Compartilho o link de um vídeo (em inglês, com legenda) do TED-Ed que explica o fenômeno neurológico da sinestesia.
Se você achava que sinestesia era apenas aquela figura de linguagem que aprendemos na escola, está aí uma explicação de como 4% da população mundial convive com a sensação de experimentar vários sentidos ao mesmo tempo, nas mais variadas situações de seu cotidiano.
O que me leva a pensar: não é incrível que a literatura, por meio de palavras, também consiga criar esse tipo de sensação?
Um exemplo de sinestesia literária estaria presente nesse trecho de Mário de Andrade: “Esta chuvinha de água viva esperneando luz e ainda com gosto de mato longe, meio baunilha, meio manacá, meio alfazema”.
Chuva com gosto de mato… Quem nunca teve essa sensação antes? Há sinestesia em tudo, e a literatura pode descrevê-la de várias formas.
E, em tempos de Bob Dylan recebendo o prêmio Nobel de Literatura, já deixo uma isca para um próximo post: a sinestesia e tantas outras figuras de linguagem são muito utilizadas em letras de música também. Você consegue pensar em algum exemplo?