Brincando? Eu?
Terminei de ler “O senhor está brincando, Sr. Feynman!”.
Já conhecia trechos isolados (aquele em que ele comenta sobre o ensino de Física no Brasil, ou sobre a Ciência do culto a carga, por exemplo), mas já passava da hora de ler o livro todo.
Em uma palavra, genial, como seu autor.
Richard Philips Feynman nasceu em 1918. Estudou Física no MIT e fez sua pós graduação em Princeton. Deu aulas na Universidade de Cornell e no Caltech. Trabalhou no Projeto Manhattan (projeto americano de pesquisa para armamento nuclear), laureado com o Nobel de Física em 1965, e dois anos antes de sua morte(1988), participou da comissão de investigação do acidente com o Ônibus Espacial Challenger.
Feynman conta passagens curiosas de sua vida, desde as aventuras de infância, as confusões da graduação, passando pelos momentos em Los Alamos trabalhando na pesquisa para a construção da bomba atômica enquanto tem que lidar com a doença de sua esposa.
Sembre bem humorado, aprendemos com um físico como se deve lidar com as garotas, ou como arrombar cofres secretos.
Se o Nobel é um fardo para carregar, nada melhor que se divertir tocando um pouco de tambor, sair para dançar, ou vir para o Brasil como personalidade do Carnaval.
O Brasil, como já dito antes, é referência em vários trechos do livro, mas há um capitulo em especial onde Richard Feynman conta como foi tocar em uma escola de samba, e principalmente, sobre o ensino de Física no Brasil em sua passagem por aqui na década de 50. Feynman critica o fato dos alunos saírem do curso sem de fato entenderem o conteúdo, apenas decorando o que necessitam para passar nas provas. Mais de 50 anos se passaram, e embora algumas coisas tenha mudado, é curioso perceber que certos vícios percebidos por Feynman ainda permanecem.
O senhor está brincando, Sr. Feynman! é um livro que eu recomendo, e não apenas para físicos ou para quem goste de Física. Na verdade, eu recomendo até mesmo para quem não gosta de Física. Mais do que conhecer detalhes da vida de um dos grande físicos do Século XX, é uma leitura divertida, interessante e motivante.
Discussão - 1 comentário
[...] curioso como a opinião do Fert sobre o prêmio seja muito parecida com a do Feynman, que diz no seu livro algo como o Nobel ser quase um fardo a ser carregado para o resto da vida. Fert não vai tão [...]