>Refletindo: é tão ruim ser audiência?

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Estive em um workshop recentemente. Público restrito a especialistas, tópico idem. O que você espera de uma reunião assim? O óbvio: que cada uma das palestras cative a imensa maioria da platéia.

Mas quando, por qualquer razão, você olha para a audiência, uns poucos gatos pingados estão realmente atentos ao apresentador. Uma grande parte está mais preocupada com ler e-mails, navegar na internet, ou distraído com alguma outra coisa.

Até aí, nenhuma novidade: nos grandes congressos ou reuniões científicas, essa é (infelizmente) uma cena comum. Normalmente, coloca-se a culpa no orador ou no tema da palestra: este é muito distante do que se faz ou o aquele não consegue manter a atenção da platéia, etc, etc. Até aí, eu consigo entender, afinal, nessas reuniões muito grandes, os temas são variados e o tempo escasso, não é possível agradar a todos e a cada um. Mas numa reunião pequena, onde quem está lá na frente pode até nem ser um orador maravilhoso, mas com certeza é um especialista, falando de um tópico intrisicamente relacionado à sua área de pesquisa… Não, eu não consigo entender.

Se você olha o lado de quem está na platéia, haverá sempre argumentos: um projeto de pesquisa que precisa ser terminado e/ou remendado, um parecer a dar ou responder, um artigo a ser escrito, o e-mail de um colaborador/aluno/professor que precisa ser respondido. Em princípio, são argumentos válidos… mas se era pra ir para a conferência para fazer isso, então que nem fosse… Economizaria o tempo de translado.

Enfim, eu realmente acredito que (nem sempre) a culpa da falta de atenção da platéia é do orador. E por isso a pergunta no título desse post: é tão difícil assim ser platéia? Manter a atenção e o foco por 15, 30 ou 45 min que seja?

P.S.: Um adendo… O workshop era no ICTP – International Center for Theoretical Physics. Se você é brasileiro e trabalha com ciência no Brasil, fique de olho no programa deles, geralmente bem interessante e variado. Além disso, você é elegível para receber deles todo o custeio da sua viagem, da passagem aérea à aliementação e hospedagem, pois eles financiam participantes de países em desenvolvimento. Fora que o lugar é lindo…

>O valor das idéias

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Se você é como eu, gosta de tecnologia e tem olhado para essa nova era de telefones inteligentes, tablets, gadgets de todos os tipos, qualidades e tamanhos com um pouco mais de atenção, deve ter notado um movimento interessante (e crescente) nos últimos meses/anos: a luta por propriedade intelectual.

Processos explodem todos os dias na ânsia das empresas em proteger suas invenções contra outras. De fato, o “capital intelectual” das empresas hoje chega a ser muito mais valioso do que qualquer outro ativo, propriedade, produto.

Sobre isso, duas notícias que li essa semana saltaram aos olhos: a primeira, a aquisição da Motorola pelo Google. O comentário geral é que a verrdadeira razão da aquisição é ter a posse, não da empresa, mas do seu portfolio de patentes! A segunda, sobre a Kodak, em crise a anos e que vale hoje, no mercado de capitais (valor=número de ações em circulação X preço de uma ação), um quinto (isso mesmo, 20%!!!!) do valor estimado de suas patentes!

Enfim, toda essa introdução, essencialmente para mostrar que hoje a máxima “toda ideia tem valor” tomou um outro sentido, bem mais palpável. Quem trabalha com ciência básica, usualmente não se preocupa com isso, ao contrário, quer mais é ver suas ideias originais publicadas, divulgadas e replicadas, de preferência com o maior estardalhaço possível (ouvi alguém dizendo “muitas citações”? Ou foi “publicação em revista de alto fator de impacto”?). No entanto, quem trabalha com ciência aplicada, é bom abrir o olho… sua pesquisa pode render bem mais que um paper, pode render patentes, propriedade intelectual, enfim: dinheiro.

>Oi? Esse negócio funciona?

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Este é um teste simples para saber se esse bichinho mobile funciona para postar no blog… 🙂

Teste após foto!

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