Cientista coreano conhecido por ressuscitar cachorros tem agora novo desafio

Essa semana o caso do dentista americano acusado de atrair um leão para fora do parque nacional de Zimbábue e matá-lo ganhou bastante repercussão na mídia, principalmente por se tratar de um leão conhecido e monitorado por GPS. Ele se chamava Cecil, e também foi decapitado. O dentista que pagou 50 mil dólares para localizar e matar o animal, continua foragido, assim como inúmeros outros caçadores, que segundo a World Wildlife Fund (WWF), são grandes responsáveis por reduzir o número de animais vertebrados (mamíferos, aves, peixes e etc.) pela metade nos últimos 40 anos. Por isso alguns pesquisadores planejam ressuscitar diversas espécies. Um desses pesquisadores é Hwang Hoo-Suk, que está confiante em fazer um mamute andar na Terra novamente.

leao

O laboratório SOOAM biotech, na Coréia do Sul, é famoso por clonar cachorros por 100 mil dólares, e agora eles planejam ressuscitar os mamutes. Com o derretimento do permafrost, milhares de mamutes estão aparecendo na Sibéria, e muitos deles em excelente estado de conservação, suficiente para alguns já terem até provado a carne de mamutes congelados há mais de 10 mil anos. A carne de mamute é tão comum por lá, que também é usada como isca por caçadores de raposas. O desafio agora é encontrar células que estejam intactas e com DNA viável, pois até agora apenas DNA fragmentado foi encontrado. Caso se consiga isto, o mamute seria clonado usando a mesma técnica utilizada para clonar a ovelha Dolly. Mas essa certamente não será uma tarefa fácil.

mamute

Em 2003, cientistas na Espanha ressuscitaram o bucardo, uma cabra dos Pirineus que foi caçada extensivamente e dada como extinta no ano 2000. Utilizando células que haviam sido preservadas, os pesquisadores transferiram o núcleo intacto para um óvulo de cabra, originando 208 embriões. Dos 208 embriões implantados, apenas uma gestação teve sucesso, e em 2003, nasceu o primeiro animal fruto da “desextinção”. Os pesquisadores na Coréia do Sul planejam fazer algo parecido, porém usando os óvulos e a barriga de aluguel de uma elefanta.

Após anos de trabalho, milhares de dólares investidos e 208 embriões, o bucardo sobreviveu por apenas sete minutos. Como o pesquisador George Church coloca em seu livro, “Regenesis“, sete minutos pode parecer pouco, mas basta lembrar que o primeiro voo dos irmãos Wright durou 12 segundos. Sessenta e seis anos depois, o homem pisou na Lua. Mesmo que a “desextinção” se torne viável, a melhor alternativa por muito tempo continuará sendo a preservação do meio ambiente.

Assista ao documentário (com legenda!).

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