E essa combinação dá certo?!
Pode ser surpreendente para a maioria, mas SIM. Pode ser uma boa parceria. Veja mais no novo vídeo de nosso canal:
Especial: Saurópodes!
Muitas das questões sobre dinossauros que nos chegam por e-mail são relativas aos dinossauros popularmente conhecidos como “pescoçudos”. Entre eles, estão incluídos os famosos braquiossauro e o quase lendário brontossauro.
Diplodocus, arte de Phil Wilson. (http://www.artrep1.com)
Cientificamente, os dinossauros chamados de “pescoçudos” são conhecidos como “saurópodes”, e surpreendentemente, são mais proximamente relacionados às Aves do que, por exemplo, os dinossauros “bicos-de-pato” (hadrossauros)!
Os dinossauros saurópodes ficaram especialmente famosos pelo notável tamanho alcançado por algumas espécies, cujas estimativas alcançam até 40 metros de comprimento, como é o caso do argentinossauro. Alguns pesquisadores ousados sugerem a existência de um animal de quase 60 metros, mas até que ponto esse monstro gigantesco seria realidade?
É importante lembrar que nem todos os saurópodes foram titãs colossais, porém o gigantismo sem dúvida moldou a evolução dessas criaturas, com a seleção de adaptações físicas e biológicas surpreendentes. Como afinal funcionavam essas máquinas vivas?
Os saurópodes estão entre algumas das criaturas mais impressionantes que já caminharam sobre o planeta Terra e incluem os maiores herbívoros terrestres que já existiram. Procurando elucidar várias curiosidades e dúvidas sobre esses animais, convidamos o nosso colega Bruno A. Navarro, que em 2015 defendeu seu trabalho de conclusão de curso sobre aspectos da anatomia e ecologia desses animais. Bruno faz parte da equipe de pesquisa do Museu de Zoologia da USP de São Paulo (MZ-USP) e nesse BoneCast procurou elucidar algumas das questões mais comuns sobre os dinossauros saurópodes.
Vocês estão convidados a deixarem perguntas em nosso canal do YouTube, que serão lidas e respondidas pelo Bruno, outros pesquisadores convidados, e nossa equipe, na medida do possível.
Veja o vídeo AQUI:
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–> Este vídeo foi gravado antes do anúncio da descoberta de mais um gigante colossal na Argentina: um titanossauro ainda sem nome, que, de acordo com estimativas ainda não oficialmente publicadas, seria maior que o argentinossauro. Para saber mais sobre essa criatura, assista o documentário “Attenborough and the Giant Dinosaur” (BBC, 2016) (você pode assistir AQUI).
–> Leia mais sobre o misteriodo gigante Amphicoelias aqui: “The fragile legacy of Amphicoelias fragillimus (Dinosauria: Sauropoda; Morrison Formation – Latest Jurassic)” https://peerj.com/preprints/838.pdf
Novo livro de ficção envolve aventura com dinossauros brasileiros
Hoje temos a honra de anunciar o lançamento do livro “Realidade Oculta”, de autoria de Tito Aureliano, um dos membros de nossa equipe!
“Realidade Oculta” é um livro de ficção científica, aventura e suspense, que envolve Paleontologia, viagem no tempo e dinossauros brasileiros.
A trama começa quando o diário de uma velha senhora do século XIX é encontrado, recuperado de um antigo manicômio. O diário revela, com muitos detalhes, uma incrível história sobre viagem no espaço-tempo, em que um grupo de pessoas é carregado para o período Cretáceo. Perdidos, eles procuram sobreviver e encontrar um meio de retornar, enquanto buscam entender o que… ou quem… os levou para lá.
Apesar de uma ficção, o livro foi escrito de uma forma ultra-realista e você poderá se sentir na pele da personagem principal. Recheado de mistério e suspense, o livro também traz alguns trechos aterrorizantes e outros de pura reflexão e admiração. Você não vai querer parar de ler!
Por fim, como foi escrito por um cientista, aproveite para ter uma visão realista sobre dinossauros e o período Cretáceo. Entenda o mundo pelos olhos de um paleontólogo! E corra, corra muito para sobreviver.
Você está preparado para sua viagem no tempo?!
Embarque já nessa aventura!!
Um dia após o lançamento e realidade oculta je está entre os dez e-books de ficção científica mais vendidos do Brasil!!
Conheça mais sobre o livro aqui:
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[youtube_sc url=”https://www.youtube.com/watch?v=7DGSIm72ZhA”]
/// ATUALIZAÇÃO 30/03/2016
Boas notícias aos fãs de R.O. Vamos ganhar uma edição completamente nova com o selo de ‘Novos Talentos da Literatura Brasileira’. A edição definitiva será publicada em larga escala nas maiores livrarias do Brasil, pela Editora Novo Século, na segunda metade de 2016. As vendas das versões originais foram encerradas, a data do lançamento da nova versão será divulgada a qualquer hora. Fiquem ligados!
Ilustração do Carcaro da capa por Marcos Paulo.
Concurso de arte relâmpago! Com prêmios!
Concurso de arte relâmpago dos Colecionadores de Ossos. Valendo prêmios!
Lançamos esse desafio para comemorar o lançamento do livro REALIDADE OCULTA, de Tito Aureliano. Um livro que envolve viagem no tempo e dinossauros brasileiros!
Veja aqui como participar da competição:
Enviem suas artes para nosso e-mail até o dia 24!
Nosso e-mail: colecionadoresdeossos@gmail.com
Página dos Colecionadores de Ossos: https://www.facebook.com/colecionadoresdeossos/
Fan page do livro Realidade Oculta: https://www.facebook.com/r.o.descubraverdade/?fref=ts
O dia a dia e suas tragédias…
Texto de Rafael Souza
Recentemente, próximo a região central de Minas Gerais, um trágico episódio de destruição e caos decorrente do descaso público, má gestão empresarial e ganância excessiva sem preocupação ambiental/social pode ser observada, e infelizmente vivida por alguns. A tragédia que me refiro foi o rompimento da barragem da empresa Vale, que tinha por objetivo represar a água oriunda dos processos de prospecção mineral ali próximo.
Graças a tal tragédia conseguimos ver, em questão de dias, o soterramento de um dos rios mais importantes de Minas Gerais. Resultado disso houve uma grande perda biológica tanto de fauna e flora ao longo do curso do rio, bem como a liberação de toneladas de lama com metais pesados na costa de nosso país. No entanto, um dos mais preocupantes fatores oriundos dessa tragédia foi a quase completa destruição do leito do rio.
A questão é, se mais nenhuma intervenção humana for feita e o ambiente em questão não sofrer grandes alterações geológicas (alterando assim seu nível de base e espaço de acomodação) essa tragédia poderá ser imortalizada em uma camada de rocha daqui a alguns milhares de anos.
Isso nos arremete a uma das mais interessantes discussões no âmbito cientifico que são as Teorias que buscam explicar os processos evolutivos tanto da geologia da Terra como de suas formas de vida. Basicamente existem duas propostas mais famosas e que por muito tempo foram vistas como antagônicas: o Catastrofismo proposto por Cuvier e o Uniformitarismo proposto por Hutton.
O Catastrofismo de Cuvier, como o próprio nome sugere, propõe que o relevo da Terra, entenda por conformação geológica, deveria ser explicada por eventos catastróficos de grande porte. Segundo essa visão, apenas grandes eventos seriam “fortes” o suficiente para deixar depositar grandes camadas e então se transformarem em rocha ao longo da diagênese. Essa mesma teoria também foi aplicada à biologia para explicar diversos processos evolutivos observados.
Dentre as evidências a favor dessa linha de pensamento seriam as grandes catástrofes naturais que alteraram de maneira significativa o curso evolutivo da vida, e devido a sua magnitude seriam mais facilmente preservadas nas camadas da Terra. Podemos incluir também catástrofes que geraram grandes eventos de extinção em massa, como por exemplo, a grande extinção do K/Pg que eliminou todas as espécies de dinossauros não-avianos e, segundo propostas, possibilitou a grande diversificação das espécies de mamífero no Paleoceno.
O Uniformitarismo de Hutton propõem que o registro geológico observado atualmente é conseqüência de uma série continua, lenta e gradual de eventos cotidianos. Sendo assim, a deposição de sedimentos que observamos em rios e lagos ao longo de séculos nos resultaria em rochas equivalentes ao que observamos em alguns afloramentos. Já para a biologia um dos grandes defensores dessa teoria foi o próprio Darwin que por meio da seleção natural propunha que, por exemplos, oo longo da tokogenia das espécies os indivíduos iam lentamente se modificando por meio da descendência com modificação à medida que se adaptavam as mudanças ambientais. Além disso, uma das grandes contribuições de tal teoria foi que os eventos que ocorreram no passado estão sujeitos as mesmas forças naturais que observamos no presente e isso é valido tanto para a geologia quanto para a biologia.
Hoje temos uma noção razoável de que ambas as teorias tem sua influência no decorrer evolutivo da Terra e que a predileção por uma ou outra sem considerar todas as evidências disponíveis pode tendênciar a interpretação por parte dos pesquisadores e fazer com que hipóteses menos favoráveis sejam eleitas. Por exemplo, atualmente temos uma melhor compreensão que tanto a extinção dos dinossauros não-avianos quanto a radiação dos mamíferos foram eventos que fortemente apresentaram contribuições explanatórias das duas Teorias discutidas a cima. Sendo que os dinossauros não-avianos aparentavem apresentar um declínio significativo em seu número de espécies à medida que se aproximava do final do Cretáceo enquanto, em contra partida, os mamíferos já apresentavam um crescimento em seu número de espécies. Sendo assim a catástrofe de extinção em massa do K/Pg pode ter sido apenas um catalisador para todas essas mudanças. Mas uma coisa é certa, se a catástrofe não tivesse acontecido o mundo certamente seria diferente do que observamos atualmente.
Agora retomando nossa catástrofe, resta aguardar os próximos anos para podermos vislumbrar o verdadeiro impacto que causamos a nossa fauna e flora e torcer para que tal cicatriz seja não só eternalizada na história de nosso planeta como na nossa própria história e que essa tragédia nos faça refletir sobre nossa prepotência e nos ajude a nos tornarmos seres mais respeitosos uns com os outros e principalmente com as outras formas de vida.
O autor:
Rafael Gomes de Souza
Graduado em licenciatura e bacharelado em Ciências Biológicas pela Universidade Federal de Uberlândia e mestre em Zoologia pelo Museu Nacional/UFRJ. Desenvolve pesquisas na área de sistemática e paleontologia, principalmente com crocodilianos fósseis e aspectos filosóficos da sistemática.