Ciência para vender cosméticos: a ciência da água celular

Usar a palavra “ciência” (ou imagens que remetam a) em propagandas de cosméticos deve mesmo alavancar as vendas de produtos para tratamentos de acne, cremes anti-envelhecimento, bases miraculosas de maquiagem, entre outros.

Folheando a Elle (número 307), com a distração apropriada para a atividade, reparei que “ciência” aparece em sete das nove propagandas de cosméticos da edição atual da revista. Não fiz a estatística, mas nem precisa: associação altamente significativa.

As frases são ótimas:

“The art and science of pure flower and plant essences”

“The science of Shiseido”

“Now, Aura is our science

“Clearing Acne through The Science of Cellular Water”

“The new era of skincare: gene science

“Recharge your cell energy at the source”

A propaganda vencedora, na minha opinião, deixa claro que a ciência é tão poderosa para desenvolver bons produtos que fez com que o creme do Dr. Nicholas Perricone explodisse um erlenmeyer.

Não dá vontade de sair correndo e comprar o produto? Fico mesmo é curiosa querendo dar uma lida nos papers

Vejam as imagens que escaneei das propagandas da revista (as nuvens vermelhas são por minha conta): 

Acabo de chegar do “Ether Dome”, um anfiteatro que fica dentro do Massachusetts General

Acabo de chegar do “Ether Dome”, um anfiteatro que fica dentro do Massachusetts General

MIT inusitado. MIT Laboratory for Chocolate Science. Quem diria?

MIT inusitado.

MIT Laboratory for Chocolate Science.

Quem diria?

Brilhos múltiplos: música em defesa de tese das biológicas

A neve não me deixou chegar a tempo para a defesa de tese de doutorado do Gabriel Victora, que aconteceu há menos de duas semanas em Nova York. “Foi brilhante”, ouvi de algumas pessoas que lá estiveram.

Gabriel brilha também na música. Michel Nussenzweig, um dos seus orientadores, mostrou o vídeo abaixo na defesa, enquanto falava sobre a trajetória de Gabriel: de músico profissional para cientista.

Agora como imunologista, Gabriel faz as células do sistema imune brilharem. Usando uma combinação de técnicas, Gabriel ativa com precisão microanatômica as células que ele quiser, com o animal vivo, aproveitando a preciosa informação do órgão intacto, estudando como as células se comportam em tempo real. E depois ainda consegue resgatá-las para pesquisas posteriores. Fiquei com a imagem do Gabriel segurando uma lanterna, daí o título da reportagem que escrevi para a Revista Pesquisa FAPESP deste mês: Lanterna microscópica: Marcação de células permite conhecer como ocorre a seleção dos anticorpos mais eficazes (aqui).

Perdi a defesa, mas ao menos cheguei a tempo para a comemoração e conheci César Victora, pai do Gabriel, cujo trabalho foi capa da mesma edição da Pesquisa FAPESP. Ricardo Zorzetto foi quem escreveu a reportagem “Mil dias que valem uma vida: Introdução de outros alimentos durante a amamentação altera o paladar e aumenta o risco de obesidade” (aqui).

Ah, o trabalho do Gabriel foi publicado na prestigiosa revista Cell. Vejam abaixo como não é fácil a labuta de bancada nas ciências biológicas e a imagem que se tem da Cell (1:24 min). Vídeo do momento por aqui, sucesso absoluto entre os cientistas, com 1.593.527 acessos até agora.

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