Causa e efeito

Sabia que nenhum povo, por mais “primitivo” que seja, faz a dança da chuva na estação de seca, nem no meio de um deserto?

Isso pode ser atribuído a dois motivos: primeiro, porque a dança é parte de um ritual de fertilidade do solo, e ninguém é louco de esperar solo fértil em plena seca ou no coração do Saara. Segundo, porque nenhum xamã (pajé, curandeiro, sacerdote, sábio, etc.) vai querer pôr a própria reputação em risco. Todo mundo sabe, afinal, que é na estação das chuvas que chove!

Um dos efeitos dessa aplicação diligente de marketing pessoal por parte dos feiticeiros tribais é uma alta taxa de correlação entre dança da chuva e, claro, a chuva: na esmagadora maioria das vezes, horas ou dias depois da dança, chove. Você pode experimentar: saia pulando e agitando guizos pela rua em fevereiro e, depois, gabe-se de ter enchido os reservatórios das hidrelétricas.

Nem toda superstição tem uma correlação tão forte com o evento que pretende causar (ou evitar), no entanto: muitas vezes, a conexão está mais na cabeça do supersticioso – se ver um gato preto dá azar, qualquer coisa ruim que acontecer a alguém depois da passagem do bichano será atribuída a ele.

Para se distrair no fim de semana, dê uma olhada nesta base de dados de superstições e tente imaginar que tipo de “evidência” alimenta essas crenças. É um exercício e tanto.

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