>Vende-se

>Eu sempre falei que para a gente se tornar professor na universidade, temos que desenvolver duas características essenciais: primeiro, a capacidade de explorar ao máximo liderar e motivar um grupo de estudantes. Segundo, a capacidade de tirar dinheiro aprovar projetos de todo o lugar possível para financiar as pesquisas.

Essa semana eu adicionei mais uma pra lista: a capacidade de ser um vendedor padrão “funcionário do mês”.

Explico: medimos umas coisas bacanas aqui no laboratório, mas nada que possa ser dito “revolucionário”, estupendo, digno de uma publicação de altíssimo impacto. Mas ainda assim, digno de uma publicação decente. Pois bem, reunião esses dias para dar um rumo pro trabalho: qual revista, qual enfoque e tal. Não é que meu chefe me vem dizer que nosso sistema é tal e qual “uma bomba atômica”? E que isso, essa analogia com algo tão distante mas ao mesmo tempo de tanto apelo, poderia eventualmente nos levar pra uma revista bem melhor que as imaginadas inicialmente.

É isso que eu chamo de capacidade pra vender um produto. Lábia de vendedor levada ao extremo. Vamos ver no que dá. Se vender bem, eu conto aqui. Se não, eu conto também.

P.S.: Não tem nada de radioativo na história, é só o mecanismo de ignição de uma bomba que pode muito bem ser comparado ao mecanismo de ignição do processo que estamos estudando…

>O Paradoxo dos Gêmeos expande fronteiras

>Você já ouviu falar do paradoxo dos gêmeos, certo? É aquela consequência estranha da relatividade do Einstein que diz que quando alguém está se movendo com relação a outro alguém, o relógio do primeiro alguém anda mais devagar. Se os dois alguéns forem gêmeos e um dos dois sai numa looooonga viagem espacial, em velocidades beeeeem altas, a relatividade diz que na volta da viagem eles vão ter idades diferentes.

Ah! O paradoxo? O que viajou vai dizer que o que ficou está mais novo e o que ficou vai dizer que o que viajou ficou mais novo. Na prática, não é muito difícil resolver o paradoxo e dizer quem fica realmente mais novo, mas isso não vem ao caso agora.
Fato é que o paradoxo dos gêmeos era um problema estritamente restrito à Física. 
Não é mais.
Um casal de britânicos que precisava de ajuda pra fazer filhos (entenda direito: um deles tinha baixa fertilidade!), gerou 5 embriões em laboratório a alguns anos. Dois foram implantados e um sobreviveu. Os outros três foram congelados. Agora, naquela história de “o júnior precisa de irmãozinho”, eles implantaram os outros embriões, de onde nasceu seu segundo filho. Gêmeo do primeiro. Cinco anos mais novo.
O paradoxo dos gêmeos não é mais exclusividade da física. A medicina agora tem o seu também.
Aqui os links da notícia: em português e em inglês.
P.S.: Tecnicamente, eu não sei se eles são geneticamente iguais, vindos do mesmo conjunto óvulo-espermatozóide. Mas ainda assim, foram “gerados” ao mesmo tempo, tal qual gêmeos bivitelinos.

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