O fim do mundo ainda não acabou
Em Fevereiro, aqui no ScienceBlogs, realizamos uma blogagem coletiva sobre o tal do Fim do Mundo em 2012. O que eu escrevi você pode ler aqui.
Mas muito enganado estava quem pensou que o assunto acabaria por ali… Até 21 de Dezembro muito ainda vai se ouvir sobre o final dos tempos. (e depois de 2012 também).
Estou eu lendo meus e-mails quando a wild news appears. Leia essa notícia antes de continuar: Prefeito mobiliza São Francisco de Paula, RS, para ‘fim do mundo’.
Reação inicial: ufa, uma cidade próxima, estou salvo. Reação após um instante: vocês estão fazendo isso errado…
Eu não sei onde o Prefeito de São Francisco de Paula se aprofundou em teorias da geofísica e astrofísica, mas o fato é que em nenhuma dessas duas Ciências se encontram fundamentos para eventos catastróficos associados com 21 de Dezembro ou com Calendário Maia.
Dito isso, desastres naturais podem acontecer, e não acho que exista alguma cidade que pode estar livre deles.
É importante que as Prefeituras, junto com Defesa Civil, Bombeiros e Polícia montem planos para emergências, treinem os moradores para quando algo acontecer. Mapear áreas de risco e caso houver necessidade, mover os moradores para localidades mais seguras, por exemplo. Estudos técnicos e científicos, nada de conspirações ou pseudociências.
Os desastres naturais não são o Fim do Mundo que o prefeito de São Francisco de Paula espera, mas preveni-los e montar esquemas e estratégias para contorna-los caso aconteçam é muito importante.
Desnecessário é o alarmismo sem fundamentação.
É bom lembrar que de nada vai adiantar você ter toneladas de comida estocada em casa, se um deslizamento de encosta levar tudo embora. Planejamento e Gestão de Risco é o ponto chave aqui.
O prefeito não deixa de estar correto quando diz que outros países se preparam para desastres. O Japão é um exemplo. Mas ao invés dos governantes japoneses se preocuparem com fim do mundo Maia ou ataque de Godzilla, eles focam naquilo que realmente pode causar grandes catástrofes. Os terremotos.
A população é educada e orientada sobre o que fazer em uma situação de risco, há treinamentos periódicos e as prefeituras preparam guias até mesmo para os estrangeiros terem noção do que fazer em uma situação de emergência.
Lembrem-se das eleições municipais no final desse ano. Evite candidatos que baseiam suas decisões em pseudociências e conspiracionismo, discuta com eles sobre planos de emergência, sobre locais de risco, sobre como a população da sua cidade pode agir em uma necessidade grave.
Se o mundo não acabar em 2012, vocês poderão precisar.
A segunda coisa mais bonita para se ver na Terra…
Se eu trabalhasse para a Megadodo Publications, essa seria a definição que eu usaria.
Lugar comum no discurso criacionista, já ouvi muitas vezes que “nada de belo pode sair de uma explosão”, em referência ao atual modelo cosmológico para explicar a expansão do Universo.
Explosões podem ser legais…
Imagine uma bola muito grande. Agora imagine ela maior, muito maior. Uma bola beeem grande pelo espaço. Uma gigantesca bola com uma usina de fusão nucelar no seu interior. Muito grande.
Imagine que ao redor dessa bola existam outras bolas menores, e que em uma delas, existe vida. Um certo dia, alguns seres da bola menor resolveram que chamariam a bola maior de Sol, e eu não sei se todo mundo concordou com a escolha, mas é assim que eles chamam até hoje.
O núcleo do Sol está transformando Hidrogênio em Hélio e a energia liberada nesse processo sai do núcleo para as camadas mais externas criando campos magnéticos. Na parte mais externa, muito quente, forma-se plasma (partículas ionizadas, ou seja, que ganharam ou perderam elétrons).
As vezes o plasma arrasta um campo magnético para fora do Sol. Temos aí uma explosão solar, tempestade solar, ou também Ejeção de Massa Coronal. No caminho dessas partículas ionizadas viajando pelo espaço, a praticamente inofensiva Terra. Mas não entre em pânico, Magrathea engenhosamente projetou um gigantesco escudo protetor.
Quando o plasma está para atingir a Terra, é desviado pelo Campo Magnético terrestre. O Campo Magnético acaba sofrendo uma deformação momentânea. Mais do que ser um dos fatores que torna possível a vida na Terra, o resultado das explosões solares contra o campo magnético da Terra cria o fabuloso, magnifico, espetacular e maravilhoso fenômeno das Auroras.
Infelizmente não há legendas para esse vídeo, mas as imagens já devem ajudar bastante a compreensão.
Observadas desde a antiguidade, a explicação só veio em 1896 com o Físico norueguês Kristian Birkeland. No link, uma galeria de imagens das Auroras Boreais (para o Hemisfério Norte, no Hemisfério Sul são chamadas de Auroras Austrais) resultantes das tempestades solares do inicio desse ano.
Agora você deve estar se perguntando o que fazer para ver um aurora.
“O que eu faço para ver auroras?”
Para realmente ver, você precisa estar em uma região de alta latitude, preferencialmente próxima dos polos. Mas pra você, que assim como eu, está em uma região onde não é comum o fenômeno acontecer, sempre tem um jeitinho.
Primeiro, descubra quando há a possibilidade das auroras acontecerem. Vocês podem descobrir através dos dados de atividade solar disponíveis aqui. Eu sigo o @VirtualAstro (que além das auroras também comenta sobre outros acontecimentos astronômicos interessantes, sempre com a participação dos seguidores que enviam suas fotos) e o @Aurora_Alerts (o nome é auto explicativo, não? 😀 ).
Sabendo que há um alerta de aurora, uma boa ideia é acompanhar o Aurora Sky Station, que transmite em tempo real fotos das auroras. A câmera está localizada no Parque Nacional Abisko, na Suécia.
Há ainda o fator inconveniente do efeito das explosões solares nos satélites, sistemas de comunicações e redes elétricas. Mas isso fica pra outra hora, afinal, esse é um post sobre a beleza das coisas.
Silvio Santos, professor de Teoria dos Jogos
Então, por um instante, você é uma criança. Você está em lugar um tanto estranho, várias pessoas, luzes, sons, equipamentos estranhos. Um sujeito com um boné de helicóptero olha para você, faz uns barulhos estranhos e grita “RÁÁÁ, QUER TROCAR DE PORTA?”.
Ah, a boa e velha Porta dos Desesperados, apresentando o Problema de Monty Hall para uma geração de crianças lá pelos anos 80/90. Hoje em dia, todo mundo sabe que é vantagem trocar de porta, tornando a brincadeira impraticável e condenando Serginho Mallandro a aposentadoria carreira de comediante de stand up. Particularmente, eu sempre suspeitei que as portas eram abertas na parte de trás e que os monstros apareceriam independente da porta escolhida pela criança.
Em 2002, pegando carona no hype do Show do Milhão, Silvio Santos, com uma peruca mais avantajada que a atual, resolve lançar mais um jogo de perguntas e respostas. Sete e meio era o nome. Para quem não lembra (ou não viu), era dividido em duas partes, na primeira, vários participantes disputavam entre si respondendo perguntas, os dois melhores passavam para a fase final, onde poderiam sair com todo o prêmio, ou sem nada.
Nessa segunda parte, os dois participantes em cabines individuais deveriam escolher entre duas opções de cartas (7 ou ½, para justificar o nome do programa, suponho) que poderiam resultar nos seguintes resultados.
Se os dois participantes colocassem ½, os dois dividiriam o prêmio do programa. Se um escolhesse 7, e outro ½ , o que escolheu 7 levaria tudo, o que colocou meio não levaria nada. Por fim, se os dois colocassem 7, ninguém ganhava.
Assista: youtube.com/watch?v=LsZLf7rNvzU (A incorporação foi desativada pra esse vídeo, então, clica aí :D)
Adaptação do Homem do Baú de um programa americano que adaptou o Dilema do Prisioneiro, um problema da Teoria dos Jogos.
Se você não sabe o que é, e não clicou no link, eu vou copiar aqui a parte importante:
“Dois suspeitos, A e B, são presos pela polícia. A polícia tem provas insuficientes para os condenar, mas, separando os prisioneiros, oferece a ambos o mesmo acordo: se um dos prisioneiros, confessando, testemunhar contra o outro e esse outro permanecer em silêncio, o que confessou sai livre enquanto o cúmplice silencioso cumpre 10 anos de sentença. Se ambos ficarem em silêncio, a polícia só pode condená-los a 6 meses de cadeia cada um. Se ambos traírem o comparsa, cada um leva 5 anos de cadeia. Cada prisioneiro faz a sua decisão sem saber que decisão o outro vai tomar, e nenhum tem certeza da decisão do outro. A questão que o dilema propõe é: o que vai acontecer? Como o prisioneiro vai reagir?”
Uma diferença entre o Dilema do Prisioneiro tradicional e a versão do SBT é que os participantes conversam antes da decisão, tentando convencer o outro a tomar uma decisão favorável aos dois. Na verdade tentando fazer com que o outro coloque ½ para que ele coloque 7, enquanto aguentam a pressão do Silvio trollando geral. (Eu confesso, sempre torço para o participante perder).
Outra diferença é que a “pena” é pequena em comparação ao Dilema do Prisioneiro clássico. O máximo que você perde é sair como entrou, sem o dinheiro. Escolher o sete não só dá a oportunidade de ganhar tudo, como garante que o adversário não vai ganhar nada, o que pode ser consolador, se pensar que aquela pessoa tentou te convencer a colocar um ½ pra ficar com tudo.
Na abordagem clássica é vantajoso a cooperação, mas com o Professor Abravanel um 7 pode ser o seu A no fim do semestre do jogo, se você estiver certo de que seu oponente não usará o meio.
Dados mostram que a cooperação acontece em aproximadamente metade das vezes, e é o ambiente do jogo um dos fatores para determinar qual vai ser a escolha dos participantes. O modo como os participantes se comportaram durante a fase de perguntas, se eles assistiram outros episódios, como querem ser vistos pelo público, e olha só, até mesmo o gênero e idade dos participantes. Mulheres cooperam mais que homens jovens, mas a cooperação entre os gêneros fica equilibrada se os homens forem mais velhos. [1][2]
Agora falta descobrir como ganhar naquela brincadeira do “você troca esse vídeo game, por um sapato velho?”
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1- Social Learning and Coordination in High-Stakes Games Evidence from Friend or Foe
2- Split or Steal? Cooperative Behavior When the Stakes are Large
Deivid e o gol que até eu faria
Quarta-Feira, 22 de Fevereiro de 2012. Flamengo e Vasco pela semifinal da Taça Guanabara de 2012. Ronaldinho lança Leo Moura que avança pela lateral direta, chega na linha de fundo e cruza para o meio da pequena área. Deivid, sozinho, faz isso:
Inacreditável. Aqui eu concordaria com Galvão, é algo que a Física não permite. Só quem já perdeu um gol de forma parecida em um torneio do colégio sabe como é isso.
Para os extraterrestres que chegaram hoje ao planeta, isso é Futebol, uma prática esportiva criada oficialmente pelos ingleses em 1863, onde o objetivo é fazer um objeto esférico passar entre hastes de um retângulo que se projeta verticalmente em relação ao plano do campo.
Para os já iniciados, vamos supor uma pessoa de 1,80 metros de altura, com visão binocular (onde os dois olhos são usados em conjunto para montar a imagem) de 120°, posicionada exatamente na marca do pênalti (11 metros do gol). Quando essa pessoa olha para a frente, aproximadamente 7% da sua visão será a região de 7,32 metros de comprimento e 2,44 metros de altura conhecida como gol, e apenas 0,5% será a trave.
No momento em que tocou na bola, Deivid estava a três metros da linha de gol. Pelas imagens, ele estava olhando para a bola desde o momento do passe do Leonardo Moura. Se, naquela posição, estivesse olhando na mesma direção do exemplo anterior, teria o gol em impressionantes 46% da área total de sua visão.
A bola chegou no Deivid com uma velocidade de aproximadamente 15 m/s. Se Deivid tivesse chegado na posição em que tocou a bola para o gol, apenas meio segundo depois, a bola já estaria saindo da pequena área. O gol não aconteceria de qualquer forma, mas um passe errado é ligeiramente menos vergonhoso que um gol perdido.
Em um mundo ideal, onde a bola tocar no pé de Deivid seria considerado uma colisão elástica, bastaria estar posicionado em um ângulo correto para marcar. No lance real, o jogador gira o pé para dentro, empurrando levemente a bola que então muda de direção e caminha em direção ao pé da trave, para a surpresa de todo e qualquer espectador, até mesmo os extraterrestres.
Eu já perdi um gol de forma parecida em um torneio do colégio. Na verdade, era futsal, então o gol era menor, o cruzamento foi diferente, e a bola foi para fora sem bater na trave. O meu foi diferente, em uma situação como a do Deivid, até eu faria.
Fim do Mundo: Aquilo que “Eles” não querem que você saiba
O mundo será destruído para a construção de uma nova via expressa espacial. Isso, todo mundo sabe. Quando vai acontecer (se já não aconteceu) ainda é um pouco duvidoso. Os golfinhos ainda estão por aqui, mas as baleias já estão se preparando.
A destruição total do mundo só é divertida se você tem um amigo de Betelgeuse para lhe ajudar com uma carona. Divertido mesmo, é a destruição parcial do mundo e todas as aventuras da pesada com uma turminha do barulho que só a vida em um ambiente pós apocalíptico pode proporcionar. Documentários como Mad Max e Waterworld estão aí e não me deixam mentir.
Um cenário pós apocalíptico aceitável requer alguns requisitos:
Escala global: Pode parecer óbvio, mas qualquer apocalipse só faz sentido se afetar o mundo inteiro. Se existir alguma região sem o efeito do evento apocalíptico, ou as pessoas afetadas pelo evento fogem, ou recebem ajuda. É importante perceber que eventos biológicos podem começar localmente e então se espalhar até atingir o status de evento apocalíptico, mas o mesmo não acontece com outros tipos de cenários, como os casos de desastres naturais.
Isolamento: A comunicação precisa ser precária. Os sobreviventes irão se reunir em pequenos grupos. Se for um apocalipse nuclear ou cósmico, provavelmente as pessoas estarão em alguma espécie de bunker. A propósito, se você tem um bunker, muito cuidado com as pessoas que vai escolher para sobreviverem com você. Principalmente, se vocês forem os responsáveis por repovoar a Terra depois do fim do mundo. Fica a Dica.
Risco constante: Um cenário pós apocalíptico é chamado assim por um único motivo. O Apocalipse já aconteceu e mais cedo o mais tarde será o fim para o seu grupo de sobreviventes também. O grupo precisa estar constantemente em risco, seja pelo perigo direto gerado pelo apocalipse, seja pelos seus efeitos colaterais, ou ainda, por motivos externos, como o combate com outros grupos de sobreviventes em busca de recursos, e o mais importante de todos, um tirano querendo dominar todos os sobreviventes.
No meio de toda a escatologia em torno de 2012, há um grupo de pessoas que trabalham todos os dias para garantir que o nosso mundo pós apocalíptico terá todas as fases aqui descritas. Eles fazem parte das Sociedades Secretas. Aquelas que de tão secretas, todo mundo conhece. Eles.
Apocalipse Conspiracionista para 2012 [risada maléfica]
Como toda boa conspiração, as informações devem ser ocultadas das pessoas comuns. É por isso que ninguém jamais viu Nibiru. Um planeta gigantesco (quatro vezes maior que Júpiter, dizem alguns), habitado, que vai passar próximo da Terra em 2012 (se chocar, dizem alguns), já deveria estar sendo visto há muito tempo. Pior, teria efeitos seus efeitos gravitacionais percebidos por qualquer Astrônomo. O fato de não existir qualquer evidência da presença de Nibiru, a ponto de se considera-lo inexistente, só prova uma coisa: As Sociedades Secretas são muito boas em esconder as coisas.
Um Filósofo um dia disse: “Se fosse para mandar um idiota fazer, eu mesmo teria feito”. Por que esperar o Fim do Mundo vir de fora, se você mesmo pode causa-lo? É exatamente por isso que foi criado a Incrível Máquina do Fim do Mundo. A mais terrível Doomsday Machine desde que os projetos originais foram roubados do Nikola Tesla. Disfarçada de experimento científico, (péssimo disfarce, todo mundo sabe que cientista é evil por natureza) e não estou falando do LHC, mas do perigoso HAARP.
Uma série de antenas, supostamente usadas para o estudo da ionosfera terrestre, mas que na verdade servem para controlar o clima e causar terremotos. É tão bem construída, que causa enchentes em lugares onde sempre houve enchentes e terremotos em lugares onde sempre houve terremotos. Estatisticamente não faz diferença nenhuma a existência da máquina. Tampouco existe algum fundamento na alegação de que a potência ou frequência em que as antenas operam poderiam causar os terremotos. Perfeito, dessa forma, nunca será possível ligar os eventos catastróficos aos verdadeiros criadores e o segredo está mantido seguro mais uma vez.
Eles sempre pensam em tudo. É tranquilizador saber que o Fim do Mundo está em boas mãos.
E se por acaso o mundo não acabar em 2012, não entre em pânico. Outras datas de fim de mundo já estão previstas para você aproveitar.
Em 2060, o Fim do Mundo previsto por Isaac Newton. Alguns anos antes, em 2036 o asteroide 99942 Apophis passará próximo da Terra, o quanto próximo, ou o quanto perigoso, ainda é discutível, mas o nome não engana, 999 é 666 ao contrário e 42, bom, é 42 e não preciso dizer mais nada.
O primeiro passo para um grande passo
O pequeno passo de Neil Armstrong, na Lua em 20 de Julho de 1969, é resultado de vários passos do Programa Espacial da NASA, iniciado no final da década de 50.
Realizando seu primeiro movimento naquilo que viria a ser chamada de corrida espacial, os EUA lançaram na noite de 31 de Janeiro de 1958 o Explorer 1, primeiro satélite americano a entrar em órbita.
A bordo da cápsula de pouco mais que dois metros de comprimento e quinze centímetros de diâmetro, um rádio transmissor, sensores de temperatura e colisão de micrometeoritos, e um detector de raios cósmicos.
Os dados da Explorer 1 (e posteriormente da Explorer 3) foram responsáveis pela descoberta de um cinturão de radiação que envolve a Terra, conhecido hoje em dia por Cinturão de Van Allen, em homenagem ao seu descobridor, James Van Allen, Físico responsável pela criação dos instrumentos científicos da Explorer 1.
Ironicamente, o mesmo Cinturão de Van Allen, descoberto pelo primeiro passo dos americanos no espaço, é usado hoje em dia pelos conspiradores das alunissagens para negar o mais importante passo dos americanos no espaço.
YouTube Space Lab
Uma experiência científica na Estação Espacial Internacional, elaborada por jovens entre 14 e 18 anos. Essa é a proposta do YouTube Space Lab.
Após encerrado o período de inscrições, 60 ideias foram selecionadas e colocadas para votação. O pais com mais selecionados foi os Estados Unidos com dez, seguido da Índia, com nove. Por motivos legais (que eu desconheço) o Brasil não pode participar. Além do “juri popular”, os vídeos também serão avaliados por um “juri técnico” que inclui educadores, cientistas e astronautas.
Os dois projetos vencedores (um entre jovens de 14 e 16, outro entre 17 e 18) serão levados até a Estação Espacial Internacional, onde a experiência será realizada e transmitida ao vivo através do YouTube.
A votação termina hoje, dia 24 de Janeiro. Para votar, ou apenas assistir as ideias de experiências propostas pelos jovens, acesse youtube.com/user/spacelab.
Próximo Anoitecer, Magrathea
Primeiro post do “novo” Nightfall in Magrathea. Agora, fazendo parte do Science Blogs Brasil, a versão em português da maior rede de blogs de Ciência do mundo. Mais do que isso, o blog divide espaço com alguns dos mestres da blogagem científica nacional.
É certamente uma honra fazer parte desse grupo.
Lembrando do primeiro post oficial do Nightfall in Magrathea, “espero escrever com frequencia, tratando sobre Ciência e pseudociência, sobre o cotidiano, sobre ficção científica e quem sabe publicar aqui algumas histórias interessantes…”.
Até mais. 😉
1000000000ões e 1000000000ões
Novembro é o mês para comemorar o Carl Sagan Day.
Se você não sabe quem foi Carl Sagan, saia agora desse site, e só retorne depois de descobrir.
Essa semana terminei de ler Bilhões e Bilhões. Publicado depois de sua morte, contém as visões de Sagan sobre a Ciência, a Humanidade e o meio ambiente.
Embora alguns dos capítulos contenham as impressões de Sagan sobre o mundo de 15 ou 20 anos atrás, corrigidas as novidades científicas, o livro é muito atual. Os problemas que ele discute, são os problemas que discutimos hoje em dia, mostrando que pouco se avançou durante esse tempo.
Comovente o final do livro, onde o próprio Carl Sagan comenta sobre sua doença, e onde Ann Druyan, sua esposa, também relata como foram os últimos momentos da vida dele.
Certamente, um livro para ler e reler, bilhões e bilhões de vezes.
Eu no Skeptics in the Pub
Na noite de ontem estive presente em mais um Skeptics in the Pub. Minha segunda oportunidade de participar desse evento que já se encontra em sua sexta edição.
Para quem não conhece, o “Skpetics in the Pub” (ou Taverna Cética, como carinhosamente é chamado por aqui) surgiu na Inglaterra em 1999. A ideia é uma espécie de encontro informal para conversas sobre temas referentes a Ciência, Ceticismo, a vida o Universo e tudo mais.
Hoje em dia os SitP’s estão espalhados pelo mundo.
O tema de ontem foi Astronomia X Astrologia, e os convidados foram Åsa Heuser (ex-astróloga, vice presidente da LiHS) e de Horacio Dottori (astrofísico, pesquisador do Instituto de Física da UFRGS).
Åsa comentou sobre sua experiência na Astrologia (um resumo aqui) e o Dottori, trajado como um verdadeiro astrólogo, comentou sobre as questões científicas relacionadas com o tema debatido.
O Professor Renato Flores foi convidado para comentar sobre o processo contra ele movido por uma astróloga. Mais detalhes sobre o caso você pode ler aqui.
Fica aqui o meu apoio aos Professores, e o suporte do NiM para a campanha “Cadê o Paper”.
Os eventos SiTP (Skeptics in the Pub, ou Taverna Cética) Porto Alegre, são uma iniciativa conjunta do Coletivo Ácido Cético (http://coletivoacidocetico.blogspot.com) e da Liga Humanista Secular do Brasil (http://ligahumanista.org).