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Dia Latino-Americano e Caribenho de Luta contra a Violência à Mulher

Lendo hoje o Blog do Sakamoto percebi que a violência contra mulher não é só a física, essa é a única que salta nossos olhos e faz pensar sobre o assunto, mas as outras “agressões” sofridas por praticamente 100% das mulheres no mundo, pouca gente percebe, muitas vezes nem as próprias mulheres se dão conta.

Recentemente, assistindo um dos episódios do seriado Glee, acho que até agora o meu favorito, aborda as dificuldades que meninas, mulheres sofrem no mundo. Provavelmente essas dificuldades mostradas na série são as do tipo imperceptíveis para a grande maioria das pessoas e devem ser incomparáveis ao que a maioria das  meninas e mulheres devem sofrer no mundo oriental, árabe e em países em desenvolvimento.

O tema central do episódio é a Madonna, afinal trata-se de uma série musical, ela não foi apenas uma referência musical importante para a cultura pop, como eu achava, mas ela por meio de suas músicas levantou temas de muita importância para as mulheres e minorias. Infelizmente não consegui colocar minha cena inteira preferida aqui, mas acho que só os meninos cantando What is feel like for a girl (Como uma garota se sente) ajuda a pensar no que é ser mulher e todas as pressões e preconceitos por conta disso, pelo menos foi esse o efeito que esse clip teve em mim, nenhum homem sabe de fato como uma garota se sente.

Você mulher já parou para pensar nas pressões que sofre por ser mulher? Nas sutis agressões e ameaças que já sofreu? Ou até mesmo nas exigências que colocou a si mesma para ser mais forte? Ou até mesmo ao contrário como diz a música: “Strong inside but you don’t know it/ Good little girls they never show it/ When you open up your mouth to speak/ Could you be a little weak”?

Empresas, vocês REALMENTE sabem o que quer dizer sustentabilidade?

planeta terra 

Perdemos o Banco Real. Não sei se os clientes do banco realmente lamentam por isso, mas pra quem conhecia o case Real de sustentabilidade talvez seja alguma perda.

O Santander, comprador do Banco Real, provavelmente vai dizer que todas as práticas do Real de sustentabilidade foram mantidas e blablabla, mas qualquer um que conhecia das práticas do Real sabe que isso pode não ser bem verdade.

Vou usar um exemplo bem emblemático. Fórmula 1. O que a Fórmula 1 tem a ver com a sustentabilidade? Um esporte que transporta toneladas de equipamentos ao redor do mundo durante uns 8 meses do ano, que causa a maior poluição sonora, que queima combustível fóssil para ver quem chega mais rápido, que deve gerar uma quantidade louca de resíduos (alguém faz ideia com o que acontece com todos aqueles pneus usados nas corridas e treinos?)… Sustentável, hein? Nada contra Fórmula 1, nada mesmo, até costumo acompanhar pela tv de vez em quando, mas dizer que é um esporte sustentável é forçar bem a barra. Não que o Santander tenha dito isso, mas um banco que preza por ações que se preocupam com o futuro do planeta não tem nada a ver com o patrocínio de um esporte como esse… Ainda se fosse uma competição de vela…

Outra coisa que tem causado minha indignação… Empresas que fazem ações relacionadas a sustentabilidade e insistem no papo ação individual, economia de energia, reciclagem… Até quando as empresas vão ficar repetindo esse mantra?? Ação individual pode ajudar alguma coisa mas não vai NUNCA resolver o problema, economizar energia e reciclar não são o suficiente para conseguirmos melhorar a nossa situação no planeta. Quem DE FATO precisa mudar são as empresas e não apenas numa linha de produtos, mas em todo seu modo de produção e operação, por que será que é tão difícil de entender isso? Ok, ok, não é fácil, não é barato ser sustentável, nem tenho certeza se isso é lá muito possível, mas não me vem tentar tapar o sol com a peneira. Propagandear sustentabilidade não é sustentabilidade, nem aqui nem na China, onde acho que começam a se preocupar como tema…

Outra coisa também são os sites corporativos… Todos, TODOS (principalmente os relacionados com atividades industriais) tem em algum lugar de seus sites alguma coisa relacionada a sustentabilidade. Pode não dizer nada de concreto, mas tá aí no site que a minha empresa tem, tá? Seja lá o que de fato isso for.

Eu não gosto de ser assim rabugenta, não gosto mesmo, mas irrita ver todo mundo falando que está preocupado com o futuro do Planeta, mas de concreto mesmo só discurso, economia de energia e reciclagem, gente, vamos passar dessa fase, por favor? Quando vamos entender que a redução da população mundial e do consumo é que vão de fato fazer a diferença pra conseguirmos continuar com a espécie humana por aqui por mais algum tempo?

Imagem: http://www.flickr.com/photos/projectarchive/1232148672/

Jalapão II

Impressões aleatórias sobre o Jalapão e Palmas.

 

jalapao (97) Um “chuveirinho” típico do “deserto”do Jalapão.

 

  • Em Palmas adorei as feiras noturnas, fui na de domingo e achei fantástico ver algumas comidas típicas do Tocantins como a paçoca salgada, os caldos (que fiquei me questionando como eles conseguem tomar com todo aquele calor), os bolinhos de milho, o artesanato de capim dourado…
  • Infelizmente no meu pacote de viagem comida não foi o ponto alto, digo na variedade e diversidade. Eu esperava encontrar comidas típicas, muito peixe e algumas frutas da região. A única coisa de diferente que comi mesmo foi a paçoca salgada que fez parte do lanche da trilha de um dos dias e só. Não que a comida não fosse boa, mas a minha expectativa era outra.
  • As queimadas e a fumaça das queimadas. A paisagem da minha viagem ficou prejudicada por conta das queimadas… 🙁 O que se costuma ver no Jalapão é o céu azul e a visibilidade ótima, mas por conta da fumaça o céu estava meio acinzentado e a visibilidade prejudicada… Queimada não é só ruim pelas emissões de CO2 ou a destruição da floresta, também prejudica a beleza da paisagem.
  • Não vi sequer 1 único cartão postal pra vender, tanto em Palmas como no Jalapão. Quem me conhece sabe que eu gosto pra caramba de postais. E eu acho uma forma muito legal de divulgar o local.
  • Achei pouquíssimas informações, na verdade poucos relatos de pessoas na internet, sobre o passeio pelo Jalapão. Em tempos de web 2.0 isso é fundamental.

Jalapão I

Minha última viagem foi para o Jalapão, TO.  Um destino praticamente intocado ainda, se você quer visitar um local com pouca interferência do homem e portanto pouca estrutura turística, certeza que lá é o local.

Eu contratei uma agência de turismo em Palmas, a Ricanato, um pacote de 3 dias 2 noites. Gostaria de ter feito o pacote de 4 dias, mas como estava sozinha tive que me juntar a um grupo já formado (que coincidentemente eram todos da mesma cidade que eu).

Fui pra Palmas um dia antes da saída e o que mais me impressionou na cidade foi o CALOR! Não sei quantos graus estava aqui em SP antes de sair, mas cheguei lá e estava marcando nos termômetros algo em torno de 38C! Foi a primeira vez que eu senti o suor escorrer da minha testa enquanto eu estava sentada dentro de um ônibus! Pra variar, questionei a viabilidade de fazermos cidades em locais com temperaturas tão extremas assim, mas isso não vem ao caso para esse post…

Aproveitei para conhecer a blogueira Daiane do blog Vivo Verde que está em Palmas já tem quase 10 anos.

Mas vamos ao Jalapão que é o objetivo desse post.

Primeiro dia saímos de Palmas em direção à Ponte Alta do Tocantins, cidadezinha de uns 5 mil habitantes, conhecemos a cachoeira do rio Soninho, nadamos no rio Soninho, conhecemos a cachoeira da Fumaça e fomos na Pedra Furada no fim da tarde.

jalapao 011 Cachoeira do rio Soninho.

Todo o passeio é feito num carro 4×4 em estradas de terra, na verdade alguns trechos estradas de areia. A distâncias entre os atrativos é enorme, coisa de dezenas de quilômetros, portanto conhecer o Jalapão sem carro é quase impossível, digo isso por que já fui pra Chapada dos Veadeiros e conheci os atrativos mais importantes sem nenhum meio de transporte, só caminhada.

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Rio Soninho.

Se você não curte caminhada esse passeio é uma boa, o carro chega quase na porta de todos os atrativos visitados, mas prepare-se para rodar algo aproximado a 300 quilômetros por dia! Sim, pegada de carbono gigante, ainda mais se contarmos o voo de SP-Palmas. De novo questiono se num mundo sustentável podemos viajar assim pra tão longe, mas perder de conhecer essas belezas é muito triste.

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Cachoeira da Fumaça.

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Pedra Furada.

Segundo dia conhecemos a cachoeira do Lageado, a cachoeira da Velha, a prainha do rio Novo e as dunas do Jalapão. Dormimos em Mateiros, uma vila (acho que chamar de cidade um exagero), a cidade deve ter uns 2 mil habitantes.

jalapao Cachoeira do Lageado.

O único lugar com cara de parque, afinal o Jalapão é um Parque Estadual desde 2001, é na Cachoeira da Velha. Ou seja, quase não há sinalização, indicação dos atrativos ou explicações sobre cada um dos locais. A área é gigantesca e tenho certeza que o estado não deve dar conta de fiscalizar tudo. Pra se ter uma ideia na prainha do rio Novo tinha um pessoal acampado e que ainda levou o cachorro! 🙁

jalapao (25)Cachoeira da Velha.

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Prainha do Rio Novo.

Um dos lugares mais fantásticos na minha opinião foram as dunas do Jalapão. Principalmente por causa da cor delas. Vi em Natal e em Florianópolis dunas de areia branca e as imagens que vejo de grandes desertos é sempre de areias brancas ou na máximo amareladas, essas do Jalapão são alaranjadas, em determinados pontos com tons de salmão todo especial e único, é realmente lindo!

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Dunas do Jalapão. Com o córrego assoreado.

Infelizmente o córrego que passava no pé da duna foi assoreado. Não sei dizer até que ponto o processo foi natural ou se tem um dedinho do homem nesse processo, mas veja a foto de como era antes.

duas Dunas do Jalapão antes do assoreamento do córrego.

O terceiro dia foram os highlights da viagem! Pelo menos na minha opinião a cachoeira da Formiga e o Fervedouro são dois locais que dificilmente se vê em outros lugares. Aliás, acredito que o Fervedouro seja de fato um fenômeno único. Lá é o que se chama de ressurgência, a água brota da areia e quando você entra nesse “lago” pa
rece que você vai afundar numa areia movediça, mas a pressão da água saindo de lá tão grande que não deixa você afundar, é muito curioso e divertido!

jalapao (109)Fervedouro.

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Cachoeira da Formiga.

E por fim o famoso Capim Dourado, aliás deve ser esse o principal motivo da divulgação do Jalapão. Fomos no povoado onde a arte com esse “matinho” começou numa então comunidade quilombola, Mumbuca.

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Comunidade Mumbuca.

Volto depois com mais dicas e impressões da viagem, ok?

A importância da educação científica para a sustentabilidade

José Eli da Veiga fala da importância da educação científica para um maior envolvimento das pessoas na construção de um meio ambiente mais equilibrado para todos. Se não quiser ver o bloco inteiro da entrevista você encontra essa fala a partir de 4´56´´.

Política e Sustentabilidade

Política tem tudo a ver com sustentabilidade ou seria sustentabilidade que tem tudo a ver com política? De qualquer forma resolvi falar desse assunto aqui.

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Foto: Cacá Meirelles

Vou votar na Marina Silva, pra quem me segue na internet isso não é novidade nenhuma e na verdade nem acho que deva justificar, explicar ou defender meu voto aqui, acho que cada um tem o direito de escolher seu candidato da maneira que lhe convir, mas um dos motivos que me fez escolhê-la como candidata é a sua defesa pelo meio ambiente sem sombra de dúvida. PT e PSDB não se preocupam com esse tema, não como eu acredito que um governo deveria, eu vejo a Marina como uma candidata que realmente sabe e acredita que meio ambiente e economia, meio ambiente e desenvolvimento são compatíveis e devem conversar, aliás a vejo como uma candidata que sabe que o mundo não está dividido em caixinhas separadas em assuntos limitados e isso eu percebi nas diretrizes de governo dela.

 

Mas a principal razão desse meu post é falar de um assunto que não é cultura no Brasil e acho seriamente que deveria começar a ser discutido: Por que cidadãos comuns devem doar para campanhas de políticos.

Aqui no Brasil não temos a cultura de fazer doações para campanhas políticas, aliás a grande maioria das pessoas não entende por que isso é tão importante. Como infelizmente não confiamos nos nossos políticos obviamente não vamos doar o nosso dinheiro para suas campanhas, eles já tem dinheiro demais, não precisam do nosso, certo?

Agora você já parou para pensar por que algumas leis são aprovadas e que ao invés de beneficiar a maioria das pessoas acaba apenas beneficiando pequenos grupos ou empresas? Sabe de onde vem toda essa força? Do dinheiro doado por eles para as campanhas dos políticos. De verdade, rola um ciclo vicioso, os políticos precisam de dinheiro para fazer suas campanhas e poderem se elegerem, as empresas tem dinheiro e precisam de leis que as beneficiem e para isso financiam os candidatos que irão favorecê-las.

Como converter isso e fazer com que os políticos de fato possam tomar suas decisões pensando na população e não em pequenos grupos e empresas? Se o político sabe que terá dinheiro de seus eleitores para suas campanhas poderá governar livremente e não ficará dependente de dinheiro de alguns pequenos grupos. Ele poderá pensar nos desejos e necessidades dos seus eleitores, afinal são eles quem o ajudaram a chegar lá. Não se iluda, nenhum político consegue ocupar um cargo eletivo sem ter dinheiro, para poder ser conhecido e assim convencer as pessoas a votarem nele ele precisa de dinheiro pra chegar até elas. E certamente que você vai preferir que esse dinheiro seja seu para que ele defenda os seus interesses do que de grandes empresas, não?

Receber doações de várias fontes, mesmo que pequenas, é fundamental no aprimoramento da democracia e favorece a independência do candidato com relação aos grandes doadores.

Por isso é importante escolher bem seu candidato e ajudá-lo financeiramente para que você tenha a garantia de que seus interesses serão defendidos. Se você não doar, certamente empresas doarão e ai ninguém garante que você será prioridade na hora que seu político tiver que tomar alguma decisão.

Vamos falar a verdade, seu voto é de extrema importância, mas não é só ele que garante o comprometimento de um político com as causas que realmente são importantes para você.

 

Seja lá qual for seu candidato ajude-o financeiramente para que possamos cada vez mais garantir que as políticas desse país não fique nas mãos de grandes empresas que financiam nossos políticos, mas da população que o elege.

A espera da evolução

É uma evolução as pessoas passearem com seus cachorros na rua e recolherem as fezes dos cães, afinal tem muita gente que nem isso faz. Mas ainda falta para pessoas fazerem o serviço completo… Veja as fotos (sem muita qualidade eu sei) do que eu vejo no caminho de casa para o trabalho em São Paulo.
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Ok, ok, as pessoas não pisam mais nos montes no meio das calçadas, mas jogar o saco com as fezes do seu cachorro no terreno baldio do meio do caminho, no cantinho da árvore não vai fazer o lixo desaparecer, né? É tão difícil de entender isso? Será que só eu não gosto de ver sujeira na rua? Só eu me sinto incomodada com um monte de saquinhos amontoados ou jogados pelo caminho? Mudar o lixo de lugar resolve?
Quando eu via fraldas descartáveis e lixo jogados pelo meio das favelas até podia entender que faltava um pouco de educação e até de noção para as pessoas, mas num bairro relativamente nobre de São Paulo ver isso me faz pensar que educação e noção falta para todo mundo. Quando vejo essas coisas me sinto um pouco mais pessimista em relação a mudança de comportamento das pessoas, mas vou ter fé e crer que faz parte da evolução do ser humano.

Comentários

Lendo a revista Página 22 desse mês fiquei morrendo de vontade de compartilhar a coluna “Não aguento mais rúcula”, este é um daqueles textos que eu gostaria de ter escrito. O exemplo usado para explicar biodiversidade é na minha opinião o que de fato vai pegar para a maioria das pessoas que hoje usufruem de conforto no mundo com o aquecimento global, falta de opções na hora de comer, não que hoje a variedade seja lá muito grande… Aliás, mesmo se o aquecimento global não estivesse acontecendo dificilmente acredito que a nossa diversidade no prato seria muito maior, culpa, claro, das indústrias alimentícia e agrícola que mandam e desmandam no nosso prato (exatamente igual a indústria da moda faz com as nossas roupas). Vale a leitura!

 

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Plankton1 Fotomontagem com organismos pertencentes ao plâncton (via Wikipedia)

Outra coisa que eu li também na revista, mas não encontrei pra linkar aqui, foi uma nota falando de um site de postas irlandês que criou a categoria “BP Special Bettings” e está/estava aceitando apostas de qual será a primeira espécie a entrar em extinção por conta do acidente com a plataforma de petróleo no Golfo do México. Dei uma pesquisa no google e parece que o site de apostas não está mais aceitando apostas para essa categoria (se é que eu encontrei o site certo). De qualquer forma a nota dizia que os candidatos favoritos para a extinção eram uma tartaruga e o atum-azul.

Lembro uma vez fazendo um curso de perícias ambientais e num caso que o palestrante havia sido convidado a ser perito e uma das perguntas que ele tinha que responder em seu laudo era: “Quantas e quais espécies foram afetadas como derramamento de óleo no local?” Meu professor de paleontologia especialista em foraminíferos, antes que o palestrante dissesse a resposta que ele deu, perguntou: Do mundo visível ou mundo invisível?

Uma coisa que a grande maioria das pessoas não sabem é que a importância da biodiversidade nem sempre está sempre ligada de fato aos animais bonitos, grandes e mais famosos. Preservar a fauna invisível dos mares é tão ou mais importante que salvar as tartarugas, as baleias ou os tubarões. Os plânctons são a base da cadeia alimentar marinha, sem eles não seria possível que muitos dos animais grandes e bonitos existissem (na verdade não sou a pessoa mais indicada para discorrer sobre a real importância da microfauna marinha, por isso cobrem dos biólogos do Science Blogs Brasil posts sobre isso). Acho sempre importante lembrar que biodiversidade não é só salvar os ursos polares, as tartarugas ou os elefantes, talvez conseguir sensibilização das pessoas para salvar esses animais pode ajudar a preservar seus habitats e de lambuja tudo mais que tem lá, mas as ligações da natureza são bem mais profundas e delicadas, muitas vezes estamos destruindo e extinguido o que não vemos e nem sabemos o que existe. O post do Discutindo Ecologia Salvem as lampreias! ilustra um pouco essa ideia.

Reserva Salto Morato

A convite da Fundação O Boticário eu e mais 9 blogueiros fomos conhecer a Reserva Salto Morato que pertence a Fundação. Foi a primeira vez que visitei uma RPPN (Reserva Particular do Patrimônio Natural), o que nada mais é que um parque natural particular, mas nesse caso, aberto ao público.

Fizemos duas trilhas, uma que conhecemos o Salto Morato, uma queda d’água de 100m de altura.

fundacao boticario 029 Salto Morato

E uma trilha que nos levou a uma figueira centenária na beira de um córrego.

fundacao boticario 074 Figueira

Essa reserva fica no litoral norte do Paraná, na cidade de Guaraqueçaba. A viagem faz parte da campanha “Qual a paisagem você quer proteger?”, que você pode participar no site da Fundação O Boticário enviando a sua paisagem que poderão se tornar parte do calendário do ano que vem da Fundação.

Depois do passeio, já em casa, fiquei pensando que precisamos muito evoluir esse conceito de parques. A idéia de guardar uma área cercada e protegida em algum canto do mundo me parece pouco eficiente ou até mesmo antiga. A gente na verdade evoluiu dos zoológicos quando a gente tira/tirava os animais de seu habitat e tenta/tentava recriá-lo em outro lugar. E agora fazemos parques, em que a gente cerca uma área e a torna intocável. De verdade não acho que uma área isolada de tudo e de todos em que as pessoas podem visitar de vez em quando uma maneira de melhorar nossa relação com a natureza, infelizmente esse foi o único jeito que encontramos pra não destruí-la, será que para não destruirmos mais a natureza temos que nos manter longe dela? Relação complicada essa a nossa, hein?

Eu sei que não é toda e qualquer cidade que pode se dar ao luxo como o Rio de Janeiro que tem uma floresta em seu perímetro urbano, a linda Floresta da Tijuca, mas precisamos urgentemente encontrar novas formas de restabelecer esse contato com a natureza, acredito que nos mantermos tão longe dela não é a única solução.

 

E os posts dos outros blogs já publicados sobre a viagem são:

Coluna Zero – Belas #paisagens da Reserva Natural Salto Morato no Paraná

Radar Verde – Reserva Natural Salto Morato – Paraná

Discutindo Ecologia – RPPN Salto Morato – Fundação O Boticário

Temas de meio ambiente da década

Inspirada por esse texto Top Environmental Issues of the Decade, 2000-2009 resolvi fazer o meu Top 10 sobre temas de meio ambiente. Os assuntos não estão listados em ordem de importância. Vamos lá:

 

1 – Aquecimento Global

Obviamente que esse tema vai aparecer em 11 de 10 listas como essa, esse é o tema do momento e até a ONU se empenha pra tratar desse assunto, não que isso necessariamente resulte em algo de concreto…

2 – Meio ambiente é assunto

Hoje em dia meio ambiente não é mais coisa de ecologista, hippie e gente alternativa. As pessoas discutem e de certa forma até tentam fazer alguma coisa as vezes, mas ainda tem muita gente achando isso bobagem, infelizmente.

3 – Responsabilidade social e ambiental das empresas

Algumas empresas entenderam que só lucro não é o objetivo único de sua existência, é possível fazer mais que dar lucro e ainda sair ganhando e logicamente aqui não estamos falando de filantropia. Mas qualquer grande empresa sabe que esse assunto é importante para sua marca, no mínimo.

4 – Marina Silva candidata a presidente do Brasil

Quem diria que a ex-ministra do meio ambiente sairia candidata a presidente pelo Partido Verde, esse fato deu uma opção diferente em quem votar nas próximas eleições.

5 – Maquiagem Verde

Esse tema é consequência do assunto do momento ser meio ambiente. Fala-se tanto disso que todo mundo quer fazer parte da moda, quer de alguma forma ser parte da onda, ai aparecem empresas e pessoas se fantasiando de verde pra se sentir parte do assunto, nem que seja de maneira torta.

6 – Biocombustíveis

Aqui no Brasil é a menina dos olhos de muita gente. E toda essa gente acha que é a solução de muitos problemas. Vou logo adiantado pra quem gosta de se iludir, biocombustíveis não é solução pra muita coisa, aliás em alguns aspectos pode até ser sinônimo de problemas. Esse tema requer muito cuidado.

7 – Sustentabilidade

Essa é a palavra da década sem sombra de dúvida. E como toda palavra usada sem critério vai cair na banalização, vão ter que arranjar uma outra pra substituí-la até o fim dessa nova década.

8 – Desastres ambientais

Aqui eu coloco todos os tipos de desastres, causados ou não pelo aquecimento global, por imprudência e descaso do homem ou que acontecem naturalmente. Não sei se por conta da globalização, da internet ou as duas coisas juntas esses desastres não parecem tão distantes e a gente tem uma noção melhor de como afetam a vida das pessoas.

9 – Economia Verde

Seria essa a palavra substituta da sustentabilidade? Nesse tema englobam o emprego verde, os produtos verdes, o dinheiro verde (ops, esse já verde…) e tudo mais que pode ficar verde… Esse assunto começou nessa década, mas com certeza ainda vai ter vida longa nas próximas…

10 – Desmatamento

Acho que essa década que passou nunca se falou tanto de desmatamento, na grande maioria das vezes da Amazônia, provavelmente não deve ter sido a década que mais se desmatou no Brasil, mas com certeza foi a década que mais se falou disso e condenou essa prática.