Um vídeo legal, outro nem tanto…

Sensacional esse vídeo!

Ok, que o tema não é dos mais legais, mas a abordagem é muito boa.

Acesse: quaseumdodo.com.brdodo

Essa reportagem do Jornal Nacional é realmente triste. E achei mais triste ainda a fala final da Renata Vasconcellos: “O governo do Amapá anunciou que um grupo vai estudar as causas do fim do fenômeno”. Mas só agora? Duvido que o fenômeno parou de acontecer de repente.

pororca
https://flic.kr/p/QwKKB (CC BY-NC-ND 2.0)

Código Florestal, animais abandonados…

#CodigoFlorestal3Anos

Semana passada fui num evento da ONG Iniciativa Verde sobre os 3 anos do Código Florestal. E pra variar é só desgosto que me acompanha. Se cumprir o antigo código florestal era difícil pois era muito restritivo esse novo não está sendo das tarefas mais fáceis, mesmo depois de 3 anos. Quando o Brasil vai conseguir cumprir as leis que inventa? Perguntei no twitter e continuo com a dúvida, de que adianta ter o “código florestal mais abrangente do mundo” (palavras de um dos participantes do evento) se a gente não consegue fazê-lo funcionar? Fizemos um novo código florestal para continuar tudo igual? Parece que sim…

Outra coisa do evento… A representante da Secretaria de Meio Ambiente do Estado de SP falou do Programa Nascentes, fiquei até otimista, mas quando perguntei dos dados e resultados do programa, descobri que ele começou a ser implantado em abril desse ano e o decreto que deu origem a ele é do fim de fevereiro, ou seja, não há dados a apresentar, no máximo metas. Esse programa é a extensão de um outro programa chamado Programa Mata Ciliar que existe (pelo menos em decreto) desde de junho de 2014. Ou seja, a ideia que fica é que o governo do Estado só começou a se preocupar em preservar, recuperar e cuidar de matas ciliares e bacias formadoras de mananciais depois da crise iniciada ano passado. Nem preciso comentar, né?

E pra terminar ainda tivemos que ouvir que os produtores rurais precisam da ajuda de 200 bilhões de reais para poder cumprir o código florestal. Não sei exatamente de quem foi essa fala, se d@ representante da Associação Brasileira do Agronegócio ou se da Sociedade Rural Brasileira, mas isso soa pra mim quase como chantagem… É assim que os ruralistas veem o meio ambiente.

Animais abandonados

Outro dia na página do Facebook da Secretaria do Verde e Meio Ambiente da cidade de São Paulo descubro que abandonaram um filhote de Tamanduá no Parque do Ibirapuera! Bom, se a humanidade é capaz de abandonar seus próprios animais de estimação, abandonar um animal selvagem num parque no meio da maior cidade da américa latina faz parte, né? A humanidade não para nunca de me surpreender…

tamanduá

Coisas sobre a água

A gente só tem que falar de água no Dia Internacional da Água? Obviamente que não e por isso resolvi fazer esse post no dia seguinte, depois de acompanhar várias coisas interessantes na TV Cultura, que teve programação especial por conta do dia, resolvi compartilhar aqui alguns vídeos bem legais sobre o assunto. Alguns em inglês, infelizmente, até tentei achar legendados, mas não encontrei.

https://flic.kr/p/pL7GK (CC BY-NC 2.0)
https://flic.kr/p/pL7GK (CC BY-NC 2.0)

Sobre a invenção que mais salva vidas no mundo (com a narração do Matt Damon):

[youtube_sc url=”https://www.youtube.com/embed/z_Sc2_HFv88″]

Sobre a falta d´água no meu canal do youtube preferido e do “Scibling” Átila, do Rainha Vermelha (esse em português):

[youtube_sc url=”https://www.youtube.com/embed/RsUD8CTDdAw”]

Um vídeo da minha ONG internacional preferida, Charity Water, video de 2011, mas que continua super atual (infelizmente). Já falei dessa ONG em outro post sobre água aqui no blog.

[youtube_sc url=”https://www.youtube.com/embed/BCHhwxvQqxg”]

Esse vídeo me fez lembrar de um encontro ano passado que participei pelo #VivaPositivamente que falava sobre a importância da hidratação. Esse tem legendas em Português de Portugal.

[youtube_sc url=”https://www.youtube.com/embed/zCheAcpFkL8″]

A crise da água ou as consequências dela.

Então, de verdade, eu não sei o que escrever específicamente sobre a atual crise da água que o sudeste está passando. Tenho lido um monte de coisas, acompanhado vários movimentos e qualquer coisa que eu escreva me parecerá mais do mesmo e não precisamos disso (eu acho).

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Foto: https://flic.kr/p/7kVnCH (CC BY-NC 2.0)

 

O que me assola é ver algumas soluções que as pessoas estão buscando para a crise. Hoje fui numa confeitaria que eu gosto muito e um dos motivos que gosto dessa confeitaria é que eles não usam talheres de plástico (o pratinho infelizmente é de plástico, descartável :/), eis que peço um pedaço de bolo, um capuccino e tudo me aparece na mesa com talheres de plástico! Na hora de pagar reclamei e obviamente ouvi a desculpa que era para economizar água… Acrescentei que não adianta economizar água e gerar mais lixo, a pessoa que ouviu concordou, mas não soube dizer mais nada. Ouvi também de uma amiga que uma hamburgueria adotou a mesma estratégia, usar talheres de plástico para economizar água. Para tudo! Estamos tentando resolver um problema (a falta de água) gerando outro problema (aumento da quantidade de lixo), será que é muito difícil de perceber?

Pensar em como lavar louça gastando menos água ninguém faz, né? E sabe qual o meu maior medo nessa história de usar descartável? Virar a regra. Com o “conforto” de não ter que lavar mais a louça, mesmo que a situação da água se normalize os restaurantes vão continuar usando descartáveis porque é “mais prático”. Ai, os otimistas de plantão vão me dizer: “Mas Claudia, os descartáveis podem ser reciclados.” Ok, podem, mas quantos de fato serão? Segundo essa pesquisa apenas 17% dos municípios brasileiros tem coleta seletiva, e só para constar isso não quer dizer que essa coleta seletiva seja regra para 100% do lixo. Você realmente acredita que o que pode ser reciclado é de fato reciclado? Nem preciso comentar, né?

Bom, mas se a falta de água for severa como espero que seja (sim estou sendo pessismita) posso me tranquilizar por que nem restaurante aberto para ir teremos! Só por favor, não use descartáveis em casa.

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Reduza e compense – Santander Brasil* #eucompenso

* Este é um publieditorial.

Se você quiser compensar sua pegada de carbono você sabe como fazer? Sabe quem ou qual órgão procurar para fazer isso? Ou ainda de uma maneira bem caseira, você saberia quantas árvores deve plantar para compensar suas emissões durante o período de um ano? Tenho certeza que a maioria das pessoas não tem essa resposta e para ajudá-lo nessa empreitada o Santander lançou ano passado uma plataforma chamada Reduza e Compense.

Essa plataforma ajuda a calcular as suas emissões de carbono com transporte terrestre e aéreo e as suas emissões na sua residência com resíduos, aquecimento e eletricidade. Depois de calculado quantas toneladas de carbono você emitiu eles calculam o valor disso em R$ para que você possa comprar créditos de carbono e compensar a sua emissão. Esses créditos de carbono são originados de 3 projetos no Brasil: uma cerâmica do Oeste Paulista (Irmãos Fredi) que substituiu a madeira originária do desmatamento do cerrado por bagaço de cana-de-açúcar e serragem como combustível para seus fornos; uma outra cerâmica, essa na Amazônia (Cerâmica Menegalli) que deixou de usar lenha nativa em sua produção e passou a alimentar seus fornos com caroços de açaí e resíduos industriais e por fim um grupo de 3 cerâmicas do interior do Rio de Janeiro (Guaraí, Itabira e Santa Izabel) que substituiu o uso de combustíveis fósseis por resíduos industriais. Você pode escolher de qual projeto você quer comprar seus créditos e ai comprar por eles na própria plataforma. Por exemplo eu compensei todas as minha viagens aéreas de 2014, foram 0,93 toneladas, num total de R$14,88 e escolhi usar os créditos de carbono da cerâmica Irmãos Fredi (escolhi essa pois é aqui no Estado de SP). Segue o certificado que eu recebi depois do pagamento (clique na imagem para ver maior).

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Mas aí você me pergunta: “Claudia, isso não é tão 2010? Pegada de carbono, compensação de emissões, crédito de carbono? Faz tanto tempo que não se fala nisso que achei que isso nem era mais problema…” É car@ colega isso deixou de ser assunto porque o Protocolo de Kioto expirou e ninguém mais tem obrigação de compensar nada, nem tem metas nem nada, como ninguém manda e não tem mais “incentivo” dos governos parece até que o problema de emissões de carbono da humanidade está resolvido, né? Só que não! As emissões continuam aumentando (veja também esse infográfico), o clima continua mudando, mas os países continuam acreditando num milagre. Se você quer fazer a sua parte e não acredita que um milagre vai acontecer nos próximos anos, considerar compensar suas emissões de carbono pode ser uma boa ideia, se o governo ou a ONU não incentivam, você pode incentivar empresas a serem mais eficientes e emitirem menos carbono comprando os créditos de carbono delas.

Para estimular as pessoas a pensarem mais sobre o assunto o Santander resolveu compensar as emissões de carbono de  100 bilhões posts em redes sociais, até dezembro de 2015 (o que vier primeiro), basta usar a hashtag #eucompenso em posts públicos de qualquer rede social que esse post terá sua emissão de carbono compensada! Participe, é só usar a hashtag nas suas publicações!

COP-20 – Peru, Lima

Só hoje me dei conta que tem 2 anos que o protocolo de Kioto expirou e simplesmente não há mais metas para redução de emissões de carbono. Bom, não que essas metas algum dia de fato fizeram muita diferença no mundo (já que o principal emissor não tinha meta nenhuma), mas pelo menos existia um compromisso assinado, né? Agora ninguém tem…

cop20
Abertura da COP-20 Foto: https://www.flickr.com/photos/126063342@N06/15736749298/in/set-72157649549283121

E dezembro chegou e mais uma COP começa, dessa vez aqui na América do Sul, em Lima no Peru. E as poucas notícias que li dizem que desse encontro sai um rascunho de acordo e que provavelmente será assinado no ano quem vem na COP-21 em Paris para então entrar em vigor só em 2020.

Ai você como eu se pergunta: mas por que isso demora tanto? Ensaio de acordo pra ser assinado daqui um ano para entrar em vigor daqui 6 anos? O que essa gente espera que aconteça até lá? Aliás, o que essa gente tá esperando desde 2012 quando o protocolo de Kioto expirou? Um milagre! Literalmente um milagre! Sério gente é isso que eles pensam… Vamos empurrando o problema até que uma tecnologia barata e simples surja, vamos administrando as emissões aqui e ali até que os cientistas encontrem a solução para o problema. Simples assim.

Só eu mesmo na minha santa ingenuidade acreditava que eles queriam salvar o clima do planeta! Olha, eles talvez até queiram, mas não querem gastar nenhum dinheiro com isso (de preferência querem ganhar muito dinheiro com isso) e não querem mudar nada. Mudar matriz energética? Poxa, trabalhão, hein? (leia-se quanto custo!) Diminuir consumo? Pirou? Como ganhar dinheiro sem mais consumo? É aquela velha história: tudo deve mudar para que tudo permaneça como está.

Claudia Chow, tentando entender conferências do clima desde a COP-15.

Experiência Schumacher Brasil

A Experiência Schumacher que vivi é de fato uma experiência, esquece, não é necessariamente um curso, não são necessariamente aulas com super conteúdos, não do jeito que você está acostumado. Quando alguém me pergunta como foi eu não tenho uma resposta rápida, simples ou fácil. Sei dizer com precisão que o exercício de tango (sim, a dança) e complexidade foi sensacional, nunca pensei que pudesse relacionar dança com os mais variados relacionamentos que temos na vida, foi enriquecedor.

Entendi muita coisa da essência do Schumacher College, eles são mais do que uma escola ou um local em que as pessoas vão para aprender conteúdos, percebi que eles são uma comunidade, são um jeito de viver e ver o mundo, é muito mais que um conceito, é um jeito de ser, cheio de tradições e algumas manias, mas bem diferente do jeito dentro da caixa que estamos acostumados a ver por ai… Chega a rolar um viés de que tudo que rola lá é legal, bom e bem feito? Sim, eu senti isso, mas pode ser impressão, também não cheguei a perguntar para ninguém que fez algum curso lá se tinha alguma coisa de ruim, tá aí uma coisa para perguntar pra eles.

O que de fato fizemos lá? Além de tratar de assuntos como Complexidade (aprendendo com ajuda do tango), Economia para transição e Ecologia profunda ajudamos a fazer as refeições sob a batuta de uma chef do movimento Slow Food, Claudia Mattos, conhecemos a experiência da Fazenda da Toca com a biodinâmica, demos uma ajuda nos jardins da escola  mantida pela Fazenda da Toca para os filhos de funcionários.

O único tópico abordado que mais pareceu com aula foi a economia para transição, Mari del Mar e Tomas de Lara fizeram apresentações ótimas e ainda tivemos a participação de um dos professores lá da Inglaterra, o Tim Cabtree, via skype.

Para termos uma noção de ecologia profunda fizemos uma caminhada chamada “Deep Time Walk” que relaciona nossa distância percorrida com a linha do tempo de formação do planeta terra. Nessa parte eu até dei uma ajudinha com meus conhecimentos geológicos. [fora do assunto] depois dessa “aula” descobri esse aplicativo sensacional que mostra bem como foi a evolução da terra e a formação dos continentes. [fora do assunto]. Fiquei surpresa de ver a surpresa das pessoas quando ela se dão conta de como é pífio o tempo que o ser humano existe no Planeta, esse é o meu viés geológico, passei 5 anos lidando com essa informação que acho estranho quando as pessoas se dão conta disso…

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Foto: Fernanda Freire.

Foi uma experiência rica, super válido ver um monte de gente que também tem inquietações parecidas com a sua, que sofre as contradições do mundo e está tentando a lidar com elas de maneira mais leve e com menos sofrimento. Conhecer a Fazenda da Toca também trouxe muito dessas inquietações e contradições do mundo, questões como é possível ser orgânico em escala industrial? Até que ponto vale ser orgânico em escala industrial? A biodinâmica, permacultura cabe nessa escala? Dá lucro? Pra quem?

Ano que vem está sendo desenhado um Certificado em Ciências Holísticas e Economia para Transição, será uma versão estendida dos temas que exploramos nessa experiencia que participei. Ainda não tenho maiores detalhes, mas compartilho quando tiver.

O fato de termos algo como o Schumacher College aqui no Brasil me enche de alegria, assim mais gente pode ter acesso e compartilhar dessa experiência sem a desculpa de que é inglês, é muito longe ou em outro país.

O lixo nosso de cada dia

Semanas atrás falei da embalagem do meu creme que tinha um design sofrível, agora resolvi pesquisar sobre a política de resíduos sólidos pós consumo das principais marcas de cosméticos que eu conheço, que é o que nos sobra depois que o produto acaba. Os resíduos sólidos da cadeia produtiva podem até ser responsabilidade minha também como consumidora, mas pouco posso interferir nela. Resolvi ver o que as empresas falam de residuos sólidos sem eu precisar ler o relatório de sustentabilidade.

residuos
Fonte: https://flic.kr/p/e4PYUh

Nívea

A Nívea foi a primeira “vítima” por 2 motivos: 1- falei dela no post sobre o design ruim da embalagem e 2- apareceu um post patrocinado deles na TL do meu twitter, se eles estão pagando pra fazer propaganda em rede social, vamos ver se esse canal realmente funciona para conversar com o consumidor (mais um teste além do ambiental). Ai perguntei pelo twitter sobre a política de resíduos sólidos da Nivea e recebi esse link como resposta: http://www.nivea.com.br/Sobre-nos/beiersdorf/Responsabilidade-Ambiental

Bom, sobre o destino das embalagens pós consumo só li blablabla, nada concreto que me convence da real preocupação deles, um “apoiamos o projeto tal que se preocupa com esse assunto” e só. Ai perguntei no twitter novamente se eles sabiam qual a porcentagem de embalagem são recicladas, estou no aguardo da resposta.

Unilever

Ai resolvi pesquisar outras… Joguei no Google o nome da empresa e as palavras resíduos sólidos, depois de uns cliques no site deles achei esse link no site da Unilever: http://www.unilever.com.br/sustainable-living-2014/waste-and-packaging/

Achei mais interessante pois eles têm metas estabelecidas sobre reciclar embalagens: “aumentar as taxas de reciclagem e recuperação, em média, em 5% até 2015 e em 15% até 2020 nos nossos 14 principais países” e apresentaram o seguinte dado: “Aumento de 7% nas taxas de reciclagem e recuperação em 2013, superior ao Índice de Reciclagem e Recuperação médio de 2010, registrado nos nossos 14 principais países.” Legal, mas  o quanto desse 7% é no Brasil? E vamos combinar que 7% numa operação em 14 países é quase pífio.

P&G

Com a busca no Google P&G e residuos sólidos (ou qualquer coisa parecida com isso) cheguei nesse link: http://www.pg.com/pt_BR/sustentabilidade/sustentabilidade_ambiental/index.shtml

O plano é bastante audacioso “Nossa Visão, anunciada em 2010, inclui: (…) Usar 100% de materiais renováveis ​​ou reciclados em todos os produtos e embalagens. Depositar zero de consumo e resíduos de fabricação em aterros sanitários.” Mas não falam quando pretendem atingir a meta, ah, mas é a visão, não é uma meta, pode ser que nunca atinjam seja só um alvo a se atingir… Ainda tem um “saiba mais sobre a nossa visão de longo prazo”, mas não tem link nenhum redirecionando pra lá. Também não ficou claro pra mim se no consumo e resíduos de fabricação inclui embalagens pós consumo.

Descobri por acaso que eles tem um projeto com uma empresa chamada Wise Waste que criaram a partir de embalagens recicladas um display para um dos produtos deles em supermercados. Aliás o trabalho da Wise Waste é bem interessante, saiba mais aqui. Mas no site da empresa mesmo só tem aquelas metas megalomaníacas sem nada muito prático.

Natura

Mandei um twitt e não recebi resposta 2 dias depois, procurando no google achei vários links para os relatórios anuais da empresa 2009 (acho q seja pois só tinha dados até 2008), 2012, 2013. Não é o que que esperava achar, principalmente da Natura. As informações são vagas e sem nenhuma meta clara, no relatório de 2014 fala que “A Natura está elaborando um plano de logística reversa, que tem como principal objetivo estruturar um modelo de gestão capaz de transformar resíduos em oportunidades de novos negócios. Este plano tem previsão de lançamento ainda no ano de 2014.” Eu esperava mais da Natura, muito mais…

Avon

Mandei um twitt e não recebi resposta 2 dias depois.

Procurando no Google não achei NADA relevante. No site da empresa tem uma seção de responsabilidade social, nada sobre meio ambeinte. Falam de teste em animais, mas absolutamente NADA do ponto de vista ambiental e resíduos sólidos… Decepção monstra.

Conclusões

Escolhi essas empresas pois consumo produtos delas e como são empresas que fazem parte do business as usual esperava números sobre o assunto, só 1 me apresentou números concretos sobre a preocupação com a geração de resíduos e posterior descarte, as outras tratam o assunto de forma superficial, pelo menos aos olhos do consumidor leigo que resolve descobrir por si só o que as empresas fazem/pensam sobre o assunto. Uma delas até ignora o assunto. Ou simplesmente resolveu não contar pra ninguém o que faz sobre o assunto. Se alguma empresa dessas quiser entrar em contato comigo para esclarecer melhor suas preocupações sobre os temas resíduos sólidos pós consumo, logística reversa, etc estou super aberta para ouvir e saber mais, o importante mesmo é tornar pública suas práticas, o consumidor agradece, isso chama-se transparência. #ficaadica

A princípio pensei em ligar nos atendimentos ao consumidor de cada uma delas para perguntar sobre o assunto, mas esse processo é tão chato que eu desisti, mas talvez seja mais eficaz que esse post, mas se você quiser fazer isso segue o número dos telefones de cada uma das empresas, acho que pode surtir mais efeito e ainda dá pra testar o quanto elas dão de importância para a preocupação do consumidor.

Nivea – 0800-77-64-832

Unilever – 0800-707-7512

P&G – 0800 701 5515

Natura – 0800.115.566

Avon – 0800 7082866

Se alguém conhecer alguma empresa de bens de consumo não duráveis que nasceu pensando no ciclo completo de vida de seus produtos me avise, pois eu até hoje não vi nenhuma.

Rio 2016

Semana passada fui convidada pelo comitê Olímpico Organizador das Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016 para participar da coletiva de imprensa de lançamento do relatório da pegada de cabono dos jogos e depois um tour pela sede com direito à conversa com ex atleta vencedor de medalha olímpica e almoço especial.

30.10.2014.Relatório Carbono. Blog
Influenciadores que participaram da visita.

Na parte da manhã foi apresentado pela Gerente de Sustentabilidade do Comitê Organizador, Tânia Braga, o Relatório de Gestão da Pegada de Carbono dos Jogos Rio 2016. No total do evento serão emitidas 3,6 milhões de CO2, da organização do evento eles serão responsáveis por 724 mil toneladas. A maneira que eles vão gerir todas essas emissões segue a a seguinte estratégia:

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Uma vez que eles já estimaram as emissões (as 724 mil toneladas) a ideia agora é tentar diminui-las, seja evitando, reduzindo ou substituindo-as e a meta deles é chegar as 600 mil toneladas e ai sim mitigar e compensar essas restantes. Uma das formas que eles vão utilizar para compensar essas emissões será o que eles chamam de mitigação tecnológica em parceria com a Dow, que oferece várias técnicas de mitigação de carbono como promoção de práticas agrícolas que melhorem a produtividade e reduzam emissões, novas embalagens e tecnologias de conservação de alimentos, visando reduzir a quantidade de desperdícios ao longo da cadeia produtiva, medidas de aumento da eficiência energética em operações, processos industriais e materiais, projetos que melhorem a eficiência energética na construção civil e disseminem soluções de baixo-carbono no setor de infraestrutura.

Na parte da tarde tivemos algumas experiencias bem legais, conhecemos o medalhista olímpico Ricardo Prado, que é Presidente do Conselho de Esportes do Rio 2016, ele contou um pouco da história e um pouco do que faz hoje na organização dos jogos.

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Com o atleta Ricardo Prado.

Depois tivemos um almoço super especial, não tanto pela comida em si, mas pela experiência de comê-la usando vendas e conversando com o Marcos, um dos funcionários do comitê que é cego desde criança. Essa foi uma das experiências mais legais da minha vida, não só o fato de não ter muita certeza do que estava comendo e ir tentando descobrir, mas a experiência de conversar com um cego sem enxergá-lo e criar toda uma expectativa de vê-lo, a sensação que eu tive é que até a direção da conversa e perguntas feitas foram um pouco diferentes se todo estivéssemos sem as vendas.

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O almoço vendados.

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Foto com o Marcos num dos painéis do encontrados pelo corredor da sede.

Outra coisa que gostei muito foi o prédio sede, todo o planejamento dele pensando na acessibilidade das pessoas, nos murais inspiradores espalhados por todo o local e no conceito e planejamento de ser um prédio modular (contruído com containers) e que vai crescendo e diminuindo conforme a demanda, no início do comitê eram 30 pessoas trabalhando, hoje são entorno de 2mil. E o mais importante, ao fim dos jogos, o prédio não irá existir mais, os módulos serão retirados e provavelmente reutilizados e o terreno poderá novamente ser usado.

É possível perceber  que planejamento está presente nas ações do Comitê que nada é feito sem uma razão de ser muito clara e bem pensada e nesse caso a sustentabilidade entra com muita força, o diretor de communicação chegou a afirmar que sustentabilidade é uma obssessão para eles e não apenas discurso.

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Eu e o logo 3D dos Jogos Olímpicos.

Adorei saber de tudo isso e ver transparência e planejamento nas atitudes deles. Mas vale lembrar que esse é o comitê organizador do evento, eles não são responsáveis por exemplo pelas obras de melhoria no transporte público da cidade ou mesmo na construção dos aparelhos esportivos, isso é reponsabilidade do Governo e acho que devemos cobrar o mesmo profissionalismo deles, a falta de transparência das atividades do governo podem acabar comprometendo um trabalho bonito e bem feito que tem sido feito pelo comitê organizador.

Experiência Schumacher Brasil

*Este não é um post patrocinado.

Não sei ao certo quando foi que eu descobri o Schumacher College, mas falei dele aqui no blog pela primeira vez em setembro de 2008, quando sugeri cursos de sustentabilidade. Eis que no próximo fim de semana irei viver uma experiência do Schumacher College aqui no Brasil!

A Experiência Schumacher College Brasil é inspirada no Schumacher Experience Week que acontece lá na Inglaterra, aqui foi pensada e realizada por ex-alunos brasileiros. Tudo acontecerá na Fazenda da Toca, em Itirapina (interior de São Paulo), uma fazenda de produção 100% orgânica.

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Foto: Fazenda da Toca.

Sempre tive vontade de fazer um curso no Schumacher College lá na Inglaterra, principalmente o mestrado de Economia para Transição, agora vou poder conhecer pessoas que foram e estiveram lá para me contar como é a experiência, além de viver uma amostrinha do que pode ser o curso. Estou muito empolgada!

Infelizmente quando soube desse curso só restavam 2 vagas, achei que seria chato divulgar um curso que quase não tinha mais vagas! Mas avisarei quando e se tiver próximos.

Para saber mais como será esse curso veja aqui.

Conto tudo na volta! Open-mouthed smile