Torce, retorce, procuro mas não vejo…
Que posso falar senão do contorcionismo semântico dos agentes auto-iludidos da desinformação? Fico eu imaginando um negacionista escondido nas profundezas da internet [1] que lê um artigo como:
Hydrogen and Helium atoms in strong magnetic fields
The energy levels of hydrogen and helium atoms in strong magnetic fields
are
calculated in this study. The current work contains estimates of the
ground and
first few excited states of these systems that are improvements upon
previous
estimates. The methodology involves computing the eigenvalues and
eigenvectors
of the generalized two-dimensional Hartree-Fock partial differential
equations
for these one- and two-electron systems in a self-consistent manner. The
method
described herein is applicable to calculations of atomic structure in
magnetic
fields of arbitrary strength as it exploits the natural symmetries of
the
problem without assumptions of any basis functions for expressing the
wave
functions of the electrons or the commonly employed adiabatic
approximation.
The method is found to be readily extendable to systems with more than
two
electrons.arXiv:0806.3113v1
[astro-ph]
Então, se achando o smartão faz questão de postar:
Olhem, olhem. Os “físicos” usaram a palavra ÁTOMO (do grego “ἄτομος”–átomos, ou seja, indivisível [2]), para logo depois falarem de elétrons! Se os átomos possuem mesmo constituintes e estrutura, porque os físicos continuam usando a palavra que significa exatamente o oposto? O que é esse absurdo epistêmico!? Isso só pode significar que não há evidências suficientemente fortes para essa verdade, Verdade, VERDADE científica! Há obviamente algo intrínseco ao cérebro humano que nos faz aceitar muito mais facilmente que os átomos são os constituintes últimos de tudo e que não são constituídos de nada inferior!
E eu ainda divido atmosfera com um desperdício desses…
P.S.:Baseado em casos reais…
[1]: Não preciso ir longe, já encontrei estudantes de Física que não “acreditavam” no elétron.
[2]: Sim, roubei da wikipedia. Não, não me orgulho.