Deixem Higgs em paz!,magnetricidade,buraco negro portátil

Esses foram alguns dos destaques nos sites de notícias de ciência que chamaram minha atenção semana passada:

Magnetricidade – a “eletricidade” do magnetismo

“Gelo de spins” é o nome de um material sólido feito de cristais ionizados, magnetizados e congelados a temperaturas próximas do zero absoluto, em que o arranjo conjunto do momento magnético faz surgir “monopólos magnéticos”. É como se polos magnéticos norte ou sul andassem separados e independentes pelo material. A descoberta desses monopólos no gelo de spins foi anunciada em setembro. Agora, outro grupo de pesquisadores mediu a corrente de carga magnética gerada pelo movimento desses monopólos pelo material, um efeito que eles chamam de magnetricidade. Saiba mais em New Scientist , Physics Today e BBC.

Corrente elétrica eterna

Físicos conseguiram gerar e medir uma corrente elétrica de um bilionésimo de Ampére circulando por um anel metálico de um milésimo de milímetro de diâmetro, congelado a 1 Kelvin. Um efeito quântico previsto em 1983 faz os elétrons no anel se comportarem como se estivessem orbitando um núcleo atômico, indefinidamente, sem resistência elétrica. Em princípio essa corrente pode durar para sempre. Em um arranjo experimental extremamente difícil de construir, os pesquisadores usaram um mesmo campo magnético para induzir a corrente e medir sua intensidade. Mais detalhes em Physics World.

Carga fracionária em grafeno

Mais um efeito observado em grafeno–um plano feito de átomos de carbono, com propriedades fantásticas e que promete substituir as placas de silício da microeletrônica. Trata-se do bom e velho Efeito Hall Quântico Fracionário, em que grupos de elétrons agem como se fossem partículas com uma carga elétrica menor que a própria carga de um elétron. A descoberta abre a possibilidade de usar o grafeno para construir computadores quânticos “topológicos”. Saiba mais em Science NOW.

Modelo de Hubbard para leigos

O Modelo de Hubbard é uma espécie de jogo de tabuleiro com elétrons que pulam de um ponto a outro de uma rede quadriculada. Surgiu como explicação simplificada para o fenômeno complexo do eletromagnetismo em materiais, mas se revelou tão difícil de calcular que hoje é estudado por si só. Leia essa curiosa história contada em linguagem comum por Brian Hayes, em sua coluna na American Scientist (via 3quarks daily).

Buraco negro artficial de bolso

Físicos chineses criaram o primeiro “buraco negro” de microondas. Buraco negro entre aspas, porque o pequeno cilindro de 22 centímetros de diâmetro feito de anéis concêntricos cada um com propriedades eletromagnéticas diferentes captura apenas radiação na faixa das microondas e nada mais. Os criadores da engenhoca prometem em breve outro “buraco negro”, mas que captura radiação eletromagnética visível, isto é, luz. A invenção pode servir para capturar energia do Sol mais eficientemente que os atuais painéis solares. Leia mais em New Scientist, the ArXiv blog e Wired Science.

Geólogos encaram falhas em modelos de terremotos

Grandes terremotos são estudados por modelos simples de acúmulo e liberação da tensão em falhas geológicas, que sugerem que eles acontecem ciclicamente. A velha teoria está ruindo frente a evidências de que levar em conta a interação caótica entre falhas, às vezes em escala global, é importante para evitar catástrofes. Leia mais em reportagem de Glennda Chui para a Nature .

Deixem o Higgs em paz!

Em sua coluna no New York Times, Mr. Dennis Overbye destacou um artigo científico honesto, sim, mas absurdamente especulativo e desnecessariamente alarmante, sugerindo que os acidentes que impediram o LHC de funcionar até agora são sinal de que o universo quer ocultar o bóson de Higgs de nós. Ensaios nos blogs Built on Facts, Backreaction e Cosmic Variance explicam inteligentemente a “ameaça”.

Mapa da exploração do Sistema Solar

Fantástico mapa do Sistema Solar com todas as missões interplanetárias já lançadas, produzido pela National Geographic Books. A versão oficial é complicada de visualizar (uma cópia mais amigável aqui). A Lua é o corpo celeste mais visitado, enquanto Plutão nunca foi (missão New Horizons a caminho!). Via Boing Boing.

Opera Cosmique até 25 de outubro em Paris

De 9 a 25 de outubro, das seis da tarde a meia noite, cada vez que um múon vindo do espaço acertar um detector instalado no edifício Torre de Montparnasse em Paris, o observatório astronômico da cidade luz vai disparar um feixe laser sobre o céu. (queria saber ler em francês para entender os detalhes …). Saiba mais em Radio France e no site do evento, Opera Cosmique.

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