Sim, estou falando com você que está lendo.

É pouco provável que nos conheçamos pessoalmente (nesse caso teríamos grau de conexão 1);

Porém é um pouco mais provável que alguma das pessoas que eu conheço você também conheça (nesse caso teríamos grau de conexão 2);

Contudo, é bem mais provável que das pessoas que eu conheço, alguma delas conheça alguma das pessoas que você conhece (nesse caso teríamos grau de conexão 3).

Podemos seguir nessa lógica até afirmarmos com quase 100% de certeza de que estamos a no máximo 6 graus de conexão.
Surpreendente não acha?

Mas isso também significa muito em questão de proliferar uma doença. Pois se eu estiver infectado, há no máximo 6 pessoas que me separam de você. Por exemplo:

1. Posso apertar a mão de João no ônibus;
2. João compartilha o computador com Pedro no trabalho;
3. Pedro dá um abraço em Luiza na faculdade;
4. Luiza vende trufas para sua vizinha Mariana;
5. Mariana janta com sua mãe Cristina;
6. Cristina visita você.

[uma nota sobre contatos…]

Esse é apenas um exemplo bem específico, mas se considerarmos todas as pessoas que conhecemos, todas as pessoas que cada pessoa conhecida nossa conhece, e assim vai. Percebemos que estamos separados de todas as outras a no máximo 6 graus.

Em tempos de festividades de final de ano, é importante termos esta ideia presente em nossos pensamentos, pois cada “furada” de isolamento, estes 6 graus de conexão trazem possibilidades de infecção que vão se multiplicando.

E esta “furada” nem está sendo julgada – nós, aqui do Blogs de Ciência da Unicamp – sabemos que está muito difícil manter o isolamento, muitos estão sendo obrigados a trabalhar, pegar transporte público e se expor de maneiras que não são passíveis de controle.

Mas é fundamental pensarmos se, ao multiplicarmos as chances de contaminação, a cada contato, vale a pena nos reunirmos nestas festas de final de ano, em nome de tradições que inclusive cultuam empatia.

[vamos pensar se abrir mão dos encontros este ano, não seria uma possibilidade de termos encontros nos próximos anos?]

Se ficou interessado neste tema, no repositório do M³ temos um material muito legal em áudio explicando/justificando/contextualizando essa temática e também um guia do professor, para que você não se surpreenda como uma pessoa do outro lado do mundo pode estar próxima o suficiente de você a ponto de infectá-lo. Estes e muitos outros materiais podem ser encontrados no repositório do M³, mas para facilitar sua busca, abaixo está o link para estes materiais em específico.

https://m3.ime.unicamp.br/recursos/1329

Se gostou, tem alguma dúvida ou crítica, poste nos comentários, ficaremos felizes em respondê-los 🙂

Imagem de capa de Miroslava Chrienova por Pixabay

Autor: Zero

Este texto foi publicado originalmente no Blog M3

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Os argumentos expressos nos posts deste especial são dos pesquisadores. Dessa forma, os textos foram produzidos a partir de campos de pesquisa científica e atuação profissional dos pesquisadores e foi revisado por pares da mesma área técnica-científica da Unicamp. Assim, não, necessariamente, representam a visão da Unicamp e essas opiniões não substituem conselhos médicos.


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