Pesquisadores criam a “placenta em um chip”.

Prezado leitor, espero que esteja tudo bem com vocês. Essa semana foi anunciado por um grupo de pesquisadores da Iowa State University e Georgia Institute of Technology, EUA, a fabricação de um dispositivo de placenta em um chip usando técnicas de litografia macia para estudar como a ingestão de cafeína passa de mãe para o feto. O estudo foi publicado na revista Global Challenges (DOI: https://doi.org/10.1002/gch2.201800112). O artigo é de livre acesso.

Uma tradução do resumo do artigo segue abaixo.

Devido à estrutura e funcionalidade particulares da placenta, os métodos mais atuais de testes de drogas para placenta humana são limitados a modelos animais, testes de células convencionais e testes de coorte/controle. Estudos anteriores produziram resultados inconsistentes devido a diferenças fisiológicas entre humanos e animais e disponibilidade limitada de modelos humanos e/ou animais para testes controlados. Para superar esses desafios, um sistema de placenta em um chip foi desenvolvido para estudar a troca de substâncias para e da placenta.

O transporte de cafeína através da barreira placentária é estudado porque a cafeína é um xenobiótico largamente consumido diariamente. Como o feto não carrega as enzimas que inativam a cafeína, quando a cafeína atravessa a barreira placentária, a alta ingestão de cafeína pode prejudicar o feto, por isso é importante quantificar a taxa de transporte de cafeína através da placenta. Neste estudo, uma concentração de cafeína de 0,25 mg mL−1 foi introduzida no canal materno, e as mudanças resultantes são observadas ao longo de um período de 7,5 h. Uma concentração estável de cafeína de 0,1513 mg mL−1 foi alcançada no lado materno após 6,5 h, e uma concentração de 0,0033 mg mL−1 no lado fetal foi alcançada após 5 h.

Referência Bibliográfica: Pemathilaka et al., Global Challenges, 2019. DOI: https://doi.org/10.1002/gch2.201800112

Bom fim de semana a todos.


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Sobre Harrson S. Santana

Doutor em Engenharia Química pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) com enfoque em Microfluídica, Simulação Numérica e Biodiesel. É também especialista em Impressão 3D de microdispositivos. • Atuou como Prof. Dr. da Universidade Federal de São Carlos (UFSCAR) na área da Termodinâmica Aplicada e Operações Unitárias`; Foi Professor colaborador da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) na área de Microrreatores; Professor Visitante na Universidade de São Paulo (USP) e no Instituto ESSS. • Atuou como Pesquisador na UNICAMP nas áreas de Microfluídica, Manufatura Aditiva, Simulações Numéricas e Processos Químicos. • Ministrou Cursos e Workshops acerca de diversos temas, tais como Modelagem e Simulação de Dispositivos Microfluídicos e Impressão 3D de Dispositivos Microfluídicos, a convite de diversas instituições como Universidade Federal de Minas Gerais, Universidade Federal do Espírito Santo. Também foi palestrante convidado de diversas conferências nos temas de Biotecnologia, Energia, Microfluídica entre outros. • Foi editor dos livros "Process Analysis, Design, and Intensification in Microfluidics and Chemical Engineering" e "A Closer Look at Biodiesel Production". • Atualmente atua como editor convidado dos periódicos “JoVE Journal” e “Frontiers in Chemical Engineering”. • Participou até o momento de 18 projetos de pesquisa, como coordenador e integrante gerando como resultados 33 artigos científicos em importantes periódicos internacionais, 6 patentes depositadas e 7 programas de computador com registro no Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI). • É criador do blog Microfluídica & Engenharia Química, onde apresenta conteúdos dessas duas áreas e como elas influenciam a nossa sociedade. Seu interesse científico se concentra em fenômenos de transporte, engenharia das reações química, simulações numéricas de dispositivos microfluídicos aplicados em processos químicos, físicos e biológicos, impressoras 3D e bioimpressão, além de sistemas robóticos.

2 respostas para Pesquisadores criam a “placenta em um chip”.

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