Edição do genoma humano: perspectiva ética de uma mudança em curso

Edição do genoma humano: perspectiva ética de uma mudança em curso

Em outubro de 2016 aconteceu o XVII Encontro da Associação Nacional de Pós-Graduação em Filosofia do Brasil. Entre as diversas atividades que tiveram lugar durante o evento, foi oferecido um minicurso sob o título Bioética e edição do genoma humano, a cargo do professor Darlei Dall´Agnol.

O objetivo do minicurso foi iluminar a seguinte questão: qual é o fundamento ético necessário para construir uma política genética segura, justa, confiável? Chegou-se, entre outras, à conclusão de que, sendo a Revolução Genética um fenômeno iminente, de delicadas e profundas consequências, uma legislação global deve vir a ser instituída com urgência. Instigados pelos desafios lançados nessa instância de debate e com o fim de dar continuidade à tarefa reflexiva, compendiaremos aqui os resultados e abriremos o tópico para discussão.

Em primeiro lugar, resumiremos o estado atual da questão desde o ponto de vista científico, buscando iluminar duas técnicas-chave no cenário da engenharia genética contemporânea (a técnica da “fertilização tripla” e o método chamado “CRISPR-cas9”). Feito isso, consideraremos as perspectivas projetadas pelo fenômeno, e iniciaremos o percurso filosófico, articulando a discussão com base na bibliografia disponível que, embora surpreendentemente escassa, não é de todo inexistente [1].

Os efeitos da manipulação do genoma se estendem potencial e iminentemente à humanidade no seu conjunto. A comunidade científica e a comunidade em geral é chamada ao diálogo.

A responsabilidade é tão compartilhada quanto os riscos.


[1] O leitor curioso pode encontrar aqui, aqui e aqui, e também aqui e aqui, alguns itens dessa bibliografia.

 

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