>O valor das idéias
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Se você é como eu, gosta de tecnologia e tem olhado para essa nova era de telefones inteligentes, tablets, gadgets de todos os tipos, qualidades e tamanhos com um pouco mais de atenção, deve ter notado um movimento interessante (e crescente) nos últimos meses/anos: a luta por propriedade intelectual.
Processos explodem todos os dias na ânsia das empresas em proteger suas invenções contra outras. De fato, o “capital intelectual” das empresas hoje chega a ser muito mais valioso do que qualquer outro ativo, propriedade, produto.
Sobre isso, duas notícias que li essa semana saltaram aos olhos: a primeira, a aquisição da Motorola pelo Google. O comentário geral é que a verrdadeira razão da aquisição é ter a posse, não da empresa, mas do seu portfolio de patentes! A segunda, sobre a Kodak, em crise a anos e que vale hoje, no mercado de capitais (valor=número de ações em circulação X preço de uma ação), um quinto (isso mesmo, 20%!!!!) do valor estimado de suas patentes!
Enfim, toda essa introdução, essencialmente para mostrar que hoje a máxima “toda ideia tem valor” tomou um outro sentido, bem mais palpável. Quem trabalha com ciência básica, usualmente não se preocupa com isso, ao contrário, quer mais é ver suas ideias originais publicadas, divulgadas e replicadas, de preferência com o maior estardalhaço possível (ouvi alguém dizendo “muitas citações”? Ou foi “publicação em revista de alto fator de impacto”?). No entanto, quem trabalha com ciência aplicada, é bom abrir o olho… sua pesquisa pode render bem mais que um paper, pode render patentes, propriedade intelectual, enfim: dinheiro.