Cientistas africanos apontam dificuldades de se fazer ciência em seus países

Ontem entrei pela primeira vez no prédio da Novartis em Cambridge, que fica bem perto do MIT. Fui lá ouvir sobre ciência e desenvolvimento na África. Participaram do painel dois cientistas africanos que vieram passar o verão por aqui em um programa de imersão científica. Eles são fellows do Seeding Labs, financiado este ano pela Novartis.

Matthew Stremlau (Broad Institute), Alex Dehgan (USAID), Nina Dudnik (Seeding Labs), Ken Simiyu (McLaughlin-Rotman Centre for Global Health), Ibok Oduro (Kwame Nkrumah University of S&T, Ghana), Almoustapha Maiga (University of Bamako, Mali), Brigitta Tadmor (Novartis).

Matthew Stremlau, mediador do painel, perguntou a eles quais são os principais desafios enfrentados pela ciência africana. “São tantos que precisamos priorizá-los”, disse Almoustapha Maiga, professor de virologia da Universidade de Bamako, em Mali. Completou, com seu sotaque francês, que “a instabilidade política é o maior desafio para a ciência na África agora”. Ken Simiyu, que trabalha em Toronto identificando tecnologias de saúde desenvolvidas na África e criando maneiras para comercializá-las, concordou. Simiyu acrescentou o problema da falta de participação do setor privado na ciência e o distanciamento dos cientistas africanos dos problemas das comunidades locais. “Eles acham que vivem em torres de marfim”, disse. Maiga concordou fervorosamente e se mostrou indignado com tal disparidade. Segundo ele, os cientistas estudando HIV usam aparelhos de última geração em seus laboratórios mas não se importam em contar o número de linfócitos dos pacientes das comunidades, usando soluções tecnológicas acessíveis, por exemplo.

Ibok Oduro, que trabalha em um universidade em Ghana, se mostrou preocupada com a questão ambiental e uso não sustentável dos recursos naturais do continente.

Um jovem da plateia destacou a dificuldade de financiamento para pesquisas na África. “Gasto em média 500 dólares por dia realizando meus experimentos aqui no MIT, o que jamais seria possível na África”, disse.

silêncio

Reações?

Os médicos da escola de medicina de Harvard revelam… Recebi tais dicas de saúde como propagand

Os médicos da escola de medicina de Harvard revelam…

Recebi tais dicas de saúde como propaganda para assinatura de revista editada pela Harvard Medical School. Resolvi não assinar a tal revista, mas guardei as “revelações” dos médicos de Harvard. 

OBS: clique na figura para ver cada imagem separadamente (slide show). 

O poder das redes: “como beneficiar 100 milhões de pessoas”

Reid Hoffman abandonou a carreira acadêmica com o objetivo de “criar novos sistemas para causar impacto positivo, ‘escalável’ e massivo na vida das pessoas”. Ao invés de escrever livros, artigos e ensaios “para serem lidos por 50 pessoas”, ele queria causar mudanças na casa dos milhões.

Quando terminou o seu mestrado em filosofia pela Universidade de Oxford, em 1993, Hoffman voltou para o Vale do Silício e entrou no mercado de trabalho com uma lista de habilidades que gostaria de aprender para virar um empreendedor.

Ele queria estruturar algo online para que as pessoas se encontrassem, comunicassem e colaborassem umas com as outras. Tudo isso partiu de seu interesse em “ecossistemas humanos”. 

Resultado? Em 2002 ele fundou, na sala de estar da sua casa, o LinkedIn, atualmente a maior rede social de contatos profissionais. O site oficial foi lançado em maio de 2003. Hoje em dia, há mais de 100 milhões de pessoas cadastradas e duas milhões de empresas têm páginas no LinkedIn. Segundo dados da empresa, aproximadamente um milhão de novos usuários entram no LinkedIn semanalmente.

Reid Hoffman, co-fundador do LinkedIn, falou ontem no Media Lab, usando um dispositivo no pulso para monitorar o nível de estresse.

Hoffman falou ontem no Media Lab, MIT, para uma plateia que lotou o auditório no sexto andar do prédio novo. O título era chamativo: “Como beneficiar 100 milhões de pessoas”. Além de contar brevemente sua biografia, ele falou das oportunidades que o LinkedIn oferece como plataforma, rede e mercado. “Gerencie sua identidade profissional. Construa e se engaje com sua rede profissional. Acesse conhecimento, insights e oportunidades” é a descrição no site dos serviços oferecidos pela empresa.

Um produto lançado este ano, o LinkedIn skills, foi citado como exemplo de como os profissionais podem se beneficiar do ecossistema criado por ele. A ideia é que o LinkedIn skills ajude o usuário a identificar áreas de expertise relacionadas à sua área de atuação. Se você nunca usou, faça o teste digitando alguma de suas expertises (aqui) e veja, no canto esquerdo, outras habilidades relacionadas às suas. No canto direito, aparecem empresas que atuam na área. A busca traz também os grupos profissionais da área. 

Ele falou do poder das redes, sistemas de reputação, culturas de colaboração, citou o texto “The Responsibility of Intellectuals”, de Noam Chomsky, como marco em sua vida de “sempre falar a verdade”. Foram vários outros temas apresentados e discutidos. O vídeo da palestra está disponível aqui. Um bom resumo da discussão está no blog Maximizing Progress (aqui).

O LinkedIn vem se consolidando cada vez mais como ferramenta importante para trazer leitores para sites (aqui e aqui). Para os jornalistas, aí vai uma dica de podcast explicando como usar o LinkedIn para localizar fontes, compartilhar histórias, criar comunidades online e aumentar os clicks em sites de notícia (aqui).

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