiam de vez em quando pra tomar uma cervejinha com os amigos, fale de futebol e dos últimos hits do youtube.
Aliás, fatos como a paixão avassaladora de todos por Susan Boyle só mostram que precisamos sempre de heróis do dia-a-dia.

Atualizando o Twitter com o “movimento” dos neurônios.

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Ache o erro na frase da matéria da Folha:
Segundo o jornal “The Daily Telegraph”, o sistema trabalha por monitoramento eletroencefalográfico (ou EEG), que consiste na atividade elétrica perceptível no couro cabeludo, realizada pelos movimentos dos neurônios dentro do cérebro.

Movimento?! Dos neurônios?! Taí uma coisa que eu nunca vi.

Poxa, acho que vou mudar o foco deste blog e me dedicar SÓ ao “observatório da imprensa científica”. É muito material…

Revista Veja quebra o côco científico mas não arrebenta a sapucaia

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Essa doeu na gente! Esta capa é velha mas representa a dor que sentimos.

Confesso que tenho uma certa tendência de ver um assunto sempre pelo outro lado e tentar defendê-lo, o famoso “advogado do diabo”. Mas acho que este tipo de atitude é saudável para qualquer discussão se usado com moderação.

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A bola da vez é a revista Veja e suas escorregadas científicas desta semana. Uma das críticas é a de plágio sem citar a fonte da reportagem de capa “Genética não é espelho”. Clique aqui para entender.

Outra crítica, com relação à reportagem na sequência da já referida, traz um erro muito crasso, um gráfico mostrando pontes de hidrogênio, que só têm função estrutural, como genes. E o pior não é isso, mas sim a carta de resposta a uma crítica enviada à revista:

“Por não ser uma revista científica, VEJA pode sim representar os genes como bolinhas. Cometeríamos erro se tivéssemos trocado os genes pelo DNA ou coisas do gênero.(…)” Veja a história e a figura no Brontossauros em Meu Jardim.

Plágio e erro gráfico/conceitual sem retratação não têm desculpa, concordo plenamente. Mas afirmar que a reportagem toda é um lixo acho que já é um exagero.

Alguns pontos positivos:
-A reportagem de capa, fala de epigenética e da ação do ambiente sobre os genes e características (fenótipos) das pessoas. É uma idéia difícil de se ver na imprensa, que está cheia de determinismo genético com seus “gene da violência”, “gene do câncer de mama”, gene disso, gene daquilo. Esta é uma das poucas reportagens que eu vejo que abordam a importância do ambiente diretamente sobre a expressão dos genes.

-Trouxe um glossário para explicar o que é genoma, DNA, RNA, micro-RNA e epigenética.

-Explicou também como funcionam os estudos com gêmeos, importantíssimos quando se quer ver os pesos da genética e do ambiente.

-Falou até da importância e do mistério que é o desenvolvimento de um organismo, desde o zigoto até o nascimento, que é realmente uma das fronteiras mais importantes de nosso conhecimento.

Como disse, estou sendo advogado do diabo. Não simpatizo com a Veja em muitos aspectos, principalmente nos científicos. Fica aqui o contra-ponto e a sugestão de passar as matérias científicas por um consultor científico. Aposto que custará menos que estas manchas na reputação da revista.

ScienceBlogs finalmente aparecendo na mídia!

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Agora parece que a coisa vai.
Muito tempo se passou desde a liberação do press-release do ScienceBlogs Brasil, mas só agora que os grandes veículos de comunicação tomaram conhecimento de nossa pequena ilha científica no mar de informação internética.
Saímos no site do Ciência Hoje e no caderno de informática da Folha (página F2 do dia 01/04). E não é mentira!!!

Analisando a Polêmica “Palhaçada Científica” de Ruth


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Um pequeno tufão varreu a blogosfera científica nacional. Ele foi gerado pelo texto da jornalista Ruth de Aquino, diretora da revista Época. Neste texto, Aquino diz que “Ler sobre pesquisas científicas de universidades respeitadas é uma receita certa para dar risada”, e cita algumas pesquisas que, por exemplo, constatam que crianças canhotas vão pior na escola, corpos femininos sem rosto vistos por homens são processados por eles nas áreas destinadas a objetos. Enfim, a crítica dela é que as pesquisas “descobriram” o óbvio.

Vários colegas de divulgação científica reagiram (links abaixo). Como não tenho o que acrescentar ao que já foi dito, preferi analisar a discussão em si.

Que mecanismos os cientistas e divulgadores têm para reagir nestes casos de discordância com a mídia? Neste caso, comentários na própria página da matéria são permitidos. Tentei resumir e classificar como foram conduzidas as discussões.

O que foi comentado
Muitos comentários mostrando na maioria indignação; pedidos de retratação; explicação de conceitos tidos como errôneos na reportagem; comentários apelativos de cunho pessoal; algumas críticas estendidas a outras matérias da revista Época.

Casos interessantes: um comentário conclama blogueiros para uma ação conjunta para “puxar a ficha” da autora, analisar a relevância da revista e do jornalismo em geral; um senhor se diz cientista e mostra apoio a crítica da autora da pesquisa do “óbvio”; uma resposta em favor do texto veio de um socialista crente (adjetivos meio paradoxais, não?).

A falta de experiência em escrever sobre ciência para não-cientistas gerou problemas clássicos, como por exemplo, o leitor invalidar a pesquisa dos canhotos irem mal na escola simplesmente por conhecerem um canhoto inteligente. Fato que não invalidaria um estudo com um número grande de sujeitos e com análise estatística robusta.

Leitor vulnerável
Não é raro ver deslizes de jornalistas não especializados em ciência quando têm que escrever sobre este tema. Mas até que ponto uma informação errada ou opinião distorcida pode afetar o cidadão-leitor comum?

Os comentários de concordância se acumulam mais próximos da data de publicação, mostrando que o leitor não-cientista, que provavelmente lê de rotina a revista, está muito vulnerável aos erros cometidos por ela. Dois dias depois da publicação só há críticas nos comentários, gerados por pessoas que provavelmente não lêem a revista mas se interessaram pelo texto.

Silêncio que incomoda
Nenhuma resposta, retratação ou comentário foi feito pela própria repórter ou pela revista. Fato comum para quem costuma criticar artigos nessa mídia “pseudo-interativa” que são os sites de notícias. Isso mostra uma inserção apenas parcial do jornalismo na internet. Afinal, a interação entre autor e leitor é plenamente possível, mas esta possibilidade está sendo desperdiçada, possivelmente fazendo com que leitores se frustrem e, no caso dos cientistas, realmente ignorem este tipo de mídia.

Este silêncio é provavelmente o causador, ou um catalisador, do sentimento de descaso e impunidade sentido por muitos divulgadores de ciência, leitores e cientistas neste debate.

(Por isso, continue lendo seus blogs científicos de confiança.)

Crítica aos críticos de Ruth

Minha crítica aos críticos de Ruth é no tom da discussão, muitas vezes excessivamente exaltado e passional. Parece mostrar um pouco de ingenuidade pelo espanto com a situação da divulgação de ciência no Brasil, que é sabidamente muito problemática, e é com este tipo de acontecimento que um divulgador de ciencia mais vai se deparar. (veja aqui uma outra crítica.)

Não sei até que ponto o artigo de Ruth de Aquino, por ser uma opinião, deveria ser respeitado por isso. Mas ao lidar com ciência, opinar de forma temerária e ingênua como foi feito, ainda mais numa área em que o cidadão-leitor é tão vulnerável, foi irresponsável, sem dúvida.

Pergunta:
É papel das sociedades científicas, como a Sociedade Brasileira para o
Progresso da Ciência (SBPC), opinar sobre ou até fiscalizar este tipo
de artigo?

P.S.:
Por falta de tempo não comentarei os artigos de blogs gerados pelo tema, mas citarei os mais relevantes. Sugiro fortemente a leitura:

“Mas isso eu já sabia!” – 100Nexos (Este é HiperRecomendado!!!)

Em prol dos cientístas, idiotas e dos “ridículos” – Ciência Brasil

Conselho de Darwin para Ruth – Ecce Medicus

É muito fácil ser um jornalista frívolo – Geófagos

Nunca é tarde para uma autocrítica – n-Dimensional

Candidato a santo– Boca do Inferno

Ciência e o óbvio – Rainha Vermelha

Ciência é besteira? – Discutindo Ecologia

Pesquisas científicas me fazem rir! – Rastro de Carbono

Cara Ruth de Aquino, – Brontossauros

Ruth de Aquino já é a segunda colocada em comentários na Revista Época – SemCiência

(copiei sua lista, 42. Me processe!)

LANÇAMENTO DO SCIENCEBLOGS BRAZIL – E eu estou nessa!!!

Agora foi. O ScienceBlogs Brasil está oficialmente no ar. O antigo agregador de blogs científicos “Lablogatórios” fez o seu trabalho, e nos permitiu este salto de qualidade e reconhecimento internacional.
Vejamos se nossa visibilidade nacional aumenta também.
Segue aqui o press-release do lançamento:
SCIENCEBLOGS ANUNCIA O LANÇAMENTO DO SCIENCEBLOGS BRAZIL
NOVA IORQUE e SÃO PAULO (17 de março de 2009) – ScienceBlogs.com, a maior comunidade de Ciência da rede, anuncia hoje o lançamento de seu mais novo site internacional, ScienceBlogs Brasil (scienceblogs.com.br).
ScienceBlogs Brasil traz as vozes mais originais e influentes na comunidade científica brasileira,algumas das quais já foram premiadas pelos seus blogs. Editada em São Paulo por Carlos Hotta e Atila Iamarino, o ScienceBlogs Brazil é lançado hoje com 23 blogs escritos em português em tópicos que vão da genética ao meio ambiente. “Nós precisamos de pessoas comprometidas com o aumento da consciência científica no Brasil,” disse Carlos Hotta, “e estou certo que o ScienceBlogs Brasil vai transformar nossas vozes locais em vozes globais.”
O Brasil está surgindo como uma peça fundamental na cultura científica mundial com a sua crescente comunidade científica e ênfase na Ciência e Tecnologia como parte essencial no seu multibilionário plano de ação plurianual para a aceleração do crescimento. O país é o quinto mais populoso no mundo e tem mais de 67 milhões de usuários na internet.
“Estamos entusiasmados com o crescimento do ScienceBlogs pelo mundo e pelo rico diálogo que ele está gerando”, disse Fabien Savenay, Vice-Presidente Senior do Seed Media Group, a empresa matriz do ScienceBlogs. “Estamos excitados por trazer este diálogo para a América do Sul.”
Sobre ScienceBlogs
ScienceBlogs (scienceblogs.com), parte do Seed Media Group (seedmediagroup.com), é a maior comunidade de Ciência da web e publica mais de 130 blogs ao redor do mundo, incluindo todas as áreas da Ciência e todas as intersecções com a Ciência e a sociedade.

O cometa e a astrologia da crise.

Cometa Lulin

Vou tentar imaginar o clima na redação da Folha de S. Paulo nessa semana:
Quinta feira, 18 de fevereiro: O ar já está mais leve pela proximidade do carnaval mas ainda há trabalho a fazer. Então aqui vai a notícia do cometa Lulin que passará pela Terra na segunda-feira.

Cometa se aproxima e será visível da Terra na próxima semana
Sexta-feria, 20 de fevereiro: Véspera de carnaval, aquela espectativa pelo feriado, ou uma falta total de notícias mais pertinentes invade a redação.
Deu no que deu:
Passagem de cometa na segunda influencia até a crise, dizem astrólogos
Ressalto aqui alguns “fatos” explicados pelos astrólogos associados a Folha:

“Se ele (cometa) está perto de Saturno no momento, vai afetar a oposição planetária Saturno-Urano que estamos vivendo e que é responsável pela atual crise financeira mundial.” (Marisilda Magagna)

Os bancos americanos escaparam de mais essa responsabilidade. Esses nasceram virados pra lua mesmo.

“Se adicionalmente já existirem outros sinais astrológicos (e não necessariamente astronômicos, veja bem!) então essa tendência pode ser mais ou menos reforçada.”(Barbara Abramo, horoscopista da Folha de S.Paulo, Folha Online e UOL)

Ainda bem que esta ressaltou a diferença, que é IMENSA, entre astrologia e a ciência astronômica

“A conjunção com Saturno no signo de virgem mostra uma influência muito ruim para os empregos dentro dum quadro de recessão e pessimismo, e creio que isso está muito claro mesmo sem o cometa.”(Antonio Facciollo Neto)

E eu acho que está claro até se tirar Saturno da jogada!

“Esse quadro já foi previsto por nós desde o início de 2007, nas reuniões técnicas da ABA, que mostravam essa crise até 2011 e com desdobramentos até 2014.”

Opa, então com esses e outros dados de previsões podemos ver o quanto que elas acontecem e provar se astrologia funciona ou não! Porque ninguém fez isso ainda?! Mande os dados por favor.