Supernovas da semana passada

Três notícias sobre supernovas na semana que passou. Na primeira, uma nova observação de raios gama corrobora uma velha teoria. Nas outras duas, novas teorias explicam observações antigas, uma em raios X, a outra em luz visível.

Supernovas aceleram raios cósmicos, sugerem raios gama

As equipes do telescópio espacial Fermi e do telescópio Veritas analisaram raios gama vindos de três galáxias onde a taxa de formação de estrelas é altíssima. Entre as estrelas nascendo, estão algumas gigantes que vivem apenas alguns milhões de anos antes de explodirem como supernovas. As ondas de choque das supernovas aceleram raios cósmicos, que ao colidirem com partículas do meio interestelar emitem os raios gama que os telescópios observaram.

A aceleração por explosões de supernova é uma teoria com quase 20 anos de idade e que explica a energia de vários raios cósmicos que chegam à Terra. Os raios gama observados agora são a primeria evidência de que raios cósmicos de certa energia são acelerados por supernovas.

Para averiguar melhor se a teoria vale mesmo, o próximo passo é medir com cuidado o pico de energia desses raios gama. O  pico deve coincidir com a energia em que acontece o processo que cria os raios gama durante as colisões dos raios cósmicos com o meio interestelar. (Leia mais em Wired e Chi vó, non pó).

Estrela de neutrons jovem tem atmosfera de carbono

Saiu na Nature um artigo com uma nova explicação para o mistério dos restos de uma supernova do tipo II que aconteceu há 330 anos. No centro da chamada remanescente de supernova Cassiopeia A há uma estrela de neutrons cujo brilho é diferente de outras estrelas desse tipo conhecidas.

Agora, astrofísicos afirmam que a causa do brilho incomum é uma atmosfera de 10 cm de carbono, gerada por fusão nuclear nas altas temperaturas da superfície da jovem estrela de neutrons. Pode ser que todas as estrelas de neutrons tenham essa pele de carbono na juventude e depois ela decante com o passar dos séculos. Aliás, só o tempo vai decidir se a explicação está correta, com a bservação de outras estrelas de neutrons da mesma idade. (Fontes: Nature News, PhysicsWorld.)

Nova supernova é menos super que tipos mais comuns

Já a revista Science destacou artigo seu sobre um novo tipo de supernova descoberto quando astrofísicos resolveram reanalisar o brilho de uma supernova observada pela primeira vez em 2002 e na época classificada como supernova tipo II (a explosão de uma estrela gigante). Eles notaram que o objeto se parecia mais com uma supernova do tipo Ia (a explosão de uma estrela anã que sugou gás de uma estrela gigante vizinha).

O novo tipo de supernova, chamado de tipo .1A, deve ser a explosão de uma anã depois de sugar gás de outra anã vizinha, um pouco maior. Ao contrário da tipo Ia, que destroi a anã e ilumina uma galáxia inteira por meses, a tipo .1A não destroi a anã, sendo seu briho e sua duração apenas um décimo da Ia. (Fontes: Nat Geo News, Universe Today.)

Legendas e créditos das figuras:

Figura 1: Uma das galáxias estudadas pelo telescópio Fermi é a M82, que tem uma taxa de formação de estrelas em sua região central 10 vezes maior que a da nossa galáxia inteira. Crédito: NASA/ESA/Hubble Heritage Team (STScI/AURA)
Figura 2: Uma imagem do remanescente de supernova Cassiopeia A, registrada pelo telescópio de raios X Chandra, com uma pintura de como pode se parecer a estrela de neutrosn no centro da nuvems. Crédito da imagem: NASA/CXC/Southampton/W.Ho; crédito da ilustração: NASA/CXC/M.Weiss
Figura 3: Pintura de Tony Pico mostra como seria de perto uma supernova do tipo .1A antes de explodir. Hélio flue de uma anã branca maior para a menor.

Discussão - 2 comentários

  1. Raúl disse:

    Me parece muy interesante los comentarios sobre la supernova
    Me preguntaba ¿Habrá una estrella cercana a la tierra que le quede poco tiempo de vida? ¿Qué daños puede traer una explosión de esa magnitud a la tierra?

  2. Igor Z disse:

    Boa pergunta, Raúl. De que me lembre, não há nenhuma estrela próxima o suficiente para que sua explosão cause algum dano a vida na Terra. Mas não tenho certeza, preciso conferir. Ótimo assunto para um próximo post.

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