Midiotices: Asteróide em rota de colisão com seu cérebro

Nota publicada pelo Diário Catarinense na seção de Ciência e Tecnologia.

Um asteróide está em rota de colisão com a Terra. Impacto previsto para 2036. Há um concurso, promovido pela Agência Espacial Norte-Americana, oferecendo US$ 50 mil para quem encontrar um meio de evitar o choque. Mais do que a questão financeira, é uma oportunidade para testar seus conhecimentos. É assim que o espanhol César Bentancurt encara o desafio. Há três anos morando em São Bento do Sul, agora está em busca de parceiros brasileiros para auxiliar suas pesquisas.
Formado em Medicina, especializou-se em Engenharia Genética. Mas sua paixão são os números e as fórmulas. Estudou, na França, matemática e física quântica e, mais tarde, se aperfeiçoou em matemática aeroespacial. É com base nesses estudos que elabora sua tese para concorrer ao prêmio e, de alguma forma, colaborar para evitar o choque do asteróide Apophis 2004. O nome dado ao astro é nada sugestivo, refere-se ao deus egípcio da destruição.
Com aproximadamente 400 metros de diâmetro, composto basicamente por ferro e pedras estelares, o Apophis viaja a uma velocidade surpreendente, capaz de percorrer mais de 1,1 milhão de quilômetros por segundo, quase quatro vezes a velocidade da luz. Como foi descoberto somente em 2004, acredita-se que tenha vindo de outra galáxia.
– O que mais impressiona é a velocidade, e, por causa disso, não há arma no mundo capaz de atingi-lo – afirma.
De acordo com o matemático, devido à grande velocidade, um míssil lançado da Terra, por exemplo, explodiria antes de chegar ao corpo do asteróide. Devido ao magnetismo da rocha, poeira cósmica e luz formam uma barreira protetora. Em caso de colisão com o planeta, explica César, a vida seria extinta.
– O impacto seria tão forte que elevaria a temperatura até 700ºC, causando erupções vulcânicas e ondas gigantes – prevê.
Parte do trabalho que desenvolve em torno de seus cálculos matemáticos é compartilhado com a Nasa, onde uma irmã e amigos trabalham. O concurso, explica, é destinado a universidades e institutos de pesquisa, mas ele resolveu participar de forma individual. Agora, César está em busca de parceiros, cientistas ou instituições, para compartilhar informações.
Sua tese para evitar a colisão do asteróide com a Terra é a de alinhar quatro grandes satélites artificiais, equipados com painéis solares, emitindo luz e energia do sol contra a rocha. Ele sugere utilizar satélites já existentes para isso. Os equipamentos estão no espaço, alguns armados.
– Energia do sol seria direcionada ao asteróide fazendo com que ele se desintegrasse – argumenta.
Esse alinhamento, explica, deveria acontecer daqui a 13 anos, quando também ocorre alinhamento total dos planetas do sistema solar. A partir daí, raios luminosos transmitidos pelos satélites seguiriam o meteoro. Antes do choque previsto com a Terra, o Apophis passará próximo ao planeta em 2029. O prazo para envio de teses à Nasa sobre como evitar a colisão se encerra em 10 anos”.

Grifos feitos pelo Mori do 100nexos, de onde tirei a notícia e que também explica muitos dos absurdos contidos aí.

Juro que quando li “quase quatro vezes a velocidade da luz” quase parto dessa para nenhuma.

ATUALIZAÇÃO (14/09):

Foto da original da matéria adicionada. Me digam uma coisa: por que todo impostor acha que “E=mc²” é o supra-sumo da física?

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