Unimpressed Astronaut
Em 20 de Julho de 1969 a águia pousou e Lance Louis Neil Armstrong se tornou o primeiro humano a pisar na Lua. Mesmo 43 anos depois, ainda um dos feitos mais impressionantes da história da humanidade.
E se comparado com coisas que você faz diariamente, então…
*Os mais atentos perceberão que a imagem é de Jonh Young, da Apollo 16.
Apenas uma reflexão sobre o Futuro
Tentar prever o Futuro. Pensar em um milhão de possibilidades de como algo pode acontecer. Cada movimento, cada passo, cada palavra. E quando o Futuro se torna Passado, perceber que nada foi como você imaginou. A possibilidade um milhão e um aparece. Aquela que você não pensou.
Tanto a se falar, tanto e se fazer. Nada feito, nada falado.
Uma armadilha do Tempo. Uma semana é como séculos. Horas passam em segundos. Um instante, e tudo muda. Nem o improviso é como você imaginou que seria.
O Futuro está sempre a espreita. Sempre lhe convencendo que na próxima vez será como você pensa. Que da próxima vez tudo vai dar certo. Que você dirá o que precisa ser dito. Que fará o que precisa ser feito. E você irá acreditar. Mais uma vez enfrentar o Futuro.
Nesse jogo, o Futuro nunca perde. Se der certo, se der errado, não será um problema do Futuro. Será um problema do Passado.
Em pouco tempo você aparecerá de novo, Futuro. E eu estarei pronto para o seu desafio.
Não eram Klingons
Era final de Novembro de 2010 e eu participava ativamente de um fórum de discussão sobre Ufologia. A NASA convocou uma entrevista coletiva para tratar de uma descoberta astrobiológica que impactaria na busca por vida extraterrestre. Enquanto a maioria do grupo subia pelas paredes imaginando que a Área 51 seria aberta, eu pensei que era mais um meteoro marciano. Ambos errados, no fim das contas.
Dr. McCoy nos explica que, enquanto para os humanos, o arsênio é altamente venenoso, para os Klingons é parte fundamental da dieta. Sem esse elemento, os Klingons ficam sujeitos a diversos problemas de saúde. Sabendo disso, não é surpresa que “ENGAGE” ecoou pela USS Enterprise quando a tripulação ficou sabendo do anúncio da NASA sobre bactérias que não somente sobreviviam em ambiente rico em arsênio, mas também haviam substituído o fósforo pelo tira gosto trekker em seu DNA.
Enquanto uns falavam em novas formas de vida, outros eram mais cautelosos e apontavam equívocos na pesquisa.
Existem duas coisas que eu faço quando alguém divulga algo extraordinário, e eu não estou diretamente envolvido com essa coisa: ou, eu faço uma aposta com alguém, sento e espero; ou, eu apenas sento e espero.
Sentei, esperei, e periodicamente acessei o blog da Rosemary Redfield.
Rosie é microbiologista, fez críticas aos métodos e controles utilizados pela Felisa Wolfe-Simon, autora do artigo das bactérias arsênicas, e resolveu repetir o experimento. Para nooooossa alegria, ela compartilhou o passo a passo, dia a dia, da pesquisa no blog. Desde o início dos trabalhos, os resultados conforme a pesquisa avançava, e finalmente o envio para publicação.
Outros posts podem ser encontrados procurando por “GFAJ-1”, um nome bastante Klingon, para uma bactéria que não come arsênio.
Com publicação na Science essa semana, as bactérias GFAJ-1 não sobrevivem sem o fósforo, nem o substituem por arsênio em seu DNA. O artigo pode ser lido aqui.
Seria legal se essas bactérias fossem realmente um novo tipo de vida, mas não foi dessa vez. Mas esse processo todo mostra que science works, bitches, e isso também é legal.
A ameaça Klingon passou e a USS Enterprise pode agora continuar audaciosamente indo onde nenhum homem jamais esteve.