Ci fora do eixo

Sejam bem vindas e bem vindos à série Ci fora do eixo.

Uma série histórica, 2011 a 2021, reunindo documentos, registros e estórias do processo de introdução, consolidação e expansão do pólo de ensino aprendizagem e pesquisa em Contact Improvisation na cidade de Campinas/SP, de 2011 até os dias atuais.

A palavra “pólo” é para chamar a atenção ao surgimento de um centro de atração. Pessoas de diferentes partes do país e do exterior passaram a procurar o trabalho realizado na cidade em torno do método de Improvisação de Dança conhecido em português como Contato Improvisação (CI) ao longo desta década.

O processo de consolidação do pólo é atravessado pelo surgimento da plataforma Mucíná – Aquela que Dança, em 2016, tendo seu início em 2011, quando cheguei da França para minha formação em pesquisa com duração de 5 anos no Programa de Doutorado em Educação da Unicamp. Sou a introdutora do CI em Campinas, quer dizer, sou a primeira profissional que trabalhou sistematicamente com o Contact Improvisation na região.

Contato Improvisação é um termo de múltiplas definições. Vamos pensá-lo a princípio como um método de Improvisação de Dança, que é o fim que mais temos dado a ele por aqui, sabendo que, assim como as definições, as finalidades também são múltiplas, abrangendo as áreas da Arte, da Saúde, da Educação e, mais recentemente, Organizacional. Na Mucíná – Aquela que Dança, onde coordeno metodologicamente as diferentes atividade, o Contato Improvisação é, acima de tudo, uma prática de educação.

O CI tem 1972 como seu marco temporal inicial, nos Estados Unidos, tendo em Steve Paxton o seu criador, na época um bailarino que mobilizou outros bailarinos profissionais em torno de suas pesquisas. Para saber mais veja outras postagens aqui no blog ou acesse a página do site da Mucíná, com uma tradução feita pelo site CI BRASIL da Contact Quarterly.

De 2011 a 2021 – uma década de trabalho

Uma década de trabalho acumulou muito registro: fotos, vídeos, flyers, textos de divulgação, planos de aula, cadernos de notas, entrevistas gravadas. 

É a primeira vez que um esforço de reunir os registros é feito e, neste momento, não há pretensão de análises. A organização de um banco de dados inicial, com imagens e relatos – estórias, para que no futuro esteja disponível e possa, aí sim, dar base a análises e sínteses menos óbvias, é o objetivo.

Comente e entre em contato: marilia.carneiro@alumni.usp.br

Boa viagem!

 

————– Projeto histórias e temporalidade do processo de consolidação de Campinas como um pólo de ensino e pesquisa em Contact Improvisation. Realização Mucíná – Aquela que Dança, produzido para o canal Cultura Abraça Campinas, com apoio de recursos da Secretaria Municipal de Cultura de Campinas ————— Inclui a série no blogs.unicamp.br/chao e o perfil na rede social instagram @ciforadoeixo

Mucíná - Aquela que Dança | marilia.carneiro@alumni.usp.br | Website | + posts

Doutora na área de Educação, Conhecimento, Linguagem e Arte (Brasil/UNICAMP, Canadá/UQAM e Moçambique/UEM), dançarina e coreógrafa indisciplinar, bacharelou-se em Dança na Faculdade Angel Vianna (Rio de Janeiro) e bailarina criadora no Ateliê Coreográfico sob a direção de Regina Miranda (RJ/NYC). É especialista em Saúde Pública pela Faculdade de Ciências Médicas da UNICAMP, mestre em Ciências da Saúde pela Escola Nacional de Saúde Pública da Fiocruz e atuou por 10 anos nas políticas públicas de saúde, inclusive a implantação do programa integral de atenção à saúde dos povos indígenas aldeados no Parque do Xingu, pela Escola Paulista de Medicina da UNIFESP. Na área da Dança trabalhou com muita gente competente no meio profissional internacional da dança contemporânea. É improvisadora mais do que tudo, bem que gosta de uma boa coreografia. Esteve em residência artística em Paris por 3 anos, com prêmio do Minc. Mulher de sorte, estudou de perto com Denise Namura & Michael Bugdahn, da Cie. À fleur de peau (Paris). Pela vida especializou-se no Contact Improvisation (Steve Paxton), onde conheceu as pessoas mais interessantes do mundo. Estudou pessoalmente com Nancy Stark Smith, Alito Alessi (DanceAbility), Daniel Lepkoff, Andrew Hardwood, Cristina Turdo e toda uma geração de colegas que começou ensinar Contact na mesma época que ela. Interessa-se por metodologia de pesquisa em arte, processos de criação de obras e ensino-aprendizagem e formação profissional em Improvisação de Dança. Estudou no Doctorat en études et pratiques des arts (Montreal, no Canadá) com o privilégio da supervisão de Sylvie Fortin. É formada no Método Reeducação do Movimento, de Ivaldo Bertazzo (BR). Seu vínculo com a Unicamp é de ex aluna da Faculdade de Ciências Médicas e da Faculdade de Educação. Suas pesquisas triangulam a dança contemporânea no Brasil, Canadá e Moçambique. Idealizou, fundou em 2016, e dirige a plataforma interdisciplinar de ensino e pesquisa em prática artística Mucíná - Aquela que Dança. E-mail: marilia.carneiro@alumni.usp.br

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