Um jornal extra-terrestre


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Um dos maiores desafios de editores de publicações científicas é convencer autores a submeterem artigos de qualidade aos seus jornais e leitores a lê-los e citá-los. O sistema todo se auto-alimenta desse processo: bons papers implicam muitas citações e muitas citações implicam mais bons papers.

Uma das estratégias para alcançar o sucesso é dar uma cara “global” para um jornal que parece regional. O Brazilian Journal of Physics, por exemplo, tem poucas chances de atrair papers de outros países.

O mesmo se aplica ao Europhysics Letters, por mais que os editores sempre reforçassem o carácter global da revista, o nome dá toda a cara de ser um jornal “europeu para europeus”. Para aumentar a penetração entre autores e leitores de outros lugares o jornal mudou seu nome, em 2007, para EPL apenas, suprimindo o “euro” da história mas ainda assim mantendo o acronímio. Tenta-se assim atrair autores e leitores de todos os cantos do planeta.

Pois em dezembro de 2011 o EPL superou suas próprias expectativas e tornou-se um jornal extra-terrestre ao publicar um trabalho onde um dos autores vinha da Estação Espacial Internacional (ISS, da sigla em inglês International Space Station).

Você pode ver a história contado pelo próprio editor aqui. O paper mesmo, sobre plasmas complexos em condições de microgravidade pode ser visto aqui (uma assinatura pro jornal é necessária.)

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