Imagens para o imaginário – a cidade entra na dança

Esse final de semana fiz uma grande caminhada pela cidade de Maputo, tendo transmitido em tempo real para os internautas, através do Histories do Instagram (@mariliacarneirodanza), as imagens da paisagem urbana maputense.

Experimentar a cidade é parte do meu método de pesquisa, pois o encontro com a vida na cidade fora dos estúdios de dança se revelou como fundamental para a compreensão das obras coreográficas aqui criadas, do pensamento coreográfico em jogo e da fisicalidade e treinamento dos bailarinos, principalmente no que tange à improvisação.

Do texto da tese:

Maputo designa a cidade capital nacional de Moçambique, país colônia liberta de Portugal em 1975, dois anos antes do meu nascimento. Outrora Maputo se chamou Lourenço Marques e a cidadã maputense, laurentina. Virou nome de cerveja: a Preta mais gostosa de África4. Maputo está no chão da Terra aos 25 graus 58 minutos Sul 32 graus 35 minutos Leste5, numa região conhecida como África Austral. É para la que iremos!

Para dar forma a seu imaginário, veja aqui algumas fotografias.

Mucíná - Aquela que Dança | marilia.carneiro@alumni.usp.br | Website | + posts

Doutora na área de Educação, Conhecimento, Linguagem e Arte (Brasil/UNICAMP, Canadá/UQAM e Moçambique/UEM), dançarina e coreógrafa indisciplinar, bacharelou-se em Dança na Faculdade Angel Vianna (Rio de Janeiro) e bailarina criadora no Ateliê Coreográfico sob a direção de Regina Miranda (RJ/NYC). É especialista em Saúde Pública pela Faculdade de Ciências Médicas da UNICAMP, mestre em Ciências da Saúde pela Escola Nacional de Saúde Pública da Fiocruz e atuou por 10 anos nas políticas públicas de saúde, inclusive a implantação do programa integral de atenção à saúde dos povos indígenas aldeados no Parque do Xingu, pela Escola Paulista de Medicina da UNIFESP. Na área da Dança trabalhou com muita gente competente no meio profissional internacional da dança contemporânea. É improvisadora mais do que tudo, bem que gosta de uma boa coreografia. Esteve em residência artística em Paris por 3 anos, com prêmio do Minc. Mulher de sorte, estudou de perto com Denise Namura & Michael Bugdahn, da Cie. À fleur de peau (Paris). Pela vida especializou-se no Contact Improvisation (Steve Paxton), onde conheceu as pessoas mais interessantes do mundo. Estudou pessoalmente com Nancy Stark Smith, Alito Alessi (DanceAbility), Daniel Lepkoff, Andrew Hardwood, Cristina Turdo e toda uma geração de colegas que começou ensinar Contact na mesma época que ela. Interessa-se por metodologia de pesquisa em arte, processos de criação de obras e ensino-aprendizagem e formação profissional em Improvisação de Dança. Estudou no Doctorat en études et pratiques des arts (Montreal, no Canadá) com o privilégio da supervisão de Sylvie Fortin. É formada no Método Reeducação do Movimento, de Ivaldo Bertazzo (BR). Seu vínculo com a Unicamp é de ex aluna da Faculdade de Ciências Médicas e da Faculdade de Educação. Suas pesquisas triangulam a dança contemporânea no Brasil, Canadá e Moçambique. Idealizou, fundou em 2016, e dirige a plataforma interdisciplinar de ensino e pesquisa em prática artística Mucíná - Aquela que Dança. E-mail: marilia.carneiro@alumni.usp.br

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