Relatório define Brasil como “economia de conhecimento natural”
O relatório de Kirsten Bound, para o Instituto Demos, em colaboração o CGEE, vale por um breve curso de história e geografia da produção científica e tecnológica do Brasil. Além de consultar uma extensa gama de relatórios (como este aqui, sobre a pesquisa em nanotecnologia no Brasil) e pesquisas recentes comparando índices de desenvolvimento de outros países com os do Brasil inteiro ou de suas regiões tão heterogêneas em separado, Bound entrevistou cientistas, empresários e burocratas em Brasília, Curitiba, Florianópolis, Manaus, Recife, Rio de Janeiro e São Paulo.
Bound define o Brasil como “economia de conhecimento natural”. Com isso ela quer dizer que nossa produção científica e tecnológica está estreitamente relacionada com a exploração mais eficaz e racional dos recursos naturais do país. Isso se reflete nas áreas científicas em que o país se destaca, baseadas em recursos minerais (petróleo), biológicos (agrociências, biocombustéveis, estudos da biodiversidade) e recursos humanos (softwares, células tronco, genética humana, cirurgia cardiovascular, neurociências). Bound recomenda que o Brasil se aproxime de outros países de economia de conhecimento natural: Canadá, Austrália e Finlândia.
Fiquei impressionado com minha ignorância sobre meu próprio país! Será apenas eu, ou a maioria dos paulistanos é tão são-paulo-cêntrica que não percebe o rápido desenvolvimento científico que vem ocorrendo em outras cidades do Brasil? (Pensando bem, apesar da imensa porção de publicações científicas brasileiras por pesquisadores paulistanos, entre os artigos mais curiosos e originais que já li, boa parte era de pesquisadores de outras cidades, como Campinas, Rio, Recife …) LINK (via Pesquisa Fapesp)
Discussão - 0 comentários