A alegria do tédio
Gente curiosa não morre de tédio. Mas um pouquinho de tédio não mata ninguém. Faz até bem a saúde mental, segundo reportagem sensacional de Carolyn Y. Johnson para o Boston Globe.
Johnson entrevistou vários pesquisadores sobre como tecnologias para aliviar momentos de “microtédio”–um conceito, aliás, criado pela indústria de telefones celulares multimedia–está afetando nossa resistência ao tédio e o pouco que restou da nossa capacidade de reflexão, de ruminar, processar, desenvolver, conectar pensamentos e sentimentos.
“As pessoas mais criativas”, diz o psicólogo Richard Ralley a Johnson, “são conhecidas por terem uma grande tolerância a longos períodos de incerteza e tédio.”