Painéis, como se comportar na sua primeira produção científica?

Painéis em congressos são a porta de entrada para o mundo da produção científica (Imagem: Dennis Schroeder)

Para a maioria de nós pesquisadores, a primeira produção científica da vida é um painel num congresso. Essa porta de entrada pode ser um importante passo, portanto ela merece alguma atenção e vamos dar aqui cinco sugestões importantes para começar sua produção com o pé direito. Continue lendo…

Revisão por pares e projetos de pesquisa

Mesmo projetos considerados aprovados podem ficar de fora devido a limitações orçamentárias (Imagem: grcorporate.com.br)

Enquanto na revisão de artigos você ajuda a decidir se um artigo será ou não publicado, a revisão de um projeto vem primeiro. Ela decidirá se um projeto de pesquisa será ou não financiado e se um aluno merece ou não uma bolsa. O papel do revisor talvez seja até mais dramático nesse ponto do que no peer-review de manuscritos.

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Anonimato do revisor e revisão às cegas

O padrão atual das revistas é ter revisores anônimos. Esse modelo é interessante na medida que permite expor suas críticas sem medo de represálias. No entanto o modelo permite ao revisor a chamada “síndrome dos pequenos poderes”, já que a decisão sobre o sucesso ou fracasso de uma pesquisa passa a depender, em certa medida, dele. Vale a pena lembrar-se que os papéis de revisor e autor são dois que se alternam rapidamente em nossa persona acadêmica. Gosto especialmente do site da Editorial Manager que mostra na mesma tela os trabalhos onde você aguarda o parecer de um revisor anônimo e os trabalhos de pessoas que aguardam o seu parecer. É um bom lembrete da transitoriedade desses papéis.

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A revisão por pares ideal

O ingrediente principal de uma revisão eficiente é a atitude, que deve ser crítica e objetiva. Faça força para se livrar de preconceitos tanto regionais, de gênero etc., quanto preconceitos teóricos. Um pesquisador cuja carreira tem focado em duvidar do valor da reintrodução de fauna pode revisar um artigo advogando em favor disso, seu ponto de vista cético seria inclusive valioso, desde que ele se ativesse a avaliar as evidências e interpretações apresentadas ali sem tratar como dogma que a reintrodução causa mais prejuízos que benefícios.

 

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Nova série sobre revisão por pares

Poucas coisas em ciência são mais frustrantes do que investir meses de trabalho de um aluno brilhante num projeto no qual você acredita, passar dias polindo o texto da melhor maneira possível, quem sabe até gastar recursos próprios na tradução ou edição do texto do artigo para, após submetido o manuscrito, receber uma revisão de baixa qualidade. O primeiro revisor tem uma opinião claramente enviesada baseada em uma interpretação discordante de evidências pretéritas, mas que nada têm a ver com o que seus dados mostram. O segundo revisor considera os dados desinteressantes e sem valor para aquele periódico. O terceiro tem expectativas irreais sobre os resultados que ele gostaria que você apresentasse. Não apenas você está desapontado, mas seu aluno, que precisa atender a prazos e expectativas alheias a você, está ameaçado. Continue lendo…

Tomada de decisão II: Descentralização

Napoleão Bonaparte dizia: “Onde houver um centro de poder incontestável, haverá homens para exigi-lo para si.” É assim com o laboratório também, todo mundo quer ser o indivíduo alfa do bando. Descentralizar talvez seja a solução.

A descentralização é a redução da concentração das decisões na alta administração do grupo de pesquisa. Essas decisões passarão a ser mais bem distribuídas nos diferentes níveis hierárquicos do grupo.

A teia do poder num sistema descentralizado. Fonte: inclusive.org.br

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A ditadura do Fator de Impacto

Essa semana um burburinho está rolando na comunidade científica, se ainda não chegou até você, fique em dia aqui. Numa reunião em Dezembro passado a Associação Americana de Biologia Celular lançou uma campanha que ganhou publicidade essa semana com editoriais em periódicos científicos e veículos de massa. A ideia da declaração sobre a avaliação da pesquisa, DORA na sigla em inglês, é derrubar a ditadura do fator de impacto, que inclui não só o fator de impacto oficial, que é a métrica mais conhecida, mas outras métricas com cálculo similar. O fator de impacto é a divisão do número de citações recebidas por um periódico pelo número de artigos publicados num triênio e é usado como indicador da qualidade do periódico, partindo do pressuposto que ser citado indica a utilidade, popularidade e importância da informação ali contida. Nós concordamos em parte com as demandas do DORA. Por favor, argumentem nos comentários. Queremos ‘ouvir’ a opinião dos leitores. Continue lendo…