#Divã da pós – Ritmos de trabalho.

Passadinha rápida para compartilhar mais uma verdade transformada em quadrinho por Jorge Cham!

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Eu alterno entre “Robô” e “OK, talvez você defenda sua tese”, e vocês?


Adaptação do sempre ótimo PhD Comics.

ps: favor desconsiderar minha inaptidão para com editores de imagem.

Será que ele é?

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Hunf, tolerância tem limite…

Essa tirinha foi traduzida do ótimo Saturday Morning Breakfast Cereal e inaugura os posts relacionados ao Desafio 10:23, um protesto em que ativistas em mais de 10 países se reunirão no fim de semana de 5-6 de fevereiro de 2011 para
esclarecer que:

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Querem saber mais? Acessem http://1023.haaan.com/ e saibam tudo sobre a ação!

ps 1: Culpem o GIMP e suas fontes gringas pela falta de acentuação, eu juro que tentei encontrar uma fonte boa que as aceitasse.

ps 2: Por favor, não me façam explicar a piada da tirinha. Sério.

O que rolou na ciência HOJE: 27 de janeiro

Giordano Bruno

Giordano Bruno

Compilação de acontecimentos importantes na história da ciência, via Wikipedia

1593 – O Vaticano abre o processo contra Giordano Bruno.[Monge e estudioso que percebeu que a Terra que circunda o Sol e acabou queimado na fogueira. A estátua em sua homenagem é uma das mais fortes para mim]

1880Thomas Edison patenteia a lâmpada eléctrica, sob o número 223898.[Esse cara era bom. Um pulha, mas bom]

1888 – É fundada a National Geographic Society nos Estados Unidos, com o propósito de incrementar e difundir os conhecimentos geográficos. [Grande NatGeo. Quem não conhece ou nunca viu nenhuma foto deles está perdendo as coisas mais lindas do mundo!]

1967 – Os astronautas estadunidenses Edward Higgins White II (n. 1930), Roger Bruce Chaffee (n. 1935) e Virgil I. Grissom (n. 1926) morrem num incêndio ocorrido dentro da nave do Projeto Apollo, que ficou conhecida como Apollo 1. [Isso que dá correr mais que as pernas. Se você soubesse como essas missões eram precárias ficaria espantado]

2010 – É lançado nos Estados Unidos o iPad, tablet da Apple. [Ainda não sei pra quê que serve, a não ser pra ler quadrinhos]

Nascimentos:

1839Adolphe Marie Carnot, químico francês (m. 1920).[Cientista e político. Deveríamos ter mais perfis como este]

1903John Carew Eccles, neurofisiologista australiano (m. 1997).[Estudou os impulsos nervosos e levou o Nobel por isso um ano depois do Crick e Watson terem levado pela descoberta da estrutura do DNA.]

1936Samuel Chao Chung Ting, físico estadunidense e Prémio Nobel de Física.

Mortes:

1967

O que rolou HOJE na ciência: 26 de Janeiro

Compilação de acontecimentos importantes na história da ciência, via Wikipedia

Nascimento:

1884Roy Chapman Andrews, naturalista, zoólogo, cientista explorador e escritor estadunidense (m. 1960).

1911Polykarp Kusch, físico alemão (m. 1993).

1947Robert Cailliau, engenheiro belga e cientista da computação, co-inventor da WWW com Tim Berners-Lee.

Morte:

1823Edward Jenner, médico inglês, inventor da vacina (n. 1749).

O que rolou HOJE na ciência. 25 de janeiro

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Parabéns para Michelle, lutadora de luta-livre! Queria o que? a foto do Thomas Edison?!

 

Compilação de acontecimentos importantes na história da ciência, via Wikipedia

Eventos:

1881Alexander Graham Bell e Thomas Edison formam a Companhia Telefónica Oriental.

1934 – Fundação da Universidade de São Paulo. [meu bem, meu zen, meu mal]

1994 – Lançada a Sonda Clementine.

 

Nasceram:

1627Robert Boyle, físico inglês (m. 1691). [Lembra de ácido-básico da escola?]

1736Joseph-Louis de Lagrange, matemático francês (m. 1813). [o cara virou professor de matemática aos 16 anos!]

1913Ilya Prigogine, químico russo (m. 2003). [Nobel merecido. Termodinâmica e sistemas complexos são assuntos que dão pano pra manga]

1949Paul M. Nurse, bioquímico inglês. [presidente da Royal Society, instituição de respeito]

 

Morreram:

1899Alfredo d’Escragnolle Taunay, escritor, político, historiador e sociólogo brasileiro (n. 1843).

1995Albert W. Tucker, matemático canadense (n. 1905). [ inventou o “divertidíssimo” Dilema do Prisioneiro e deu aula para o Jonh Nash do Mente Brilhante]

O caso dos aminoácidos perdidos…

A motivação desse texto vem de uma reportagem sobre a possibilidade de alguns aminoácidos serem provenientes do espaço, na qual senti necessidade de corrigir alguns escorregões:

  1. “Os aminoácidos são importantíssimos porque ajudam a compor as proteínas, indispensáveis para a existência de todas as formas de vida no nosso
    planeta.”
  2. “Ao estudar os fragmentos de um meteorito… descobriram… aminoácidos do tipo canhoto.” (nunca ouvi aminoácidos D e L serem chamados “destros” e “canhotos”, alguém pode confirmar?)
  3. “Na Terra, todos os seres vivos têm aminoácidos canhotos… Mas isso não quer dizer que a versão destra seja impossível
    por aqui. Cientistas já conseguiram sintetizá-la em laboratório.”

Sabemos que os aminoácidos são moléculas que, interligadas,
formam a cadeia principal de todas as proteínas. Ao contrário do comentado na reportagem, não é uma questão de
“ajudar a compor” e sim de definir. Desse modo, sem os os aminoácidos simplesmente não há proteína.

Aproveitando o tema, existem dois “causos” relacionados aos aminoácidos que me incomodam demais há algum tempo:

  1. Por que quase ninguém fora da área de proteínas reconhece a existência de 2 aminoácidos “extras” além dos 20 clássicos?
  2. O que diabos há com um mundo em que ainda é comum encontrar a frase “os L-aminoácidos são os únicos presentes nas proteínas” e suas variáveis?

O mistério dos aminoácidos proscritos
Os dois aminoácidos nunca citados são a selenocisteína e a pirrolisina. Pode-se imaginar que os dois sejam resultado de alguma modificação pós-traducional, ou seja, a informação para sintetizá-los não estaria no DNA mas seria um produto indireto da expressão genética. No entanto, dados científicos já demonstraram que ambos são codificados como os 20 aminoácidos “clássicos”. Por que continuamos com o padrão “existem 20 aminoácidos codificados pelo nosso genoma”?

Uma explicação óbvia poderia ser: “o conhecimento é muito novo, por isso ainda não foi incorporado aos livros e é desconhecido por gente fora da área”.

Essa justificativa pode ser válida para a pirrolisina, identificada em bactérias do gênero Methanosarcina apenas em 2002, mas no caso da selenocisteína esse conhecimento está disponível desde a década de 1960! Qual é a explicação?

Aminoácidos através do espelho

Quem já estudou Biologia e nunca ouviu a frase “todos os aminoácidos biológicos (com exceção da glicina) são L-aminoácidos”?

quiral.jpgA nomenclatura D ou L vem da comparação estrutural com a molécula quiral do gliceraldeído. Quiral é o nome dado a moléculas que possuem um átomo de carbono ligado a 4 grupos químicos diferentes, de modo que sua estrutura não é sobreponível à sua imagem num espelho. É a distribuição espacial dos grupos químicos em torno desse carbono quiral que denomina, em comparação às formas do gliceraldeído, os aminoácidos L ou D.

Voltando à questão: em biologia sempre teremos L-aminoácidos, certo? Errado!

Em mais um inexplicável caso, desde a década de 1940 são conhecidos D-aminoácidos em organismos vivos. Inicialmente identificados nas paredes celulares de bactérias Gram-positivas, a suspeita da existência biológica desses aminoácios existia desde a década de 1930, quando foi descoberta uma enzima de mamíferos chamada D-aminoácio oxidase EC 1.4.3.310.

A suspeita é lógica: porque haveria uma enzima especializada em D-aminoácidos se os mesmos não participassem no metabolismo desses animais? Como esperado, algum tempo depois foram identificados e quantificados D-aminoácidos nos fluidos corporais de vertebrados. Novamente: porque esse conhecimento não foi atualizado?

O que justifica essa defasagem do ensino? Tomara que as atualizações dos livros de Biologia não demorem muito mais tempo, afinal, a situação já está ficando feia!

Notícias:

Referência:

SILVA, João J. R. Fraústo da  and  SILVA, José
Armando L. da. D-aminoácidos em biologia: mais do que se julga. Quím. Nova [online]. 2009, vol.32, n.2 [cited  2011-01-20], pp. 554-561 (Link para a versão PDF.)

Resenha: “Pequenas Maravilhas: como os micróbios governam o mundo.” (Editora Zahar)

Agraciado pela Associação Americana para o Progresso da Ciência com o título de “Melhor livro científico para jovens” de 2010, esse lançamento da Editora Zahar tem como principal trunfo o cuidado do autor, Idan Ben-Barak, em transmitir do modo mais claro possível uma variedade enorme de conteúdo sobre os microrganismos e algumas de suas características mais interessantes.

capa_peqmaravilhas.jpgConsiderando esse cuidado com o texto e o grande volume de informação, é de se esperar que o livro não traga conhecimento aprofundado dos tópicos. Nas palavras do autor:

“… se eu entrar em explicações detalhadas e rigorosas sobre ideias e termos biológicos, gastaria muito tempo e muito papel, este livro se tornaria um livro acadêmico e eu acabaria perdendo o leitor.”

Assim, o resultado desse esforço é um ótimo livro para novos interessados em Ciências. A riqueza de exemplos e algumas das facetas que os habitantes mais antigos da Terra podem apresentar certamente deixarão os leitores com um sorriso de orelha a orelha.

Imaginem organismos que sobrevivem a mais de 130°C, se multiplicam na agradável temperatura de 100°C e nadam o equivalente humano a 150 m/s… além de inquestionavelmente interessantes, são apenas a ponta do iceberg de tudo o que o livro contém em suas 264 páginas!

Em outra análise, professores que queiram cativar suas salas de aula também podem encontrar em “Pequenas Maravilhas…” e seus exemplos “excêntricos” grandes aliados na muitas vezes árdua tarefa de tornar alguns tópicos de Ciência interessantes para adolescentes.

Mesmo alunos de graduação acadêmicos de áreas que não a Microbiologia encontrarão diversão e conhecimento em um texto leve e muito bem estruturado.

Desse modo, resta sugerir que todos se divirtamcom a enorme gama de formas, mecanismos de sobrevivência e interação com o ambiente que esses pequenos (micro, na verdade) organismos de 3,8 bilhões de anos podem ter.

Mais informações e outros títulos da editora no site http://www.zahar.com.br/!

Ciência em acrílico sobre tela.

É muito satisfatório ver manifestações artísticas com inspiração científica. Recentemente descobri (de modo muito atrasado e por acaso, confesso) o excelente Shardcore. Se você também não conhece, deixo a apresentação para o dono do espaço:

Gosto de atuar na interface entre arte e ciência, entre o proibido e o inefável. Atualmente trabalho principalmente com pintura, mas às vezes é vídeo, às vezes é música. O Shardcore é um processo de experimentação estética em andamento, você nunca sabe qual será o próximo passo, e frequentemente, eu também não.

Um exemplo do material é a genial pintura com três gigantes da Biologia. Ou quatro, dependendo do referencial (e não, eu não estou me referindo ao Lamarck).

lamarck_haekel_darwin.jpg

Da esquerda para a direita: Lamarck, Haeckel, Darwin e, claro, a girafa.

Adaptei a explicação do autor sobre a tela:

“A frase é uma citação de Sherlock Holmes:

Quando você elimina o impossível, qualquer coisa que permaneça, por mais improvável que seja, deve ser a verdade.

Parece improvável a cena em que 3 cavalheiros vitorianos dividem um pouco d´água com uma girafa, mas não é necessariamente impossível…

Todos conhecem Darwin e sua teoria baseada na seleção natural como promotora do processo evolutivo, apesar de a mesma ser apenas parte das faces da evolução.

Jean-Baptiste Lamarck foi contemporâneo a Darwin e sugeriu que a evolução ocorria pela transmissão de traços desenvolvidos durante a vida de um indivíduo de uma geração para a seguinte. Um de seus exemplos foi de que a girafa esticaria seu pescoço para alcançar folhagem mais alta, e o estiramento produziria descendentes de pescoço mais longo. Sua teoria, o Lamarckismo, é geralmente ridicularizada pois a genética Mendeliana apóia somente a combinação de material genético durante a seleção sexual, mutações ocasionais e “a sobrevivência do mais adaptado”.

Haeckel, claro, é conhecido pela afirmação “a ontogenia recapitula a filogenia”, ou seja, a ideia de que um embrião em desenvolvimento expressa todos os seus antepassados evolutivos sequencialmente durante esse processo, o que com o tempo mostrou-se um certo exagero.

O novo campo da epigenética postula um mecanismo para a ativação e inativação de genes dentro do período de vida de um indivíduo, sendo que essas alterações na expressão gênica podem ser transmitidas a gerações futuras. Isso, até certo ponto, pode ser considerado um caso específico de Lamarckismo.

E de onde vem esses genes que podem ser ´ligados´ e ´desligados´? Ora, nosso genoma, além de conter as instruções para formar um ser humano, também contém grandes partes de informação de nossos antepassados evolutivos. É possível que até certo ponto Haeckel também estivesse certo?

Todos eles sem dúvida teriam uma teoria sobre como uma criatura como a girafa se desenvolveria. E, talvez, dadas as devidas proporções, todos os três possam estar parcialmente certos.”

Conheçam outros exemplos de arte inspirada em ciência no ótimo Shardcore.org!

PS: Volta e meia nos arriscamos a falar de arte, veja outros exemplos em:

Vidro, maçarico e a real aparência das coisas.

Um biólogo metido a crítico na Bienal de Arte e Tecnologia.

UMF, música eletrônica e ciência.

Curioso sobre a opinião do Sharcore sobre Lamarck? Acesse http://scienceblogs.com.br/rnam/2008/03/quem-disse-que-lamarck-esta-errado.php

Como uma proteína chega à sua forma? Pergunte ao seu PS3!

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Você é gamer e não aguenta mais ouvir reclamações sobre o seu vício grande comprometimento com jogos? Bote seu hardware para ajudar pesquisadores e ganhe a oportunidade de devolver um sonoro “pelo menos meu equipamento também ajuda no progresso científico, e a sua novela?!” para algum pentelho de plantão.

screenshot_folding.jpgPara isso, basta participar do projeto Folding@Home, idealizado pela Universidade Stanford.

Lançado em Outubro de 2000, tem como objetivo simular o enovelamento de proteínas e compreender como elas atingem sua estrutura tridimensional de modo tão rápido e, ainda assim, bastante confiável.

As proteínas, como sabemos, são fundamentais à vida. A queratina, por exemplo, é uma proteína importante de nossas unhas e cabelos, os anticorpos que garantem nossa defesa contra infecções são proteínas e só conseguimos respirar oxigênio de modo eficiente porque outra proteína, a hemoglobina, se encarrega de transportar e trocar oxigênio e gás carbônico em nosso corpo.

Exemplificando apenas uma fração de suas funções é fácil entender sua importância e imaginar que, caso ocorra algum defeito em determinada proteína, problemas podem surgir. É o que acontece nas doenças da vaca-louca (chamada, na verdade, de Encefalopatia Espongiforme Bovina), de Alzheimer, Parkinson e muitas outras. Entender como cada proteína adquire sua forma é fundamental para a comprenssão e talvez até para o tratamento de um grande número de doenças.

O problema
Para se pesquisar o enovelamento dessas moléculas são necessários computadores muito potentes caros. Além disso, é um processo bastante demorado. Apesar de algumas proteínas serem “montadas” em um milésimo de segundo, uma simulação de computador é muito complexa.

Um dia de computação é suficiente para simular 1 nanosegundo (um milionésimo de segundo), mas como o enovelamento ocorre aproximadamente em 10 microsegundos, ou seja, 10 mil nanosegundos. Nesse ritmo, a simulação acima demoraria algo em torno de 10 mil dias… mas quem tem 30 anos para esperar pelo resultado de um experimento?

A solução
É aqui que entra o Folding@Home e você, da sua casa, pode contribuir: para se dimunir esse tempo de espera absurdo é preciso “apelar” para algo chamado dinâmica distribuída.

O grupo do projeto desenvolveu algoritmos que dividem o trabalho de simulação por múltiplos processadores. Cada participante do projeto que descarrega o software do Folding@Home em seu computador/PS3 conecta seu hardware a um supercomputador virtual encarregado de rodar esses processos!

Veja abaixo um dos resultados gerados na dinâmica molecular feita no projeto. Não parece, mas o pequeno vídeo abaixo é resultado de meses (pelo menos) de trabalho:

Abaixo, um vídeo hilário que ensina donos de sonho de consumo PlayStation 3 a participarem:

Para conhecer os frutos que essa iniciativa gerou até hoje visite http://folding.stanford.edu/English/Papers e dê uma olhada no resumo de alguns dos trabalhos publicados pelo grupo.

A página principal do projeto é http://folding.stanford.edu/English/Main, conheça mais e faça parte dessa grande iniciativa!

UMF, música eletrônica e ciência

Não sei se percebi direito ou se algo me está escapando, mas esse pessoal de música eletrônica curte ciência. Eu não me incluí no “pessoal de música eletrônica” porque não sou um profundo conhecedor dessa cena musical. Gosto muito, mas não conheço o quanto gostaria.
E como assim eles gostam de ciência? É que eu nunca vi esse assunto ser tratado por sertanejos ou MPBistas como vejo na música eletrônica. Talvez alguns tropicalistas, mas veremos mais adiante quantas referências óbvias à ciência são feitas por aí. Mande suas indicações nos comentários. E quando digo óbvias é porque TUDO pode ser visto e interpretado pela óptica científica, até mesmo “Fio de Cabelo” (coloque também nos comentários interpretações científicas deste clássico eternizado nas vozes de Chitãozinho e Xororó). Mas referências diretas e retas a assuntos classicamente chamados de científicos não são tão fáceis de achar na música.
Fui num festival aqui em Sampa chamado Ultra Music Festival, UMF, e acabei percebendo este padrão.
Adendo off topic: outro padrão que percebi é que a Heineken quer entrar no mercado de exclusividade de shows, como o SWU e o UMF, mas devia baixar o preço, afinal 7 reais por uma lata de cerveja é criminoso.
Não é de espantar que a música eletrônica tenha essa influência, afinal ela é novinha. Calma, Kraftwerk é de 1970, mais velha que muito estilo por aí e já piravam em tecnologia e física:

Adendo crono-ecológico: esse engajamento contra energia nuclear do Kraftwerk se justificava na época dos caras, mas hoje em dia se pensa em usar esta energia como alternativa “limpa”. O mundo dá voltas.
Groove Armada – Lightsonic: Cheguei tarde e não ouvi o set todo, mas fui ao outro show q fizeram aqui em Sampa e foi muito bom. E numa coincidência interessante a música que eu mais curto deles é esta que tem um vídeo beeem científiquento. Não sei se é o oficial, mas é todo feito com imagens comológicas fantásticas. Atenção especial para o Sol e suas explosões em verde (aos 4min32). Me fez pensar quantas vezes a gente esquece que todo dia, ou o que faz nosso dia, é um monstro gigante de gás hiperaquecido com um coração movido a fusão nuclear.

FatBoy Slim – Right Here Right Now: Ah, mas tecnologia e eletrônica remetem muito a física, e isso é óbvio. Mas é aí que o Fatboy chega e põe a biologia na coisa. Tudo bem que este vídeo pode levar a uma idéia errada muito comum sobre a evolução – que ela é uma linha reta do simples ao complexo, do verme ao homem. Na verdade a evolução é uma explosão de todas as formas em todas as direções. Mesmo assim uma idéia muito legal prevalece: que a evolução está ainda acontecendo “RIGHT HERE RIGHT NOW”, aqui e agora!!!
Clique aqui e assista o clipe
Atualização 10/11/2010:
Graças ao comentário pertinente do Igor Santos eu lembrei do Moby que também estava no UMF e tem o clássico We Are All Made of Stars, remetendo ao fato de que todos os elementos que nos constituem, principalmente o carbono, são subprodutos das reações que acontecem dentro de estrelas. Esse fato foi popularizado por Carl Sagan, com um sentido quase transcendental, igualando todos nós como irmãos já que “todos somos feitos de estrelas”.
Moby – We Are All Made of Stars