BioWindows – A Microsoft pode estar reinventado o futuro mais uma vez

Considerado uma das pessoas mais importantes do século pela revista Times, Bill Gates dispensa apresentações. No início do ano, ele retirou mais de um bilhão de dólares investidos na Coca-Cola, McDonalds e Exxon. O motivo? Gates pretende focar em empresas que visam além do lucro também melhorar o futuro da humanidade. A Microsoft também está seguindo essa meta. Nos últimos anos a empresa tem trabalhado para acelerar pesquisas que envolvem desde o aquecimento global até a biologia sintética.

Talvez você não saiba, mas Bill Gates investe em biotecnologia há mais de 25 anos. A primeira empresa em que ele apostou foi a ICOS, um laboratório focado no desenvolvimento de medicamentos para o tratamento de doenças inflamatórias que mais tarde foi comprado pela farmacêutica Eli Lilly. Mas os investimentos não pararam por aí. A Microsoft tem uma divisão empenhada em solucionar problemas globais por meio da tecnologia, a Microsoft Research. Nesse laboratório são desenvolvidos softwares capazes de acelerar pesquisas em diferentes campos da ciência.

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Na biologia sintética, o design racional de células que desempenhem comportamentos previsíveis permanece um desafio para os pesquisadores, e é nisso que uma das pesquisas da empresa está focando. A Microsoft Research vem trabalhando há mais de dez anos para criar softwares e linguagens de programação que permitam ao pesquisador selecionar tudo aquilo que ele deseja que uma célula sintética execute, sem precisar se preocupar com todas as possíveis combinações de genes e sequências regulatórias disponíveis. A partir dessas informações, o software forneceria as melhores sequências de DNA para que a célula realize tal função, economizando tempo e dinheiro.

Os pesquisadores da empresa desejam que tais programas sejam fáceis de usar, atingindo assim um maior número de usuários possíveis.

MSR

Em mais de uma ocasião, Bill Gates comentou que se fosse adolescente nos dias de hoje teria optado por estudar biologia e genética. Em 2012, a receita doméstica de produtos geneticamente modificados nos Estados Unidos foi de U$ 350 bilhões, valor que tem crescido 15% ao ano. Para efeito de comparação, é o equivalente a quase 10% do PIB do Brasil no mesmo período. De acordo com Stephen Emmott, responsável pela ciência computacional da empresa, a Microsoft quer fazer para os softwares de modelagem aquilo que ela fez para os softwares de negócios Excel e Word. Isso mostra que ela pode estar reinventando o futuro mais uma vez.