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Piscinão de Cingapura

Estou em Cingapura, meu pai está trabalhando aqui e eu vim visitá-lo. Lembrei que uns tempos atrás escrevi o texto a seguir por um motivo qualquer e achei q seria interessante ressucitá-lo, afinal, estou na cidade e vou poder conferir o local de perto. Ainda não fui lá, mas quando for volto para contar se é tudo isso mesmo.

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Os paineis solares do telhado. Foto: Tim Lee

Não é só no Brasil que temos problemas com as chuvas durante o verão e usamos “piscinões” para amenizar os problemas. Em Cingapura além de amenizar o problema de enchentes a Marina Barrage serve também como reservatório de água para abastecimento da cidade.

Localizada no centro da cidade, a Marina Barrage tem um espelho d’água com área de 10 mil hectares. A barragem de 350 metros que a delimita foi inaugurada em 2008, o reservatório é capaz de suprir 10% da necessidade de água local.

A Marina Barrage é um mostruário de sustentabilidade ambiental e ganhou o Green Mark Platinum Infrastructure Award, o prêmio principal nas concessões BCA organizadas pela Autoridade em Construção, em maio 2009.

Além de armazenar a água doce da chuva e evitar enchentes o local tem também função de lazer para os moradores da cidade-estado, que somam 5 milhões de habitantes. As pessoas passeam pela ponte que cobre a barragem, praticam vela e outros esportes náuticos no grande lago formado. O prédio central onde ficam as bombas que mandam água para fora do reservatório em caso se chuva em excesso, possui um telhado verde coberto por grama onde se encontram restaurantes e mais áreas de lazer. O telhado verde utiliza 100% de plásticos reciclados e células eco-friendly de drenagem. Este jardim no último andar, também oferece isolamento térmico natural para o edifício, a grama e o solo protegem o edifício do sol. O local também possui um parque com paineis solares que geram em torno de 50% da eletricidade necessária para a iluminação interna do prédio.

Esse é um exemplo de como uma obra de engenharia para amenizar enchentes também pode servir de atração e local de lazer para as pessoas.

O fim do mundo, ou o fim do mundo como conhecemos (post atrasado)

Comecei a escrever esse texto dia 20/12 antes da fatídica data que “comemora” o fim do calendário maia e que muitos consideravam como o fim do mundo. Não consegui terminar antes, mas acho que vale para comemorar o fim de mais um ano.

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Meu pôr-do-sol de 21/12/2012.

Inspirada pelo e-mail enviado por um amigo falando sobre o fim do mundo e desejando boas festas resolvi escrever aqui meu manifesto sobre o que espero sobre o fim do mundo.

O fim do mundo está próximo e vamos considerar que amanhã será a oportunidade de ver o fim de uma era e o início de um mundo que tenha mais amor, mais ética, respeito e menos lucro, corrupção, ignorância e crescimentos obssessivos. Muitos não sabem o que podem fazer para contribuir para esse novo mundo, na verdade eu também não tenho respostas concretas para isso, mas que tal pensar sobre o assunto, refletir e tomar consciência para termos um mundo mais “sustentável”, do que adianta o seu carro ser a álcool e teoricamente poluir menos se você está usando o carro para percorrer poucos quilometros? Ou usar desmedida e inconscientemente as sacolas plásticas do supermercado? Ou consumir energia como se ela não viesse das obras que ajudam a desmatar a Amazônia? Por exemplo, você pega elevador para subir 1, 2 andares? Já pensou em usar a escada? Aquela caixinha de remédio que você comprou precisa mesmo ser colocado numa sacola plástica ou mesmo num saquinho de papel?

Vamos combinar de começar com esses pequenos gestos, quando essa consciência tomar conta de todos tenho certeza que o mundo será um lugar melhor e pouco a pouco esses gestos vão se expandir para todas ações do seu dia-a-dia e tolerar ser pressionado por crescimento e consumo inconsequente será insuportável, não só para você mas para todos que o cercam e então será o fim do mundo de verdade por que um novo tomará conta!

Fui tomada por um momento de esperança e fé na humanidade, por favor, não me desapontem!

Amazônia Pública

A Agência de Reportagem e Jornalismo Investigativo está com uma série de reportagens  nas próximas semanas sobre a Amazônia. Na palavra deles “ Entre os meses de julho e outubro, três equipes de repórteres da Agência Pública de Reportagem e Jornalismo Investigativo percorreram três regiões amazônicas: no pólo de mineração em Marabá (PA); na bacia do Rio Tapajós; e em Porto Velho e as hidrelétricas do rio Madeira. Todas as reportagens buscam explorar a complexidade dos investimentos atuais na Amazônia, incluindo as negociações e articulações políticas e ouvindo todos os atores envolvidos – governos, empresas, sociedade civil – para traçar o contexto em que esses projetos têm sido desenvolvidos. O prisma essencial destas reportagens, assim como de toda a produção da Pública, é sempre o interesse público: como as ações e negociações políticas e econômicas têm tido impacto, na prática, a vida da população.”

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Vista da floresta a partir da canga. Foto: Jeremy Bigwood

A série sobre Carajás saiu essa semana e o foco recai na Vale, a empresa que explora minério de ferro na região. É tão difícil para mim como geóloga falar sobre mineração, a verdade é que infelizmente os engenheiros de minas não se deram ao trabalho ainda de aproveitar qualquer mineral sem impactar o meio ambiente e os seres humanos aprenderam a depender totalmente desses minerais, tanto que a demanda por minérios só cresce e ai a bagunça tá feita. Sinceramente acho que os impactos ambientais hoje em dia são contornáveis se houver um planejamento bem feito e uma fiscalização séria, os impactos sociais são os que mais me preocupam pois esses (até hoje pelo menos) nunca vi um caso de sucesso e não são só minerações, quaisquer grandes obras entram nessa classificação de fracasso.

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A mina mais produtiva da Vale se esgota em 2037. Foto: Jeremy Bigwood.

Nada do que li nessa primeira série de reportagem me surpreendeu, a Vale passando por cima de tudo e de todos para obter mais lucro, a população e o meio ambiente sendo massacrados em nome do progresso. A Vale enchendo a boca para contabilizar seus número de empregos gerados e a população sendo expulsa de suas terras e sem trabalho. A nação brasileira se orgulhando de ser o maior fornecedor de ferro para a maior enconomia emergente do mundo e os moradores da região de onde vem o ferro, sem escolas, hospitais e lazer.

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Fornos de carvão em Goianésia. Foto: Jeremy Bigwood.

Como fazer para a Vale ser mais “bozinha”? Aliás, será essa a questão a ser feita? Como fazer para o governo defender os interesses das minorias tanto quanto defende os interesses economicos da nação? É possível, tem resposta? Tem solução? Certamente que não é uma resposta fácil. Quem assistiu aqui filme The Corporation pode ter uma ideia do que é a Vale e do que ela é e pode ser capaz.

A única certeza que eu tenho depois de ler essas reportagens é que eu continuo cheia de dúvidas e não sei até que ponto seres humanos são capazes de solucionar esses problemas que eles mesmo causaram. Tô lendo um livro, uma ficção científica que se passa num futuro bem distante e que a nossa civilização como conhecemos hoje nem existe mais e um dos personagens se referem aos humanos como cânceres do planeta que se são mantidos sem controle nenhum são capazes de colocar sua própria existência em jogo. Tenho medo dessa ficção virar realidade.

Conforme forem saindo as outras séries de reportagem volto aqui comentar.

HelpX – Mais uma opção

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Se no último post eu falei do WWOOF, durante minhas pesquisas sobre o assunto acabei encontrando outra rede de voluntários em fazendas, o HelpX, esse um pouco mais moderninho, vamos dizer assim. Todo o sistema dele é na própria interenet e uma vez que você paga a taxa de afiliação, que vale por 2 anos, você tem acesso aos “fazendeiros” afiliados de todas as partes do mundo. O fazendeiros está entre aspas pois nessa rede eles abrigam não apenas fazendeiros orgânicos como no WWOOF, eles tem fazendo orgânicos e não orgânicos, pessoas que oferecem a sua casa, hostels para mochileiros, etc. Tudo na base da troca, eles oferecem hospedagem e comida e você oferece o seu trabalho, de 4 a 6 horas por dia.

Me inscrivi nessa rede e estou a procura de uma fazenda orgânica na Austrália que me aceite, já escrevi para umas 6 fazendas e apenas uma me respondeu dizendo que não seria possível me receber, confesso que pensei que seria mais fácil. Li também vários relatos de pessoas que tiveram essa experiência e apenas um caso negativo e não foi um caso de fazenda e sim hospedagem em casa.

O site é bem organizado e depois que de inscrito você tem acesso não só aos contatos de cada anfitrião, mas também do relato e as avaliações dos hóspedes, quase como um Tripadvisor.

Por conta do último post a Ludmila me contou que foi pra Inglaterra trabalhar num centro de educação ambiental ai pedi pra ela contar como foi a experiência dela lá! Você pode ler o relato dela aqui:

Em março deste ano embarquei junto com meu marido em uma viagem considerada pela maioria, no mínimo, inusitada.

Fomos de navio para Itália em um cruzeiro que estava retornando à Europa após o final da temporada de verão brasileira. Não bastasse fazer o caminho de volta do meu “bisnonno” e chegar do outro lado do oceano em uma velocidade que não ultrapassava 50km por hora, nosso objetivo principal era na verdade ir até o interior da Inglaterra para ficar trabalhando como voluntários em um centro de educação ambiental, na região de Norfolk.

Fomos através de um programa chamado Help Exchange que ainda não é tão conhecido no Brasil quanto o WWOOF, que é similar.

Ludmila e o marido na fazenda na Inglaterra.

A partir dessa rede é possível escolher propriedades cadastradas no mundo inteiro, realizando as mais diversas atividades e, consequentemente, que necessitarão das mais diversas colaborações. Mas, para ter acesso a esses contatos em primeiro lugar é preciso se cadastrar e pagar uma pequena taxa, não é muito cara e para nós, como casal, foi muito bom porque uma única taxa foi suficiente para ambos.

Estávamos procurando alguma fazenda onde pudéssemos aprender mais sobre a produção orgânica a partir da permacultura e também aperfeiçoar o Inglês, então achei que um centro de educação ambiental inglês serviria bem.

Depois de escolhido o local, enviamos a solicitação de estadia ou “request” ao anfitrião. Nesse primeiro contato é bacana se apresentar dizer de onde é, o que faz, o que gosta de fazer, enfim, é muito importante que haja esse entrosamento porque, afinal de contas, será preciso conviver com essa pessoa e em muitos lugares, como no local onde ficamos, o acesso é difícil e você fica um tanto isolado no lugar com as pessoas de lá.

Outro ponto que acho super importante ressaltar é definir claramente as tarefas que serão exigidas do voluntário, como será sua rotina de trabalho, o que receberá em troca. Cada local tem autonomia para definir tudo isso, normalmente a troca é muito simples: cerca de 6 horas de trabalho por dia em troca de alimentação e hospedagem, mas já soube de lugares exigindo que o voluntário pagasse pelas refeições, tem que ficar atento e combinar tudo antes.

Voltando a experiência que tive, de uma maneira geral a considerei muito enriquecedora, mas a ideia que eu “comprei” de centro de educação ambiental se demonstrou um pouco equivocada. O que havia, de fato, era uma fazenda antiga com uma casa de 300 anos cercada por 3 outras menores que eram alugadas para manutenção financeira do projeto. Tratava-se de um projeto de um centro, pois o idealizador vislumbrava transformar em um local para aulas, para produção em permacultura, mas quando chegamos havia uma pequena quantidade de legumes e frutas a serem colhidos pela primeira vez, mais um canteiro de ervas e uma área de reflorestamento que necessitava de cuidados porque com a chegada do verão, o calor e a chuva abundante tornava a competição entre as arvorezinhas filhotes e o mato, desigual, a favor do mato.

De resto, o que realmente era importante para eles era manter as casas limpas, trocar roupas de cama, inclusive de uma pequena casa na árvore. A partir dessas locações é que estavam se mantendo, então, como disseram, naquele momento era o core business. O centro de educação ainda não passava de uma semente.

Por este motivo me senti um tanto quanto “traída” se é que essa é a melhor palavra para descrever a situação. Fui até lá com uma expectativa e achei que o trabalho em um centro de educação ambiental se resumiria a ajuda com o as plantas e com a realização de cursos, e não foi o que aconteceu. Por outro lado, eu também não havia entrado nesses detalhes antes de ir.

De toda forma, a limpeza doméstica não nos tomava mais que dois dias da semana, o restante do tempo tínhamos as atividades mais verdes para fazer. Penso que também é justo esclarecer que pedi ao gerente para trocar de tarefas quando não estava me adaptando bem e fui atendida.

Ganhei amigos, vivi longe da cidade e há uma hora de caminhada de um vilarejo que tinha um castelo, tomei muito chá inglês, aprendi a planejar as compras pois só íamos para a cidade uma vez por semana, morei no silêncio com pouca luz, sem telefone nem tv e isso para mim foi maravilhoso, tanto que eu e meu marido já planejamos uma mudança em nossas vidas, porque esse estilo não combina com São Paulo.

Espero que nossa experiência contribua para a decisão de cada um que nos lê e que tenham um aprendizado marcante como tivemos, seja aonde for.

Um abraço.”

Propriedades orgânicas e trabalho voluntário

Passeando pela internet encontrei oportunidade de emprego temporário em fazendas na Nova Zelândia, já tinha ouvido falar de coisas do gênero, mas nunca procurado nada a respeito e achei uma possibilidade interessante de se conhecer esse país. Resolvi perguntar para um conhecido que mora lá sobre esse tipo de trabalho e se ele sabia de algo mais também sobre fazendas orgânicas e talz. Pois bem, ele me passou o link de uma organização sensacional a World Wide Opportunities on Organic Farms (WWOOF) (Rede mundial de oportunidades em Fazendas Orgânicas).

foto: http://tinyfarmblog.com/japan-to-the-field/

Essa rede une propriedades com produção orgânica e pessoas querendo aprender mais sobre o assunto, essas propriedades oferecem estadia, comida e as pessoas trabalham voluntariamente, simples assim.

Para você achar uma fazendoa que te receba você tem que se inscrever como membro pagando $38 a anuidade. Ai você escolhe a fazenda, entra em contato com os proprietários e combina tudo com eles.

A fundadora dessa rede que existe desde muito antes da internet (desde a década de 70) Susan Coppard conta um pouco dessa experiência na revista Vida Simples.

O casal do blog Casa na Viagem está viajando por várias fazendas brasileiras que pertence ao WWOOF e mostrando um pouco de cada uma, pelo relato deles, não consegui entender se necessariamente eles estão fazendo trabalho voluntário em cada uma delas, mas dá pra ter uma ideia de como são as fazendas e as belezas de cada uma delas.

Tô pensando seriamente em me aventurar numa fazendas dessas ao redor do mundo, alguém tem alguma experiência para contar?

“Brasilidade”

Ontem participei de um evento patrocinado pela Coca-cola para os blogueiros do hub de blogs Viva Positivamente o tema do encontro foi “Brasilidade” e contou com a colaboração do Luiz Algarra para facilitar nosso bate-papo e com a palestra do Maurício Krubusly contando todo seu conhecimento sobre o Brasil falando um pouco do trabalho dele naquele quadro do Fantástico chamado “Me leva Brasil”.

Foi uma delícia passar o dia falando do Brasil, do que é o Brasil, o que é ser brasileiro com pessoas super antenadas.

E pensando sobre o assunto o que seria essa brasilidade tão na moda nos últimos tempos? A primeira coisa que eu pensei foi sem dúvida a miscigenação das raças. Eu mesma sou um exemplo dela, pai chinês, mãe descendentes de italianos e judeus. E quem não tem uma miscelânea dessas nas suas veias? Italianos, portugueses, negros, índios, espanhóis, japoneses… Acredito que é por causa dessas misturas todas que somos o que somos, para o bem e para o mal.

Agora uma coisa que é bem brasileira é a nossa biodiversidade e acredito que isso seja unanimidade, quem não concorda que isso representa o nosso país da melhor forma? O Brasil abriga a maior biodiversidade do planeta. Esta variedade de vida que é mais de 20% do número total de espécies da Terra, coloca o Brasil no lugar de principal nação entre os 17 países de maior biodiversidade.

Achei esse infográfico (mas não sei qual a fonte, meu amigo Amaral já desvendou pra mim) que fala da biodiversidade brasileira e seus biomas.

 

Mas o motivo desse encontro foi promover a campanha da Coca-cola de fazer o mascote da Copa do Mundo ser o mais brasileiro de todos os brasileiros e para isso dará a todos a oportunidade de mostrar um pouco de sua brasilidade ao ícone mais emblemático dos jogos antes de sua revelação ao grande público.  As pessoas por meio do site poderão postar textos, fotos ou vídeos fazendo algo bem brasileiro.

Cartão verde da Coreia do Sul

Durante a Rio+20 um dos stands dos países no Parque dos Atletas que eu mais visitava era o da Coreia do Sul, por ser fã da revolução educacional que eles fizeram eu fiquei super interessada em conhecer mais sobre o que eles pensam sobre meio ambiente.

Entre os amigos voluntários conheci o André que fez um semestre lá na Coreia durante a graduação e o que ele contou sobre o país no quesito ambiental não é das coisas mais empolgantes 🙁 Assim como qualquer outro lugar do mundo (com raríssimas exceções) meio ambiente não é a prioridade deles e nem sempre as decisões levam a melhor solução ambiental em conta (coisas da democracia?).

De tanto ir no stand eu ganhei um pen drive com vários documentos e vídeos e um dos vídeos que eu vi me deixaram meio “assustada” seguem:

Por que eu fiquei assustada? Ele é um pouco complicado por que não tem legenda, mas não dá uma sensação de consuma a vontade, desde que seja com selo verde tudo bem. Economia verde é consumir produtos verdes e só? Nem passa perto da redução de consumo ou repensar hábitos? Me decepcionei um pouco com isso, mas…

Ai ontem lendo a Página 22 vi a entrevista do presidente do Instituto de Tecnologia e Indústria Ambiental da Coreia do Sul (Keiti, na sigla em inglês) falando do cartão verde do país.

E aí os videos abaixo fizeram mais sentido.

Um mascote fofo (que eu ganhei de pelúcia) pedindo para as pessoas economizarem água e energia.

Será que um cartão desses cria consciência nas pessoas? Pensando na forma de consumir talvez faça as pessoas escolherem melhor o que consomem e como consomem, mas será que isso evolui para consumir menos, que na minha opinião é o mais importante de fato? Alguém conhece algum coreano (a)?

Vida selvagem

Adoro vídeos de natureza, isso inclui belas paisagens, vida selvagem e curiosidades do mundo animal.

Esse vídeo do Discovery Channel é incrível, em slow motion, mostra tubarões atacando presas de mentira.

Além de vídeos de natureza também adoro tubarões, eles são fascinantes e se você tem medo desses seres incríveis, saiba que todo esse medo é culpa da indústria cinematográfica que acabou com a fama desse animal lindo e sensacional, extremamente importante para o ecossistema marinho!

Uma das maiores frustações da minha vida foi não ter conseguido mergulhar com nenhum tubarão em Fernando de Noronha e olha que lá em qualquer praia, com snokel você consegue isso.

Best Global Green Brand

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Saiu essa pesquisa sobre a percepção das pessoas sobre o quão verde as marcas são. Achei esse estudo interessante porque não apenas mede qual a percepção das pessoas, mas também compara com as ações da empresa, ou seja, o quanto as pessoas percebem as marcas como “verdes” e o quanto as empresas são de fato. Eles mediram a diferença entre como as marcas se vendem e qual o real desempenho delas nesse quesito. Não é simplesmente um ranking de quem é mais verde, eles também comparam a distância entre a percepção e o desempenho.

Como o estudo foi feito

O desempenho das empresas foi medido por 6 aspectos: governança, engajamento dos stakeholders, operações, cadeias de suprimento, tranporte e logística, produtos e serviços. Esses dados foram coletados de fontes públicas como relatórios anuais, respostas para CDP/WDP e a Thomson Reuters ASSET4 database (tentei descobrir o que são esses 2 últimos, mas não entendi bem). A percepção da marca foi feita numa pesquisa com mais de 10 mil consumidores de cada uma das 50 maiores marcas do mundo, nas 10 maiores economias do mundo (baseado no PIB). Para cada marca mais de 100 pessoas em cada país foram convidadas a avaliar os seguintes aspectos: autenticidade, relevância, consistência, presença, diferenciação e seu entendimento do apelo ambiental.

Para as marcas que a pontuação no desempenho é maior ou igual a pontuação na percepção, eles calcularam uma média simples para dar a pontuação. No caso das marcas em que a pontuação na percepção é maior do que a pontuação no desempenho, a empresa responsável pelo estudo calculou uma média simples e aplicou um fator de desconto com base na diferença entre percepção e desempenho. O fator de desconto é dado para penalizar as marcas que não estão vivendo à altura das expectativas das pessoas.

O raking das marcas você vê aqui: http://www.interbrand.com/en/best-global-brands/Best-Global-Green-Brands/2012-Report/BestGlobalGreenBrandsTable-2012.aspx

Fiquei sabendo desse estudo pelo Milton Jung que entrevistou o presidente do Brasil da Interbrand, empresa responsável pelo estudo, e uma coisa que chamou a atenção foi o fato de empresas de automóveis estarem tão bem no ranking, fato que não me surpreende, afinal carro híbrido, flex, combustível renovável e tantas outras alternativas que inventam faz o maior sucesso por ai como se fosse a solução dos problemas. Ou seja, a percepção das pessoas tem que ser alta mesmo. Só fiquei assustada com o o gap positivo que existe da Mercedes, o que será que ela tem feito tanto no quesito sustentabilidade e não tem divulgado? Tudo bem que o desempenho das marcas é medido a partir de declarações próprias, mas pra ser diferente quem estaria disposto a pagar por uma pesquisa dessa?

Midway

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Provavelmente as fotos das aves mortas com as mais variadas quinquilharias dentro delas não é uma grande novidade, você pode conferir todas no site do fotógrafo Chris Jordan.

O atol de Midway é um dos lugares mais remotos do planeta, fica no norte do oceano Pacífico entre o Japão e a América do Norte, ele fica perto daquele mar de lixo que existe no Pacífico, aí fica fácil de entender a quantidade de lixo encontrada dentro das aves por lá. E não é só dentro delas mas também em algumas área das ilhas é possível encontrar o lixo que chega do mar.

O fotógrafo Chris Jordan resolveu fazer um filme sobre Midway, segundo o site do projeto este é o trabalho de uma jornada visual poderosa no coração de uma espantosa tragédia ambiental muito simbólica. “Milhares de albratozes morrem nessa ilha por confundir com comida pedaços de plásticos que encontram no mar. As imagens são icônicas. O objetivo, no entanto, é olhar para além do sofrimento e da tragédia. No meio do Oceano Pacífico temos a oportunidade de ver o nosso mundo em contexto. No meio do caminho não podemos negar o impacto que temos sobre o planeta. Mas, ao mesmo tempo, ficamos impressionados com a beleza da terra e da paisagem sonora da vida selvagem que nos rodeia, e é aqui que podemos ver o milagre que é a vida nesta terra. Assim é com o conhecimento do nosso impacto aqui que devemos encontrar um caminho a seguir.” Tradução livre minha.

Aqui cabe perfeitamente o clichezão: imagens valem mais do que mil palavras, né? Nem preciso gastar muito tempo escrevendo para se sentir sensibilizado por elas. E não pense que por você viver no Atlântico Sul você não tem nada a ver com isso, sabe as correntes marinhas? Sabe os navios que cruzam o planeta transportando de tudo? É, esse é o mundo globalizado, não existe nada que não esteja interligado! Pense nisso antes de jogar aquela tampinha, aquele plastinho da bala ou o lacre de uma etiqueta na rua…

Você pode ver o trailer do filme abaixo.

Dica por e-mail do José Eli da Veiga.