Nuvens gigantes solitárias em forma de tubo na Austrália

Olha só esta foto selecionada pelo pessoal da Imagem Astronômica do Dia. “Nuvens Glória da Manhã podem gerar uma velocidade do ar de 60 quilômetros por hora sobre uma superfície com brisas pouco discerníveis”, diz a legenda. Há uma página dedicada a essas nuvens que existem em uma região da Austrália no site da Associação Sociedade dos Apreciadores de Nuvens. O texto da associação cita o trabalho do meteorólogo Doulgas Christie que acredita saber como essas nuvens se formam (vejam um artigo científico dele aqui).

O Renan do blog N-dimensional reclamou em sua resenha do guia dos apreciadores de nuvens que as figuras do livro são em preto-e-branco. A associação se redime em seu site com uma vasta galeria. Bom, deixa agora tirar a cabeça das nuvens e voltar para o trabalho…

UPDATE: elas existem tb no Brasil; vejam o comentário 3.

Agito de animais marinhos pode afetar clima

Ventos e marés forçam a água das calmas camadas profundas dos oceanos a subirem e descerem, misturando e distribuindo ao longo do caminho sais nutrientes, oxigênio, gás carbônico e o calor que mantêm ecossistemas marinhos e o equilíbrio do clima global. Em artigo na Nature de 30 de julho, uma dupla de bioengenheiros apresentou evidências que faltavam para provar que além dos vento e das marés, a natação dos animais pode ser a terceira grande força que garante a mistura global dos oceanos.

A maioria dos oceanógrafos torcia o nariz para a ideia de que o movimento coletivo de incontáveis nadadeiras, tentáculos e patinhas contribuiria para a mistura global. Isso porque o rastro de turbulência na água provocado pela passagem dos animais parecia ter pouco alcance. Ninguém deu muita bola quando, em 1953, o físico Charles Galton Darwin, neto do grande biólogo Charles Darwin, propôs que, além do rastro de turbulência, um animal nadando verticalmente produziria atrás dele uma correnteza de força suficiente para arrastar água a distâncias consideráveis.

John Dabiri e Kakani Katija, do Instituto de Tecnologia da Califórnia, calcularam a intensidade desse efeito e perceberam que ele poderia ser importante. Resolveram, então, mergulhar com cardumes de água-vivas Mastigias em uma lagoa salgada na ilha da República de Palau, Oceano Pacífico. Mediram a velocidade das partículas de uma tinta verde espalhada pelas água-vivas usando uma câmera equipada com raio laser. Descobriram que noventa por cento da mistura da tinta na água aconteceu pelo efeito proposto pelo neto de Darwin.

No mesmo artigo na Nature em que apresentam suas medidas das água-vivas, Dabiri e Katija estimam que por meio do efeito de Darwin a energia cinética transferida pela natação de todos os animais marinhos (do zooplâncton às baleias) à água dos oceanos chega a potência de um trilhão de Watts, uma potência comparável a dos ventos e das marés. Embora o efeito deva certamente ser importante onde há migrações verticais de grandes populações–caso dos cardumes de krill na Antártica, onde já se comprovou que a energia transferida pelos pequenos crustáceos é grande–alguns pesquisadores ainda duvidam que o efeito tenha importância global. Se futuros estudos comprovarem a estimativa de Dabiri e Kajita, então os modelos de clima global precisarão ser modificados para levar o efeitos dos animais em conta, algo que ninguém sabe ainda como fazer.

FONTES: Nature News, New Scientist, National Geographic News, Science News, Wired Science Blog, Science NOW, BBC, Physics World.

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