I CAN HAS FIZIX?

Ok, ok, eu confesso: adoro LOLcats! Que tal alguns relacionados à Física?

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IM IN UR QUANTUM BOX � MAYBE.

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Mais LOLcats aqui. I CAN HAS COMMENTS NAO?

Isso não é ensinar Física!

Considere a associação de resistores ao lado, onde todos os resistores possuem resistência R, e calcule a resistência equivalente entre os pontos A e B.

Agora considere o quanto tal exercício é irrelevante para a compreensão do fenômeno da resistência elétrica já que não passa de um quebra-cabeça lógico que não envolve senão perifericamente o conceito físico.

E pergunte-se por que se perde tempo das aulas, e espaço nos livros, de Física tentando fazer os alunos resolverem tais associações bizarras de resistores quando mal devem ter entendido a origem e as conseqüências da resistência elétrica.

Esse tipo de situação ilustra como a Física ensinada nas escolas está longe do que deveria ser efetivamente ensinado. No lugar de aprender-se a investigar os fenômenos naturais de forma crítica, aprende-se a resolver centenas de exercícios que, na maioria das vezes, não possuem qualquer conexão com o universo real. Em vez de ensinar-se os modelos que tentam explicar diversos fenômenos do cotidiano, ensina-se frases e músicas para se decorar equações. E ainda perguntam o porquê de os alunos terem tanta repulsa pela disciplina…

Antes de outra coisa quero ressaltar que são importantes a resolução de exercícios e a abordagem matemática dos fenômenos. Minha crítica aqui não é em defesa de um ensino de Física apenas Qualitativo, mas sim de que os professores observem melhor aquilo que ensinam. Perde-se muito tempo com o irrelevante, para depois ensinar-se “nas cochas”, ou nem ensinar, conceitos importantíssimos!

Quantos não devem ser os professores que passam meses e mais meses ensinando Movimento Retilíneo Uniforme ou mesmo, num surto de eficiência, Uniformemente Variado, para depois nem passar perto de Conservação de Energia e Momento?

Quanto tempo é perdido calculando-se a força resultante de diversas configurações de carga elétrica quando o aluno não deveria sair do Ensino Médio sem conhecer os fenômenos eletromagnéticos, como a transmissão de ondas de rádio, e que acabam negligenciados?

O que é mais importante nos dois casos anteriores? Os primeiros ou os últimos?

Além disso, quanto tempo não poderia ser usado proveitosamente para se ensinar rudimentos de Física Moderna para que os alunos possam, no mínimo, não serem enganados pelos “misticismos quânticos” vendidos por aí?

E vocês, leitores, o que pensam sobre isso?

O best-of de colisão entre Galáxias

Foram liberadas novas imagens de colisões entre galáxias obtidas pelo Telescópio Espacial Hubble. A palavra Colisão pode ser um pouco enganadora já que difícilmente os objetos que formam cada uma colidem entre si, apesar de, devido à “bagunça” gravitacional da interação, estrelas e planetas possam ser atirados para longe de suas galáxias de origem. Entretanto, a interação entre os gases que as formam desencadeia intensa formação de estrelas. E no fim dessas interações, como é atualmente aceito, serão formadas (ou se formaram, dada a distância no tempo em que as colisões começaram) Galáxias do tipo Eliptica.

A Via Láctea (a Galáxia a qual pertence o Sol) e a Galáxia de Andrômeda (também chamada de M31) estão também em rota de Colisão, que deve acontecer dentro de 3 a 4 bilhões de anos (não consegui uma boa confirmação dessa informação, alguém pode ajudar?). Depois da primeira colisão, as galáxias vão atravessar uma a outra, se afastar e voltarão a colidir. E assim um bom número de vezes até que ambas se fundam numa única Galáxia.

Clique nas imagens para obtê-las em resoluções maiores.

Mais imagens no Hubblesite

Fractal de Supermercado

Uma estrutura fractal é aquela em que quando tomamos um pequeno segmento obtemos uma figura que possui uma aparência muito semelhante, se não identica, à aparência do todo.

Considere por exemplo a figura abaixo, em que essa propriedade é bastante evidente (clique para ampliar).

Outra estrutura fractal, dessa vez natural, famosa é o Brócolis Romanesco (clique para ampliar):

Mas não foi sem surpresa que li neste site que a utilização de recursibilidade em embalagens de produtos recebe o nome de Efeito Droste. Da mesma forma que nos fractais uma mesma estrutura aparece na figura em diversos níveis de aproximação, podemos observar em algumas embalagens, por exemplo, algum personagem que segura a própria embalagem do produto, embalagem esta que também possui o personagem segurando também o produto e assim sucessivamente e, se não houvesse limitação de resolução, indefinidamente. Por exemplo:

O uso do Efeito Droste parece ter caido em desuso atualmente. Enquanto escrevia não consegui me lembrar de nenhum outro produto comercializado no Brasil que o usasse a não ser o Fermento em Pó Royal. Alguém lembra de algum outro?

Complexidade não implica Profundidade

A tolice ininteligível e vazia abaixo, especialmente a parte que coloquei em negrito, pertence a um marcador de páginas de divulgação de um livro de David Bohm chamado Totalidade e a Ordem Implicada.

Nesta obra clássica, o professor David Bohm desenvolve uma teoria de fisica quântica que trata a totalidade da existência como um todo ininterrupto. Escrevendo de modo claro e sem jargão técnico, ele torna idéias complexas acessíveis a qualquer pessoa interessada na natureza da realidade. O tema central aqui abordado é a totalidade indivisível da totalidade da existência como um movimento em fluxo indivisível sem fronteiras. Torna-se claro que a ordem implicada é particularmente adequada para o entendimento de tal totalidade, tendo em vista que, na ordem implicada, a totalidade da existência é envolvida em cada região de espaço e tempo. Bohm mostra que qualquer parte, elemento ou aspecto que possamos abstrair no pensamento continua a envolver o todo e está, portanto, intrinsecamente relacionado com a totalidade da qual foi abstraido.

David Bohm é mais conhecido pela descoberta do efeito Aharonov-Bohm e pela sua interpretação de Variáveis Ocultas para a Mecânica Quântica (que me parece ser solenemente ignorada atualmente [1]).

Já o livro citado parece ser um tratado de divulgação de sua interpretação, além de outras discussões filosóficas relacionadas à Mecânica Quântica, mas acaba caindo no erro comum de tentar aplicar a MQ para assuntos diversos com a consciência (será Bohm aquele que iniciou essa mania misticóide de achar que a MQ explica a consciência? Grrr ).

Enfim, outros defeitos a parte, duvido muito que Bohm possa ter escrito de forma clara e sem jargão suas idéias. Se o resumo, feito por alguém que deve ter lido o livro, é capaz de ser tão vazio e ininteligível não seria isso um simples reflexo do conteúdo do livro? Ou talvez seja apenas uma estratégia para atrair certos idiotas certas pessoas altamente espiritualizadas para comprarem o livro pensando que complexidade implica profundidade?

[1]: Imagino que a maioria dos Físicos esteja pouco se lixando para as interpretações da MQ, sendo adeptos do “Shut up and Calculate” Feynmaniano (que, aliás, talvez nem tenha sido dito por Feynman).

Desculpem-me as Teorias feias, mas beleza é Fundamental

Murray Gell-Mann, Prêmio Nobel pela teoria dos Quarks, discute na palestra do link abaixo a Beleza e elegância de uma teoria física como indicativo de sua validade, entre outras coisas.

Os Tomates da Discórdia

Uma guerra de tomates costuma acontecer na Espanha toda última quarta feira de agosto. Desde 1940, durante a festa, os moradores da cidade de Buñol atiram tomates uns sobre os outros, pintando uns aos outros e as fachadas das casas da cidade com o vermelho da polpa do tomate. Durante a festa, a população desta pequena vila mediterânea quadriplica e participam da Tomatina em torno de 38 000 pessoas, dentre moradores da cidade e turistas de todas as regiões do mundo. A origem do festival vem de uma brincadeira de crianças, quando algumas crianças usaram seus almoços para guerrear na praça da cidade. [Fonte: Wikipedia]

Bom seria se os tomates, armas na guerra de Buñol, fossem usados também para todas as outras: ganharia aquele que ficasse menos sujo, não custa sonhar. Por enquanto, só podemos levá-los em conta como munição para a festa espanhola.

E talvez para alguns críticos do empreendimento científico.

De fato, não é raro que ouçamos críticas à Ciência que parecem ter sido redigidas após um episódio do Globo Repórter: “Semana passada o tomate fazia mal, esta semana o tomate faz bem, semana que vem ele fará mal e na seguinte fará bem novamente“. E concluem de forma tosca que em consequência disso não se pode confiar na Ciência ou nos cientistas, afinal eles não têm certeza de nada“.

Espero não cometer injustiças ao culpar os Jornalistas por essa situação, tão sedentos que são por manchetes do tipo “Alimento X faz mal/bem, dizem cientistas” esquecem-se de explicar claramente a metodologia empregada, a dificuldade de diferenciar-se casualidade e causalidade numa pesquisa assim e de como sempre se está sujeito a erros e interferências externas.

Daí, cria-se a caricatura da Ciência como arcabouço da Verdade Absoluta. E quando percebe-se que o buraco é mais em baixo, o Critíco da Ciência não conclui que a caricatura é falsa e que as verdades científicas são temporárias mas imprescindíveis para iluminar a ignorância que temos da realidade, ele simplesmente julga todo o esforço científico perda de tempo.

Em essência, o Crítico não pode demonstrar a validade de sua própria visão de mundo, e se utiliza da depreciação da Ciência (atacando a caricatura que se formou) como ferramenta para empurrar aos outros suas tolices. E não são poucos os que ficam encantados pela bela canção de obscurantismo travestido de pluralidade. Afinal, propõem eles, se a Ciência não pode ter certeza nem se Tomates fazem bem ou mal à saúde, deve-se também ensinar outros tipos de conhecimento e dar a chance às pessoas de escolherem no que querem acreditar.

Não deve ser portanto surpresa ver tantos apoiando que se ensine a Mitologia criacionista em escolas públicas mundo afora como alternativa à Teoria da Evolução. Só fico me perguntando por que ninguém ainda propôs ensinar-se Astrologia como alternativa à Astronomia, ou os quatro elementos de Aristóteles como alternativa ao Modelo Padrão.

Talvez seja só questão de tempo, já que enquanto os Tomates (ou a gordura Trans, ou o consumo de Alcool) continuarem sendo usados como armas para o Discurso obscurantista podemos esperar de tudo.

F = ma, N = r x F + Ouch!

Via De Rerum Natura

O Submarino Amarelo da Relatividade

Que tal aprender um pouco de Relatividade ao ritmo de Yellow Submarine?

A letra pode ser encontrada neste paper.

Via Pensamentos Randômicos.

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